Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica
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Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica

Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica; Oportunidades Médicas; CRISPR Impulsiona Imunoterapia no Câncer Gastrointestinal; Doença Inflamatória Intestinal; Atitudes Cotidianas; Checklist;

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica;

📢Oportunidades Médicas;

💙Edição Genética com CRISPR Impulsiona Imunoterapia para Câncer Gastrointestinal;

💙Evolução Global da Doença Inflamatória Intestinal;

🎓 Atitudes Cotidianas e Bem-estar Mental ;

📚 Checklist: Como fazer as coisas bem-feitas.


"A felicidade não é algo pronto. Ela vem das suas próprias ações." – Dalai Lama XIV

Em algumas situações é fácil esquecer que a felicidade não nos encontra por acaso - ela é construída, gesto a gesto, escolha a escolha. Na prática profissional e na vida, são nossas ações que moldam o bem-estar que buscamos.

Ao cuidar do outro com atenção genuína, ao nos comprometermos com o que é ético e significativo, ao escolhermos agir com empatia e presença, cultivamos bons resultados e um senso duradouro de propósito e realização.

Desejamos uma semana inspiradora e cheias de boas ações...

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Bom dia e Boa leitura📖🗞️


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🔹FORMAÇÃO MÉDICA

Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica

Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica
Saúde e Educação se Unem para Avaliar Formação Médica

Iniciativa entre os Ministérios da Saúde e da Educação busca aprimorar o ensino médico com base nos resultados do ENAMED e nas novas diretrizes curriculares nacionais.

Em um movimento de articulação entre os Ministérios da Saúde (MS) e da Educação (MEC), foi anunciada a criação de uma Comissão Interministerial para Avaliação da Formação Médica no Brasil. A iniciativa, comunicada oficialmente no dia 23 de abril de 2025 marca uma nova fase na supervisão e desenvolvimento da educação médica nacional.

A medida está ancorada no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (ENAMED), um instrumento que une características dos já conhecidos ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e ENARE (Exame Nacional de Residência), mas com um diferencial importante: será aplicado ao longo da graduação, e não apenas ao final dela.

"Essa é mais uma ação conjunta do governo federal para qualificar a formação médica no Brasil", afirmou Alexandre Padilha, ministro da Saúde.

O ENAMED surge como uma avaliação obrigatória e contínua, integrada à matriz curricular dos cursos de Medicina. Seu objetivo é medir o desempenho dos estudantes com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e acompanhar seu progresso acadêmico. A expectativa é que os resultados do exame tenham múltiplas aplicações:

  • Avaliar a qualidade dos cursos de Medicina no país;
  • Identificar lacunas formativas antes do final da graduação;
  • Servir como critério adicional em processos seletivos de residência médica, como o ENARE;
  • Orientar políticas públicas e ações de melhoria na formação profissional.

A inscrição para o exame será gratuita e organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), com editais específicos definindo critérios e prazos.

A comissão será composta por representantes dos seguintes órgãos e instituições:

  • Ministério da Saúde
  • Ministério da Educação
  • Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)
  • Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)
  • Entidades médicas e educacionais
  • Instituições de ensino superior
  • Gestores estaduais e municipais

As atribuições da comissão são estratégicas e incluem:

  • Análise dos resultados do ENAMED;
  • Avaliação da qualidade dos cursos de Medicina;
  • Atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em Medicina;
  • Proposição de adequações na formação médica frente a novas demandas do século XXI, como:

Relação com o Programa Mais Médicos

A iniciativa também fortalece os objetivos do Programa Mais Médicos, principalmente no que diz respeito à formação baseada em competências para atuação no SUS, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS).

O Mais Médicos já conta com uma trilha formativa de quatro anos, integrando especialização e mestrado profissional em Medicina de Família e Comunidade. O ENAMED, portanto, surge como um aliado pedagógico e regulatório, que permitirá a sinergia entre o ensino médico superior e a prática assistencial qualificada no SUS.

