Crescimento no Atendimento à Endometriose; Dieta, Glicose e Prevalência de Câncer; Poluição do Ar e Doença de Parkinson; Assertividade; Chamada pública; Todo pacidente tem uma história para contar.
🔔Destaques desta edição: | ||
💙SUS Registra Crescimento no Atendimento à Endometriose; | ||
📢Talent - Oportunidades Médicas; | ||
💙Dieta, Glicose e Prevalência de Câncer; | ||
💙Poluição do Ar e Risco Genético de Doença de Parkinson; | ||
🎓 Assertividade e Liderança; | ||
📢 Chamada pública: Saúde do Trabalhador; | ||
📚 Todo paciente tem uma história para contar. | ||
"Muito do apelo da medicina interna é sherlockiano — resolver o caso a partir das pistas. Somos detetives; nos deleitamos no processo de desvendar tudo. É o que os médicos mais amam fazer." - Lisa Sanders | ||
Iniciamos esta edição refletindo nas palavras da Dra. Lisa Sanders, que capturam essencialmente o que motiva muitos médicos na prática da medicina interna. | ||
Sanders, além de médica, é autora e educadora, cuja coluna no New York Times Magazine inspirou a aclamada série de TV House. Suas contribuições à medicina vão além do consultório, dialogando a maneira como médicos e pacientes percebem o diagnóstico médico. | ||
Sua abordagem alinha-se a prática médica humanizada, ressaltando a importância de ouvir atentamente cada paciente e entender cada caso como um mistério único a ser solucionado. Esta perspectiva fortalece o nosso compromisso contínuo com a excelência diagnóstica e a compaixão na interação com os pacientes. | ||
😉💙 | ||
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Desejamos a você um ótimo dia! | ||
Boa leitura📖🗞️ | ||
📍OPORTUNIDADES MÉDICAS | ||
A Talent Match | Academia Médica tem o compromisso de apresentar oportunidades aos médicos que seguem a Triagem. | ||
Estamos trabalhando em parceria com uma grande empresa, que busca médicos especialistas para trabalhar em vários locais na cidade de São Paulo. | ||
A remuneração é condizente com o mercado e há espaço para realizar procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos. | ||
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🔹SAÚDE DA MULHER | ||
SUS Registra Crescimento no Atendimento à Endometriose | ||
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No Brasil, a luta contra a endometriose foi debatida em um webinário focado na conscientização e no diagnóstico precoce desta doença crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva. Organizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Beneficência Portuguesa, o evento "Dor não é normal: Conscientização sobre a Endometriose" foi dirigido a profissionais da atenção primária à saúde (APS) e ao público em geral, buscando combater o estigma cultural que naturaliza a dor menstrual intensa como algo comum. | ||
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um aumento significativo de atendimentos relacionados à endometriose na atenção primária, saltando de 82.693 em 2022 para 145.744 em 2024, o que representa um crescimento de aproximadamente 76,24% em apenas três anos. Esse aumento reflete a crescente demanda por serviços de saúde qualificados para lidar com essa condição, que muitas vezes é mal compreendida tanto por pacientes quanto por profissionais de saúde. | ||
A endometriose é caracterizada pelo crescimento de células semelhantes às do endométrio (revestimento interno do útero) em outras partes do corpo, principalmente na região pélvica. Essas células são sensíveis às variações hormonais do ciclo menstrual, causando inflamação, dor e formação de tecido cicatricial, conhecido como aderências. Os sintomas mais comuns incluem cólicas menstruais intensas, dor pélvica fora do período menstrual, inchaço abdominal, dor durante relações sexuais e alterações intestinais durante a menstruação. | ||
O diagnóstico da endometriose é complexo e pode levar em média de 6 a 7 anos após o início dos sintomas, o que ressalta a importância de eventos educativos. A coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, Renata de Souza Reis, destacou o papel fundamental da atenção primária no combate ao estigma e na educação em saúde para uma abordagem clínica mais efetiva. | ||
Durante o webinário, que foi transmitido ao vivo pelo canal do DATASUS, especialistas discutiram os principais sinais da doença e enfatizaram a necessidade de desmistificar a dor intensa como parte natural do ciclo menstrual. Além do webinário aberto ao público, o evento também contou com uma roda de conversa interna voltada às trabalhadoras do Ministério da Saúde, reforçando o compromisso da instituição com a saúde feminina. | ||
A endometriose além de uma condição médica, é um desafio social que requer atenção, compreensão e ação imediata para garantir a qualidade de vida de quem convive com essa doença. | ||
Para acessar o conteúdo do webinário, clique no link abaixo! | ||
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🔹ENDOCRINOLOGIA | ||
Dieta, Glicose e Prevalência de Câncer | ||
