Sistema Nervoso e Diabetes Tipo 2; Oportunidades Médicas; A Nova Era da Patologia com Modelos de IA; Como a Emoção Muda Tudo nas Relações Profissionais; Foco é força; O poder da ação.
🔔Destaques desta edição: | ||
💙Sistema Nervoso e Diabetes Tipo 2; | ||
📢Oportunidades Médicas; | ||
💙A Nova Era da Patologia com Modelos de IA; | ||
💙Como a Emoção Muda Tudo nas Relações Profissionais; | ||
🎓 Foco é força; | ||
📚 O poder da ação. | ||
🧠“Não seja empurrado pelos medos da sua mente. Seja guiado pelos sonhos do seu coração.” — Roy T. Bennett | ||
O medo costuma ser barulhento, impaciente e convincente. Já os sonhos, muitas vezes, sussurram, exigem silêncio, escuta e coragem. | ||
Esta citação nos convida a trocar o impulso do medo pela intenção dos nossos sonhos. Porque é com eles que podemos traçar caminhos com mais significado. | ||
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🔹ENDOCRINOLOGIA | ||
Como o Sistema Nervoso Pode Estar Ligado ao Diabetes Tipo 2 | ||
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Um estudo publicado em 15 de maio de 2025, no Journal of Clinical Investigation revela avanços importantes na compreensão do papel do cérebro na fisiopatologia do diabetes tipo 2 (DM2), evidenciando uma nova perspectiva terapêutica baseada na inibição seletiva de um grupo específico de neurônios: os neurônios AgRP, localizados no núcleo arqueado do hipotálamo (ARC, do inglês arcuate nucleus). | ||
Já é conhecido que o cérebro desempenha papel central na regulação da homeostase glicêmica. Estudos anteriores demonstraram que a administração intracerebroventricular de FGF1 (fator de crescimento de fibroblastos 1) em modelos murinos de diabetes, como os camundongos Lepob/ob (deficientes em leptina), induz remissão sustentada da hiperglicemia. No entanto, os mecanismos neuronais exatos por trás desse efeito ainda não estavam totalmente esclarecidos. | ||
A nova pesquisa mostra que a inativação permanente dos neurônios AgRP nesses camundongos é suficiente para normalizar a hiperglicemia por pelo menos 10 semanas, mesmo sem alterar a ingestão alimentar, o gasto energético, o peso corporal ou a massa de gordura. Isso indica que a atividade exacerbada dos neurônios AgRP é um fator causal direto da hiperglicemia no modelo de DM2, desvinculado da obesidade e da hiperfagia também presentes. | ||
Assim como a administração central de FGF1, a inibição dos neurônios AgRP normalizou a glicemia de forma duradoura, sem impacto significativo sobre a tolerância à glicose, níveis de glucagon, esteatose hepática ou perfil lipídico. Ambos os tratamentos aumentaram os níveis hepáticos de glicogênio e lactato plasmático — sinais de maior captação e metabolização de glicose no fígado. | ||
Entretanto, um dado importante se destacou: apenas a inativação dos neurônios AgRP reduziu os níveis plasmáticos de corticosterona, sugerindo uma conexão direta entre esses neurônios e a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Como a hipercortisolemia é associada à resistência insulínica e ao diabetes, essa modulação adicional pode representar um diferencial terapêutico importante. | ||
Curiosamente, a normalização da glicemia foi acompanhada por uma redução dos níveis plasmáticos de insulina, o que indica que os neurônios AgRP também contribuem para a hiperinsulinemia característica do DM2 nesses modelos — e que essa contribuição é independente da ingestão calórica ou do acúmulo de gordura. | ||
Embora os neurônios AgRP sejam centrais para o controle glicêmico, sua inativação não teve efeito sobre a obesidade nos camundongos Lepob/ob. Isso sugere que a hiperfagia e o ganho de peso associados à deficiência de leptina são mediados por outros grupos neuronais ainda não identificados, possivelmente também regulados pela leptina, mas não impactados pelo FGF1. | ||
Implicações para a Prática Clínica | ||
A possibilidade de modular seletivamente a atividade dos neurônios AgRP — e obter como resultado a remissão glicêmica sem os efeitos colaterais comuns aos tratamentos tradicionais — abre caminho para terapias mais precisas no DM2. Além disso, drogas já utilizadas, como agonistas de GLP-1 e GIP, podem exercer parte de sua eficácia antidiabética justamente pela inibição rápida desses neurônios. | ||
Os autores destacam a relevância de investigar mais a fundo como a sinalização dos neuropeptídeos AgRP, NPY e GABA contribui isoladamente ou em conjunto para a disfunção metabólica. Da mesma forma, identificar os neurônios não-AgRP responsáveis pela obesidade em estados leptina-deficientes pode desvendar alvos adicionais para o combate à obesidade e suas comorbidades. | ||