Por que isso importa?

Em um cenário onde a abertura de escolas médicas cresceu de forma descontrolada nos últimos anos, a implementação do ENAMED e da Comissão Interministerial representa um passo importante para:

  • Elevar o nível de qualidade da formação médica;
  • Reduzir disparidades regionais e institucionais;
  • Garantir que todos os futuros médicos brasileiros estejam aptos a enfrentar os desafios da prática clínica contemporânea.

Com a implementação de uma avaliação contínua e formativa, o Brasil se aproxima de modelos internacionais de excelência em educação médica, como os aplicados nos EUA, Reino Unido e Canadá, onde o monitoramento longitudinal do aprendizado já é uma realidade consolidada.

A criação do ENAMED e da Comissão Interministerial representa uma transformação necessária na educação médica brasileira. Ao garantir que todos os estudantes de Medicina passem por avaliações contínuas, integradas às diretrizes nacionais e vinculadas às necessidades reais do sistema de saúde, o país dá um passo decisivo para formar médicos mais bem preparados, atualizados e comprometidos com a realidade da saúde brasileira.


🔹ONCOLOGIA

Edição Genética com CRISPR Impulsiona Imunoterapia para Câncer Gastrointestinal

Edição Genética com CRISPR Impulsiona Imunoterapia para Câncer Gastrointestinal
Edição Genética com CRISPR Impulsiona Imunoterapia para Câncer Gastrointestinal

Uma pesquisa da Universidade de Minnesota, publicada no The Lancet Oncology, marca um avanço significativo no tratamento de cânceres gastrointestinais em estágio avançado, especialmente o câncer colorretal metastático. Trata-se do primeiro ensaio clínico em humanos que utiliza a técnica de edição genética CRISPR/Cas9 para modificar células imunológicas e potencializar sua capacidade de combater tumores.

O estudo envolveu 12 pacientes com câncer gastrointestinal metastático em estágio terminal, todos já sem alternativas terapêuticas convencionais. A abordagem consistiu na modificação de linfócitos infiltrantes de tumor (TILs), células do sistema imunológico que naturalmente penetram nos tumores. Por meio da técnica CRISPR, os pesquisadores desativaram um gene chamado CISH (Cytokine-Inducible SH2-containing protein), um conhecido inibidor da resposta imunológica mediada por células T.

Segundo o Dr. Emil Lou, oncologista gastrointestinal e investigador clínico principal do estudo, essa estratégia representa uma nova linha de ataque contra o câncer metastático. “Apesar dos avanços na compreensão dos fatores genéticos que causam o câncer, o câncer colorretal em estágio IV continua sendo, com poucas exceções, uma doença incurável. Este estudo traz uma abordagem do laboratório para a clínica com potencial de melhorar os resultados em pacientes com doença avançada”, afirma.

A equipe de pesquisa utilizou a CRISPR/Cas9 para editar geneticamente os linfócitos infiltrantes de tumor (TILs), desativando o gene CISH. O objetivo foi "libertar" as células T de um mecanismo interno que bloqueia sua capacidade de reconhecer e destruir células tumorais. Como explicou o professor Branden Moriarity, co-diretor do Center for Genome Engineering da Universidade de Minnesota, o CISH atua dentro da célula, o que inviabiliza sua inibição por métodos tradicionais — por isso, recorreu-se à engenharia genética.

Os TILs editados foram expandidos em laboratório, totalizando mais de 10 bilhões de células por paciente, e reintroduzidos no organismo. O processo seguiu protocolos clínicos rigorosos e foi realizado sem comprometer a viabilidade e o crescimento das células.

O tratamento se mostrou seguro — nenhum dos 12 pacientes apresentou efeitos adversos graves relacionados à edição genética. Em termos de eficácia, os resultados iniciais são animadores:

  • Diversos pacientes apresentaram estabilização da doença, com interrupção do crescimento tumoral.
  • Um paciente teve resposta completa, ou seja, os tumores metastáticos desapareceram completamente e não retornaram em mais de dois anos de acompanhamento.