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Uma pesquisa liderada pela Arizona State University revelou informações sobre a relação entre dieta, níveis de glicose no sangue e a prevalência de câncer em uma ampla gama de espécies de vertebrados. Publicado na revista Nature Communications, o estudo traz novas perspectivas sobre as defesas biológicas naturais contra o câncer e sugere possíveis aplicações para a prevenção e tratamento do câncer em humanos. | ||
Principais Descobertas: | ||
1. Relação Entre Glicose e Câncer em Aves: Surpreendentemente, as aves, apesar de apresentarem níveis significativamente mais altos de glicose no sangue e uma maior expectativa de vida do que mamíferos e répteis de tamanho semelhante, exibem uma menor prevalência de câncer. Esta observação desafia a compreensão tradicional que associa altos níveis de glicose com um aumento do risco de câncer. | ||
2. Mecanismos de Defesa Contra o Câncer em Aves: O estudo sugere que as aves podem ter desenvolvido mecanismos biológicos únicos que as protegem contra o câncer, apesar dos altos níveis de açúcar no sangue. Esses mecanismos podem incluir adaptações metabólicas e proteções celulares que limitam danos oxidativos, uma descoberta que pode inspirar novas abordagens para o combate ao câncer em humanos. | ||
3. Dieta e Prevalência de Câncer: Ao investigar o impacto da dieta nos níveis de glicose e na prevalência de câncer entre as espécies não humanas, os pesquisadores não encontraram uma ligação estatisticamente significativa entre a dieta e os níveis de glicose. No entanto, carnívoros primários — animais que consomem principalmente outros vertebrados — apresentaram uma maior incidência de tumores em comparação com herbívoros, especialmente quando a domesticação é considerada. | ||
4. Resiliência das Aves a Dietas Diversificadas: Mesmo quando submetidas a dietas ricas em gorduras ou açúcares, que são conhecidas por aumentar o risco de câncer em humanos, as aves não mostraram alterações na resposta da glicose no sangue. Isso indica uma resiliência notável desses animais e sugere que possuem estratégias adaptativas eficientes para o manejo da glicose, independentemente da dieta. | ||
5. Influência da Domesticação: A pesquisa também apontou que espécies domesticadas tendem a apresentar uma prevalência de câncer mais alta, possivelmente devido à diversidade genética reduzida e a menores pressões evolutivas, destacando o papel da seleção natural em limitar o câncer em populações selvagens. | ||
Implicações para a Saúde Humana: | ||
Embora o estudo tenha focado em espécies não humanas, suas descobertas oferecem insights que podem ser aplicados na prevenção e tratamento do câncer em humanos. Compreender as adaptações que permitem que as aves resistam ao câncer, apesar de altos níveis de glicose, pode abrir caminho para estratégias inovadoras de prevenção e terapia do câncer. | ||
Este estudo destaca a importância de explorar as defesas naturais contra o câncer encontradas na natureza e reforça as recomendações de saúde pública para humanos de manter uma dieta equilibrada, evitar o consumo excessivo de carnes processadas e vermelhas, e gerenciar os níveis de glicose por meio de um estilo de vida saudável, incluindo exercícios regulares. | ||
🔹NEUROLOGIA | ||
Poluição do Ar e Risco Genético de Doença de Parkinson | ||
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A doença de Parkinson, um dos distúrbios neurodegenerativos que mais crescem no mundo, tem visto sua prevalência e incidência aumentar não apenas devido ao envelhecimento populacional, mas também em função de fatores ambientais e genéticos. Um estudo publicado na JAMA Network Open em 17 de março de 2025, explorou como a poluição do ar relacionada ao tráfego interage com a predisposição genética para afetar o risco de desenvolvimento da doença. | ||
Descobertas Principais: | ||
O estudo concentrou-se na exposição a longo prazo a poluentes típicos do tráfego, como monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2) e óxidos de nitrogênio (NOx), associados a um aumento do risco de doença de Parkinson. Esses poluentes são conhecidos por seus efeitos tóxicos nos neurônios, inflamação sistêmica e alterações na fisiologia intestinal e no microbioma, todos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. | ||
A pesquisa utilizou uma abordagem de pontuação de risco poligênico que agrega variantes de nucleotídeo único associadas à doença de Parkinson em estudos de associação genômica ampla, para investigar interações gene-ambiente. Os resultados indicaram que indivíduos geneticamente suscetíveis expostos a altos níveis de poluição do ar relacionada ao tráfego têm um risco aumentado de desenvolver doença de Parkinson, até três vezes maior em comparação com aqueles com baixa exposição e baixo risco genético. | ||
Os mecanismos propostos pelo estudo incluem neuroinflamação e efeitos neurotóxicos induzidos pela exposição ao diesel e outros componentes da poluição do tráfego. Estudos anteriores sugeriram que a exposição a poluentes como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, presentes no diesel, pode facilitar efeitos neurotóxicos, observados em modelos animais como peixes-zebra. A pesquisa também identificou aumentos na expressão de genes inflamatórios e acumulação da proteína α-sinucleína, uma característica da DP, em cérebros expostos a longo prazo a altos níveis de poluição do ar. | ||