Este estudo oferece evidências robustas de que os neurônios AgRP são peças-chave na fisiopatologia da hiperglicemia no diabetes tipo 2, independentemente da obesidade. Sua inibição seletiva pode representar um novo paradigma terapêutico, especialmente quando se busca uma intervenção central, duradoura e com menor risco de efeitos adversos. Em um contexto de crescente prevalência do diabetes e de busca por soluções inovadoras, o cérebro se firma não só como causa, mas também como potente caminho para a cura. | ||
🔹PATOLOGIA MÉDICA | ||
A Nova Era da Patologia com Modelos de IA | ||
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A patologia, pedra angular no diagnóstico de diversas doenças especialmente o câncer, está passando por uma revolução impulsionada pela inteligência artificial. Com a crescente demanda por laudos e um número insuficiente de patologistas em várias partes do mundo, pesquisadores vêm desenvolvendo modelos de IA capazes de apoiar (e até replicar) parte do processo diagnóstico. Mas, apesar dos avanços promissores, ainda existem dúvidas sobre sua aplicação clínica em larga escala. | ||
A publicação da revista Nature de 23 de maio de 2025, mostra como o uso da IA pode melhorar a acurácia, reprodutibilidade e eficiência dos diagnósticos, além de permitir novas pesquisas em larga escala com dados patológicos e moleculares. A digitalização crescente das lâminas histológicas — possibilitando a visualização em tela em vez de microscópios — abriu espaço para que engenheiros desenvolvessem assistentes inteligentes para patologistas. | ||
Essas ferramentas destacam áreas suspeitas nos tecidos, como também padronizam diagnósticos e revelam padrões invisíveis ao olho humano. E mais: alguns modelos chegam a simular o fluxo completo do trabalho patológico — da análise da lâmina à redação do laudo. | ||
Ao contrário dos primeiros sistemas de IA desenvolvidos para tarefas específicas, os chamados foundation models são modelos treinados para se adaptar a uma variedade de aplicações sem a necessidade de treinamento específico para cada uma. | ||
Inspirados por avanços em modelos de linguagem como o ChatGPT, pesquisadores como Faisal Mahmood (Harvard Medical School) e Hao Chen (Hong Kong University of Science and Technology) lançaram modelos visuais e multimodais que transformaram o campo. Entre eles, destacam-se: | ||
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Esses modelos estão disponíveis publicamente na plataforma Hugging Face e já somam mais de 1,5 milhão de downloads, com aplicações práticas em classificação de tumores, previsão de prognóstico e identificação de biomarcadores. | ||
PathChat e SmartPath: os "copilotos" da patologia | ||
Com o avanço dos modelos, surgiram os copilotos — assistentes conversacionais baseados em IA. O PathChat, por exemplo, combina o UNI com um modelo de linguagem treinado com quase 1 milhão de perguntas e respostas baseadas em literatura científica. Ele pode conversar com patologistas, interpretar imagens e gerar laudos. Já recebeu a designação de dispositivo inovador (breakthrough device) da FDA. | ||
Na China, o SmartPath, desenvolvido por Chen e sua equipe, está sendo testado em hospitais com foco em câncer de mama, pulmão e cólon. Ambos já possuem funcionalidades avançadas de tomada de decisão autônoma, incluindo sugestão de exames complementares e priorização de casos suspeitos. | ||
Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para a falta de validação robusta desses modelos. Em testes independentes utilizando uma abordagem zero-shot com dados do Cancer Genome Atlas, muitos modelos não performaram melhor do que um chute aleatório. Um dos principais problemas identificados foi o overfitting, quando os modelos performam bem apenas em dados semelhantes aos do treinamento. | ||
A ausência de diretrizes regulatórias para modelos generativos na saúde é outro gargalo. A FDA ainda não possui parâmetros definidos para aprovar esse tipo de tecnologia. Além disso, há riscos como a “alucinação” de informações — respostas incorretas fabricadas por chatbots — que podem comprometer diagnósticos e tratamentos. | ||
Outros desafios incluem: | ||
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Com o intuito de garantir maior confiabilidade, iniciativas como a da equipe de Tizhoosh, em colaboração com centros como Memorial Sloan Kettering e MD Anderson, estão promovendo desafios com mais de 150 milhões de imagens para treinamento e validação independente. Já o projeto UNICORN, liderado por Francesco Ciompi (Radboud University), testará modelos em 20 tarefas de patologia, buscando estabelecer benchmarks sólidos. | ||
