Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência
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Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência

Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência; Oportunidades Médicas; Declínio da Fertilidade; Exercício e Fadiga Mental em Idosos; Objetivo e Estratégia; Conversas difíceis.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência;

📢Talent - Oportunidades Médicas;

💙Declínio da Fertilidade com a Idade;

💙Exercício Combate à Fadiga Mental em Idosos;

🎓 Objetivo e Estratégia;

📚 Conversas difíceis.


"E embora você estude medicina por vinte gerações, virão a você pessoas cujas doenças são mistérios, pois a angústia de que você fala é parte integrante da profissão de curar e deve ser vivida." - Noah Gordon

Abrimos esta edição refletindo sobre as palavras de Noah Gordon, um escritor cujas obras têm inspirado gerações. Conhecido principalmente pelo seu best-seller "O Médico", Gordon explorava além dos aspectos técnicos e históricos da medicina, suas complexidades emocionais e éticas. Nascido em 1926 e falecido em 2021, seu legado continua vivo através de seus escritos que habilmente entrelaçam fatos com as profundezas do experienciar humano.

A citação escolhida nos convida a refletir que, além de todas as conquistas técnicas, a medicina também envolve enfrentar o desconhecido e lidar com a angústia inerente ao humano. O verdadeiro desafio está em reconhecer que esta profissão transcende os diagnósticos e tratamentos; trata-se também de uma contínua jornada emocional e ética.

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Desejamos a você um ótimo domingo!

Boa leitura📖🗞️


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🔹GERIATRIA

Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência

Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência
Vacina Contra Herpes Zóster Associada a Menor Risco de Demência

Um estudo liderado pela Stanford Medicine e publicado em 02 de abril de 2025, na revista Nature trouxe uma descoberta promissora na luta contra a demência. Analisando os registros de saúde de idosos no País de Gales, os pesquisadores descobriram que aqueles que receberam a vacina contra herpes zóster apresentaram uma redução de 20% no risco de desenvolver demência ao longo de sete anos em comparação com aqueles que não foram vacinados.

Este estudo apoia a teoria emergente de que vírus que afetam o sistema nervoso podem aumentar o risco de demência. A herpes zóster, uma infecção viral que provoca uma erupção cutânea dolorosa, é causada pelo mesmo vírus da varicela. Após a infecção inicial, geralmente na infância, o vírus permanece dormente nas células nervosas e pode ser reativado em idade mais avançada ou com sistemas imunológicos enfraquecidos.

A demência afeta mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos a cada ano. Tradicionalmente, a pesquisa em demência focou no acúmulo de placas e emaranhados no cérebro associados ao Alzheimer. Contudo, sem avanços significativos em prevenção ou tratamento, alguns cientistas começaram a explorar outras vias, incluindo o papel de certas infecções virais.

Um aspecto inovador do estudo em Gales foi o método de distribuição da vacina, que funcionou como um experimento natural. A política de vacinação, que começou em 1º de setembro de 2013, estabeleceu que apenas as pessoas que tinham 79 anos naquela data poderiam ser vacinadas durante um ano. Aqueles que tinham 80 anos ou mais na mesma data não se tornariam elegíveis, criando uma comparação quase aleatória entre indivíduos muito semelhantes em idade, mas diferentes na elegibilidade para a vacina.

Os resultados do estudo foram robustos. Ao comparar indivíduos que estavam próximos ao limite de idade para elegibilidade, os pesquisadores observaram que a vacina reduziu a incidência de herpes zóster em cerca de 37% entre os vacinados, um resultado alinhado com os encontrados em ensaios clínicos da vacina. Mais importante, até 2020, um em cada oito idosos diagnosticados com demência tinha recebido a vacina, mostrando que os vacinados tinham 20% menos chances de desenvolver a doença.

Curiosamente, a proteção contra a demência foi mais pronunciada em mulheres do que em homens, o que pode estar relacionado a diferenças na resposta imunológica ou no desenvolvimento da demência entre os sexos. As mulheres geralmente têm respostas mais altas de anticorpos à vacinação, por exemplo, e a herpes zóster é mais comum entre elas.

Embora ainda seja necessário investigar se uma versão mais recente da vacina, que contém apenas certas proteínas do vírus, possa ter um impacto similar ou maior na demência, os resultados atuais são promissores e abrem caminho para novas pesquisas e potenciais intervenções preventivas.