Implicações e Limitações | ||
O estudo destaca a poluição do ar relacionada ao tráfego como um fator de risco modificável importante, afetando grandes populações globalmente. No entanto, existem limitações, incluindo a potencial má classificação da exposição, uma vez que os modelos usados não consideraram comportamentos pessoais ou tempo gasto em diferentes ambientes, como locais de trabalho ou durante o trajeto. | ||
Conclusões e Pesquisas Futuras | ||
Os achados reforçam a necessidade de pesquisas futuras para replicar esses resultados e investigar mais a fundo os mecanismos biológicos que explicam essas interações estatísticas. Entender a interação entre fatores genéticos e ambientais pode proporcionar novos caminhos para prevenção e tratamento da doença de Parkinson, beneficiando não apenas indivíduos geneticamente suscetíveis, mas toda a população exposta a níveis nocivos de poluição do ar. | ||
Este estudo reforça a urgência de políticas públicas eficazes para redução da poluição do ar, assim como a importância de abordagens interdisciplinares que integrem genética e fatores ambientais na pesquisa de doenças neurodegenerativas. | ||
🌟🧑🏻⚕️Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
🎓 Assertividade e Debate: Chaves para a Liderança | ||
A ascensão à liderança em qualquer organização exige uma combinação de habilidades técnicas e interpessoais. Enquanto a competência técnica pode abrir portas, são as habilidades de comunicação e assertividade que muitas vezes posicionam os profissionais para oportunidades de liderança. Uma pesquisa publicada no Journal of Applied Psychology, destaca a eficácia do treinamento em debate para desenvolver essas habilidades cruciais, oferecendo uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento de lideranças nas empresas modernas. | ||
O estudo utilizou experimentos para analisar como o treinamento de equipes em debate pode influenciar a trajetória profissional de indivíduos em grandes organizações. A pesquisa revelou que a prática do debate aumenta significativamente a assertividade, uma qualidade que, por sua vez, está fortemente associada à emergência de líderes dentro das corporações. | ||
Em um dos experimentos descritos, funcionários de uma empresa da Fortune 100 que receberam nove semanas de treinamento em debate mostraram maior probabilidade de avançar para cargos de liderança. Este efeito, medido 18 meses após o treinamento, foi explicado pela maior assertividade observada nos participantes treinados. | ||
A assertividade, muitas vezes mal interpretada como agressividade, foi cuidadosamente definida no contexto do estudo como a capacidade de expressar ideias e necessidades de forma clara e respeitosa, mantendo a consideração pelos outros. Essa característica é essencial em ambientes organizacionais onde a eficácia na comunicação pode determinar quem é notado e quem é negligenciado. | ||
O ambiente de atenção moderno, saturado de informações, exige que os líderes não apenas sejam capazes de formular estratégias, mas também de comunicá-las eficazmente. O debate treina os indivíduos para cortar o excesso em suas falas, dominar o ritmo da comunicação e assegurar que suas opiniões sejam ouvidas e consideradas. Tais habilidades são inestimáveis em reuniões, apresentações e outras interações críticas que frequentemente definem percursos de carreira. | ||
Além disso, a pesquisa sugere que as habilidades adquiridas através do treinamento em debate são aplicáveis a uma ampla gama de demografias, tornando-o uma ferramenta inclusiva para o desenvolvimento profissional. | ||
Adaptado de: Massachusetts Institute of Technology. "Want to climb the leadership ladder? Try debate training." ScienceDaily. ScienceDaily, 12 March 2025. <www.sciencedaily.com/releases/2025/03/250312165611.htm>. | ||
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📢 Oportunidades em Saúde | ||
📢 Chamada Pública: 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora | ||
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📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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Recomendamos o livro "Todo paciente tem uma história para contar: Mistérios médicos e a arte do diagnóstico", de Lisa Sanders. Este livro mergulha na arte sherlockiana da medicina diagnóstica, onde cada caso é um enigma a ser desvendado, a partir de pistas fornecidas pelo paciente e evidências de exames. A autora, que inspirou a série de TV House, discute as falhas ainda presentes nos diagnósticos médicos e os desafios impostos pela alta tecnologia na área. Reconhecido como um dos 10 melhores livros de ciência de 2009 pela Amazon, esta obra é essencial para quem aprecia os intricados processos de diagnóstico médico e as complexidades humanas envolvidas em cada caso. | ||
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