Para Jakob Kather, oncologista na Universidade Técnica de Dresden, a revolução da IA na patologia está apenas começando, mas sua aplicação clínica ampla ainda deve levar de dois a três anos. Enquanto alguns temem uma nova onda de decepção com as promessas da IA, outros acreditam que o potencial está apenas sendo arranhado. | ||
🔹AMBIENTE DE TRABALHO | ||
Como a Emoção Muda Tudo nas Relações Profissionais | ||
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Uma pesquisa revela um detalhe surpreendente sobre a dinâmica da ajuda entre colegas de trabalho: a maneira como expressamos emoções ao ajudar pode ser tão importante quanto o ato de ajudar em si. O estudo da Washington State University, destaca que expressões emocionais moldam profundamente como a ajuda é percebida, recebida e retribuída no ambiente corporativo. | ||
Tradicionalmente, a literatura sobre comportamento organizacional trata os comportamentos de ajuda como inerentemente positivos. No entanto, essa nova investigação desafia essa visão, demonstrando que as pessoas não interpretam a ajuda de forma neutra ou passiva. Pelo contrário, elas observam atentamente os sinais emocionais do colega que oferece suporte e utilizam essas pistas para interpretar as motivações por trás do gesto. | ||
Os pesquisadores descobriram que: | ||
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Três estudos, um padrão claro | ||
A robustez dos achados se deve a um projeto metodológico bem estruturado que incluiu: | ||
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Independentemente do método utilizado, o padrão foi claro: emoções como empatia e gratidão reforçam laços e motivam reciprocidade; enquanto emoções autocentradas, como orgulho, podem desestabilizar a confiança entre colegas. | ||
Para líderes e gestores, os achados orientam sobre como criar uma cultura de colaboração autêntica e duradoura. O estudo sugere que não basta estimular comportamentos de ajuda: é necessário promover emoções autênticas e empáticas no cotidiano da equipe. | ||
“Ajudar com base na gratidão ou na preocupação genuína com o outro é mais eficaz para construir relacionamentos duradouros. Quando líderes modelam esse tipo de comportamento emocional, eles estabelecem o tom para um ambiente mais colaborativo e engajado”. | ||
A pesquisa também ressalta que qualquer colaborador pode se beneficiar ao refletir sobre suas próprias experiências ao receber ajuda, e praticar o exercício de colocar-se no lugar do outro. Essas atitudes contribuem para o desenvolvimento de emoções mais autênticas, como empatia, e ajudam a fortalecer os vínculos interpessoais. | ||
🌟🧑🏻⚕️Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
🎓 Foco é força: onde você mira, é onde tudo acontece | ||
"Você abre o computador para responder um e-mail e, antes de perceber, está com 5 abas abertas, três conversas no WhatsApp e um artigo científico esperando atenção. Bem-vindo ao clube dos profissionais sobrecarregados — onde fazer muito nem sempre significa entregar algo com impacto". | ||
A imagem é simples, mas fala alto: quando nossa atenção está espalhada, nossa energia se dilui. Já quando há direção, tudo flui. É o princípio que muitos chamam de “o segredo do desempenho”: onde o foco vai, a energia segue. | ||
Essa lógica vale ouro em tempos de excesso de informação, onde saber o que merece sua energia é uma habilidade estratégica — quase uma ferramenta clínica invisível. | ||
Foco é também uma decisão política. Quando você escolhe um tema de estudo, um projeto para liderar, uma habilidade para desenvolver, está dizendo “não” para outras escolhas. É duro no começo, a sensação de estar perdendo algo é real, mas o resultado é potência direcionada. E isso muda a forma como você se posiciona, entrega e cresce. | ||
No fundo, não é sobre fazer tudo. É sobre fazer o que importa, com presença, constância e propósito. | ||
😉💙 | ||
📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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Se você sente que está vivendo no piloto automático — insatisfeito com o corpo, a carreira ou os relacionamentos, talvez seja hora de interromper o ciclo. Em O poder da ação, Paulo Vieira propõe um chamado direto: pare de adiar sua vida e assuma o protagonismo da mudança. Com um método que já impactou mais de 250 mil pessoas, o autor oferece uma espécie de “check-up comportamental” e uma bússola prática para quem quer transformar desejo em atitude. A leitura provoca, desafia e inspira — e pode ser exatamente o empurrão que faltava para despertar seus próprios objetivos. | ||
Direção | ||
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