Para os pesquisadores, esse caso de resposta completa é uma pista fundamental para entender os mecanismos de sucesso da terapia e otimizar futuras aplicações.

Uma das grandes promessas desse método está no fato de que a modificação genética é permanente. Diferente das imunoterapias baseadas em inibidores de checkpoint, que exigem doses regulares, o bloqueio do gene inibidor CISH é “codificado” diretamente nas células T — ou seja, a reprogramação é incorporada desde o início, dispensando novos ciclos de tratamento.

Apesar dos avanços, o tratamento ainda é complexo e de alto custo. A equipe agora trabalha para tornar o processo mais acessível, além de estudar por que a resposta foi tão eficaz em determinados pacientes e como replicar esse sucesso em uma escala mais ampla.

A expectativa é que novas fases do ensaio clínico sejam realizadas com um número maior de participantes, expandindo também para outros tipos de câncer. Além disso, os pesquisadores pretendem investigar formas de automação e padronização do processo de edição e expansão das células para facilitar sua aplicação em larga escala.


🔹GASTROENTEROLOGIA

Evolução Global da Doença Inflamatória Intestinal

Evolução Global da Doença Inflamatória Intestinal
Evolução Global da Doença Inflamatória Intestinal

A Doença Inflamatória Intestinal (DII), que inclui a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, é um distúrbio crônico e incurável do trato gastrointestinal. Reconhecida inicialmente no século XIX em regiões industrializadas como América do Norte, Europa e Oceania, a DII era tradicionalmente considerada uma doença do “mundo ocidental”. No entanto, dados recentes mostram que esse cenário está mudando rapidamente.

A grande inovação deste estudo — publicado na revista Nature — foi transformar um modelo teórico em uma ferramenta prática, aplicável em nível global. Com base em mais de 500 estudos populacionais cobrindo mais de 80 regiões geográficas ao longo de um século, o consórcio GIVES-21 utilizou inteligência artificial para categorizar o mundo em quatro estágios de evolução da DII:

  1. Estágio 1 – Emergência: Incidência e prevalência ainda baixas. Observado hoje em países de baixa renda, especialmente na África, onde a industrialização e mudanças no estilo de vida ainda são limitadas.
  2. Estágio 2 – Aceleração da Incidência: Rápido aumento de novos diagnósticos em regiões que passaram por industrialização recente, como diversos países da Ásia e da América Latina. A prevalência ainda é baixa, mas cresce de forma acelerada.
  3. Estágio 3 – Prevalência Composta: A incidência se estabiliza, mas a prevalência aumenta continuamente, refletindo o acúmulo de casos em adultos. É o que ocorre atualmente nas nações que industrializaram-se no século XX.
  4. Estágio 4 – Equilíbrio de Prevalência: O crescimento da prevalência se desacelera ou estabiliza devido ao aumento da mortalidade relacionada à idade em uma população envelhecida com DII. Espera-se que os países mais industrializados caminhem para esse estágio nas próximas décadas.

Por que isso importa?

Essa classificação tem implicações diretas para o planejamento em saúde pública. Países no estágio 1, por exemplo, precisam investir com urgência em formação de profissionais de saúde e infraestrutura de diagnóstico, uma vez que a chegada do estágio 2 é inevitável à medida que o desenvolvimento avança. Já os países em estágio 2 devem preparar-se para o impacto crescente da DII entre os jovens, enquanto os países em estágio 3 e 4 enfrentam os desafios da geração de pacientes com DII que envelhece, apresentando comorbidades como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes.

O estudo também estabeleceu o maior banco de dados global já criado sobre a epidemiologia da DII, com acesso aberto para pesquisadores, profissionais de saúde e o público geral. O repositório é interativo e pode ser acessado através deste link.