🔹GINECOLOGIA

Declínio da Fertilidade com a Idade

Declínio da Fertilidade com a Idade
Declínio da Fertilidade com a Idade

O envelhecimento ovariano e a fertilidade feminina são evidenciados num artigo em Jama Patient Page, destacando como a função ovariana em declínio é uma causa comum de infertilidade entre mulheres na faixa dos 30 aos 40 anos. O artigo oferece uma visão abrangente sobre a biologia do envelhecimento ovariano e suas implicações para a fertilidade, agravadas pelas tendências modernas de adiar a maternidade.

Taxas de Fertilidade e Idade ao Primeiro Parto

De acordo com o artigo, a taxa de fertilidade nos EUA caiu significativamente nas últimas décadas, passando de 70,9 nascimentos por 1000 mulheres em 1990 para 56,1 por 1000 mulheres em 2022. Paralelamente, a idade média para o primeiro parto aumentou de 27 anos em 1990 para 30 anos em 2019. Essa tendência de adiar o primeiro filho é consistente com as mudanças sociais e profissionais observadas entre as mulheres.

Biologia do Envelhecimento Ovariano

O estudo esclarece que as mulheres nascem com um número fixo de folículos nos ovários. Estes folículos liberam óvulos que, se fertilizados, podem resultar em gravidez. Esse número de óvulos diminui drasticamente com a idade, de cerca de 1 a 2 milhões no nascimento para cerca de 65.000 aos 25 anos, 16.000 aos 35 anos e aproximadamente 1.000 até a menopausa, por volta dos 50 anos. Além disso, o artigo aponta que com o avançar da idade, os óvulos são mais propensos a apresentar defeitos cromossômicos, aumentando o risco de abortos espontâneos.

Idade Avançada, Redução da Fertilidade e Abortos

O artigo destaca que é raro mulheres acima dos 45 anos conseguirem uma gravidez bem-sucedida com seus próprios óvulos, mesmo com uma dieta otimizada, exercícios e o uso de técnicas como a fertilização in vitro (IVF). As taxas de aborto aumentam com a idade, alcançando cerca de 65% em mulheres com 45 anos ou mais.

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Estratégias para Enfrentar a Infertilidade Devido ao Envelhecimento Ovariano

É recomendável que os clínicos forneçam educação sobre o envelhecimento ovariano e as taxas decrescentes de fertilidade associadas à idade avançada, permitindo que as pessoas façam escolhas informadas sobre o momento de tentar a gravidez. Medidas sociais, como suporte à maternidade, flexibilidade no trabalho, e cobertura de saúde universal, também são sugeridas para facilitar a construção da família.

Fertilização In Vitro e Criopreservação de Óvulos e Embriões

A fertilização in vitro é destacada como uma técnica que envolve injeções hormonais e a retirada de óvulos para fertilização, com taxas de nascimento vivo decaindo significativamente após os 35 anos. A criopreservação de óvulos é apresentada como uma opção viável e mais econômica para mulheres que desejam adiar a maternidade, permitindo uma gravidez em idade mais avançada com óvulos preservados em juventude.


🔹ENVELHECIMENTO

Exercício Combate à Fadiga Mental em Idosos

Exercício Combate à Fadiga Mental em Idosos
Exercício Combate à Fadiga Mental em Idosos

Um estudo publicado no Journal of Aging and Physical Activity revela que o exercício físico regular pode ser uma intervenção antienvelhecimento eficaz, ajudando os idosos a combater os impactos da fadiga mental. Realizada por uma equipe de pesquisadores da University of Birmingham e da University of Extremadura, na Espanha, a pesquisa demonstra a importância da atividade física para a manutenção da saúde cognitiva e física em idade avançada.

O estudo foi dividido em duas partes. Na primeira, homens sedentários entre 65 e 79 anos foram submetidos a testes cognitivos e físicos e apresentaram desempenho inferior quando comparados a indivíduos de 52 a 64 anos. Notavelmente, os impactos negativos da fadiga mental foram mais acentuados neste grupo com idade mais avançada.

A segunda parte do estudo envolveu homens e mulheres aposentados, de 66 a 72 anos, que foram testados em estados de repouso mental e fadiga. Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente ativos tiveram um desempenho significativamente melhor do que seus pares sedentários, tanto em termos cognitivos quanto físicos.

O Professor Chris Ring, da University of Birmingham e autor correspondente do estudo, enfatiza que "este estudo mostra quão importante é a atividade física para os adultos à medida que envelhecem, e, em geral, para evitar os piores impactos da fadiga mental no desempenho cognitivo e físico."

A pesquisa reforça que a aptidão física não apenas está associada a uma melhor cognição e capacidade de exercício, mas também aumenta a resiliência à fadiga mental. Para os idosos, o exercício regular surge como um meio simples, porém eficaz, de combater os efeitos do envelhecimento em várias áreas, incluindo a mitigação dos efeitos negativos da fadiga mental após tarefas particularmente desgastantes.

Recomendações 

Diante dos resultados, o Professor Ring sugere três medidas práticas para os idosos melhorarem seu desempenho em situações exigentes:

  1. Aumentar os níveis de atividade física regular: Manter-se ativo é crucial para fortalecer a mente e o corpo contra as adversidades do envelhecimento.
  2. Aquecimento com tarefas cognitivas e físicas: Preparar o corpo e a mente com um aquecimento que inclui tarefas cognitivas e físicas pode ser especialmente benéfico antes de enfrentar desafios físicos quando se está mentalmente fatigado.
  3. Treinamento de Resistência Cerebral (Brain Endurance Training - BET): Este método combina tarefas cognitivas e exercícios físicos para melhorar a resistência à fadiga mental e aprimorar o desempenho físico.

Este estudo contribui significativamente para o entendimento de como o exercício físico pode servir como uma estratégia vital para manter e melhorar a qualidade de vida dos idosos, protegendo-os contra os declínios físicos e mentais associados à idade. A inclusão regular de atividades físicas na rotina diária promove bem-estar físico, mas também mental, reforçando a importância do exercício na preservação da saúde e autonomia na terceira idade.


🌟🧑🏻‍⚕️Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓 Objetivo e Estratégia

"Não mude seus objetivos, mude suas estratégias." Essa frase encapsula um princípio crucial para profissionais que aspiram a prosperar em um ambiente que está sempre em transformação. Esse conceito é especialmente relevante para médicos, que se encontram em um cenário de saúde em constante evolução, marcado por inovações tecnológicas e mudanças nos modelos de atendimento.

Os objetivos de longo prazo — sejam eles tornar-se um especialista renomado, liderar pesquisas pioneiras, assumir posições de liderança ou melhorar a qualidade do atendimento ao paciente — servem como verdadeiros faróis na jornada profissional. Contudo, as rotas para alcançá-los podem necessitar de ajustes frequentes e substanciais, particularmente quando novas informações surgem ou as circunstâncias se alteram.

A estratégia, nesse contexto, é o espaço onde a flexibilidade se encontra com a inovação. Para um médico, adaptar-se pode significar buscar qualificações adicionais que complementem suas competências, como cursos em gestão da saúde ou informática médica. Também pode envolver a colaboração em redes profissionais interdisciplinares para ampliar o alcance e a aplicabilidade de sua expertise ou até ajustar a carga horária para dedicar-se mais intensamente a projetos de pesquisa ou inovação.

Essa capacidade de adaptação estratégica é alinhada com o reconhecimento e a resposta a novas oportunidades de carreira que surgem. Assim, enquanto os objetivos fundamentais de cada médico podem permanecer constantes, as estratégias para alcançá-los devem ser flexíveis e abertas a mudanças. Esta adaptabilidade além de fortalecer a resiliência profissional, assegura que o médico permaneça sempre à frente, preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o futuro apresenta.

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📚🧠Triagem Literária🧠📚

Conversas difíceis: Como discutir o que é mais importante
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Destacamos o livro "Conversas Difíceis: Como discutir o que é mais importante". Este guia essencial, fundamentado em 15 anos de pesquisa, oferece uma abordagem passo a passo para enfrentar diálogos delicados com menos estresse e mais eficácia. Você aprenderá a decifrar os subtextos das conversas, iniciar diálogos sem defensividade, compreender o não dito, e manter o equilíbrio sob pressão, mudando do emocional para a resolução prática de problemas. A edição comemorativa de dez anos adiciona uma seção inédita, "Dez perguntas que as pessoas fazem sobre conversas difíceis", ampliando ainda mais os recursos para lidar com esses momentos cruciais tanto na vida profissional quanto pessoal. Ideal para profissionais que buscam aprimorar suas habilidades de comunicação em cenários desafiadores.


Direção

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  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
  • Perfil Linkedln

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