Apesar do avanço, ainda há lacunas. Muitas regiões, especialmente na África, carecem de dados longitudinais robustos que permitam identificar com precisão a transição entre os estágios. Além disso, entender por que a DII se espalha exige mais do que observar números: é fundamental aprofundar a pesquisa em fatores genéticos, ambientais e microbianos, além de estratégias de prevenção precoce, principalmente focadas no microbioma intestinal, alimentação e exposições ambientais nos primeiros anos de vida.


🌟🧑🏻‍⚕️Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓 Atitudes Cotidianas e Bem-estar Mental

Conversar com amigos todos os dias, caminhar ao ar livre, manter a mente ativa com leitura ou desafios intelectuais. Parece pouco? Não é. Segundo uma nova pesquisa da Curtin University, na Austrália, essas ações simples têm impacto direto — e mensurável — no bem-estar mental.

O estudo, que entrevistou mais de 600 adultos durante a pandemia de COVID-19, revela um dado que deveria estar no radar de qualquer profissional da saúde: pessoas que mantinham conversas diárias com outras relataram 10 pontos a mais em uma escala de bem-estar mental, em comparação com quem fazia isso menos de uma vez por semana.

Outros hábitos associados a melhor saúde mental incluem:

  • Contato diário com a natureza (+5 pontos na escala de bem-estar)
  • Encontrar amigos com frequência
  • Prática regular de atividade física
  • Espiritualidade ativa
  • Atos de ajuda ao próximo
  • Atividades mentais estimulantes, como leitura, palavras cruzadas ou aprender algo novo

A pesquisa foi inspirada na campanha pública Act Belong Commit, reconhecida por 86% dos participantes. Quase todos os entrevistados também afirmaram que a saúde mental deve ter a mesma prioridade que a saúde física.

E aqui vai um dado surpreendente: mesmo em tempos de isolamento social, 93% das pessoas entrevistadas não apresentaram sofrimento psicológico relevante, e os índices médios de bem-estar ficaram dentro do padrão internacional — reforçando o poder dessas atitudes cotidianas.

O que isso tem a ver com sua carreira?

Mais do que uma curiosidade, esses dados apontam para uma oportunidade concreta: profissionais que adotam essas práticas cuidam melhor de si, refletindo em maior satisfação e bem estar no desempenho de suas funções.

Além disso, iniciativas de promoção da saúde mental baseadas em ações simples e acessíveis podem estar nas práticas de profissionis tanto na atenção primária quanto em projetos de saúde pública, empresas, escolas, instituições e lideranças.

Como destacou a professora Christina Pollard, autora principal do estudo:

"Trata-se de prevenção, não apenas de tratamento. O foco é manter as pessoas mentalmente bem antes que cheguem a um ponto de crise."

Oportunidade para todos

Campanhas como Act Belong Commit mostram que é possível impactar positivamente a saúde mental da população com medidas de baixo custo, especialmente se bem comunicadas e inseridas no cotidiano. Para profissionais de saúde, isso representa uma oportunidade dupla: cuidar de si e contribuir com soluções práticas e escaláveis em sua área de atuação.

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📚🧠Triagem Literária🧠📚

Checklist: Como fazer as coisas bem-feitas
Checklist: Como fazer as coisas bem-feitas

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Na busca por mais eficiência, produtividade e segurança, poucos recursos são tão simples e poderosos quanto um checklist bem construído. Em Checklist: Como Fazer as Coisas Bem-Feitas, o cirurgião e escritor Atul Gawande apresenta uma abordagem prática e reveladora sobre como listas de verificação podem transformar até as tarefas mais complexas — da sala de cirurgia aos bastidores de um teatro. Com histórias reais, pesquisas e exemplos inspiradores, o livro mostra como essa ferramenta pode evitar erros críticos, melhorar resultados e garantir excelência mesmo em cenários de alta pressão. Leitura essencial para profissionais de saúde que desejam elevar sua prática com clareza e rigor.


Direção

😉

  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
  • Perfil Linkedln

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