Diretrizes da USPSTF e Rastreamento de Câncer Colorretal; Psicoterapia e Conexão Epigenética; Doenças Infecciosas em Ambientes Ocupacionais; Networking; Pesquisa Viva Inquérito; Muito além de Plantões
🔔Destaques desta edição: | ||
💙Novas Diretrizes da USPSTF e Adesão ao Rastreamento de Câncer Colorretal; | ||
💙Psicoterapia e Conexão Epigenética; | ||
💙Vulnerabilidade a Doenças Infecciosas em Ambientes Ocupacionais; | ||
🎓 Networking e Oportunidades Médicas; | ||
📢 Pesquisa Viva Inquérito; | ||
📚 Muito Além dos Plantões e Convênios. | ||
"Diga-me e eu esqueço, ensine-me e eu posso lembrar, envolva-me e eu aprendo."- Benjamin Franklin | ||
Benjamin Franklin, uma figura emblemática na fundação dos Estados Unidos, tinha uma visão transformadora sobre educação e aprendizado. Como um dos fundadores da Universidade da Pensilvânia, ele defendeu um ensino que transcendesse os limites tradicionais, incorporando aspectos práticos que preparassem os estudantes para as demandas do mundo real. | ||
Além disso, Franklin foi um promotor das bibliotecas públicas, democratizando o acesso ao conhecimento e incentivando uma cultura de aprendizado contínuo e autoeducação. | ||
Sua célebre frase, reflete a crença no aprendizado através da prática e do envolvimento ativo, uma abordagem que ressoa até hoje. Na intersecção do conhecimento e da prática, Franklin nos ensina que a verdadeira aprendizagem ocorre não apenas através de ouvir ou observar, mas principalmente através de fazer e experimentar. | ||
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Que você tenha um ótimo domingo! | ||
Aproveite o conteúdo que preparamos para você📖🗞️ | ||
🔹ONCOLOGIA | ||
Novas Diretrizes da USPSTF Impulsionam Adesão ao Rastreamento de Câncer Colorretal | ||
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Um estudo publicado em 3 de outubro de 2024, na JAMA Network Open evidencia o impacto das mudanças nas recomendações para rastreamento do câncer colorretal entre indivíduos de 45 a 49 anos. A recomendação de maio de 2021 da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF), que qualifica essa faixa etária para rastreamento regular, mostrou um aumento notável na adesão ao exame, sinalizando uma importante vitória na luta contra o câncer colorretal. | ||
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Historicamente, o rastreamento de câncer colorretal era recomendado para adultos de 50 a 75 anos. Contudo, com o aumento de casos em pessoas mais jovens, a American Cancer Society já havia diminuido a idade recomendada para 45 anos em 2018. A USPSTF seguiu com uma recomendação semelhante em 2021, obrigando que os seguros cobrissem o custo desses exames para o novo grupo etário. | ||
O estudo analisou uma vasta amostra de 10.221.114 indivíduos com seguro privado, proporcionando uma visão abrangente sobre a adesão ao rastreamento. Os resultados revelaram que, após a recomendação de 2021, a adesão ao rastreamento entre indivíduos de 45 a 49 anos aumentou significativamente. A frequência média de beneficiários elegíveis para rastreamento também variou, caindo levemente durante a pandemia de COVID-19, mas recuperando-se posteriormente. | ||
Desigualdades na Adesão ao Rastreamento | ||
Apesar do aumento geral na adesão ao rastreamento, o estudo identificou disparidades persistentes baseadas no índice de privação social e localidade. Essas disparidades sublinham a necessidade de estratégias direcionadas para melhorar a adesão ao rastreamento em comunidades sub-representadas e economicamente desfavorecidas. | ||
O estudo não foi isento de preocupações, incluindo o risco de complicações médicas em indivíduos mais jovens e os custos financeiros adicionais associados a um maior número de colonoscopias necessárias. Além disso, as limitações de dados sobre raça e etnia e o tipo de cobertura de seguro podem ter impactado os resultados e a generalização dos dados. | ||
🔹SAÚDE MENTAL | ||
Psicoterapia e Conexão Epigenética | ||
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Um estudo publicado no International Journal of Translational Medice faz uma abordagem sobre o potencial da psicoterapia em afetar mudanças epigenéticas oferecendo visões convincentes sobre o tratamento de saúde mental. As descobertas sugerem que intervenções psicoterapêuticas avaliadas, a Terapia Comportamental Cognitiva e a Terapia Comportamental Dialética, podem induzir mudanças significativas na metilação do DNA, influenciando o tratamento de distúrbios como o Transtorno de Personalidade Borderline (TPL), o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), distúrbios de ansiedade e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). | ||
Principais Descobertas: | ||
1. Transtorno de Personalidade Borderline e Terapia Comportamental Dialética | ||
A pesquisa destaca o potencial deste modelo de terapia para modificar marcadores epigenéticos associados ao Transtorno de Personalidade Borderline, como a redução da ativação da amígdala em resposta a estímulos negativos. Isso aponta para a capacidade da Terapia Comportamental Dialética em alterar significativamente as respostas emocionais e mecanismos de enfrentamento através de vias epigenéticas. | ||
2. Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Terapia Comportamental Cognitiva | ||
Neste tipo de Transtorno, particularmente em militares e sobreviventes de guerra, os achados indicam que a Terapia Comportamental Cognitiva focada em trauma pode alterar a metilação do DNA em genes específicos ligados aos sistemas de resposta ao estresse, como os sistemas de glucocorticoides e aldosterona. Essas mudanças potencialmente contribuem para melhores resultados clínicos e recuperação em pacientes com este diagnóstico. | ||
3. Distúrbios de Ansiedade | ||
O estudo também abordou os distúrbios de ansiedade, onde alterações na expressão genética relacionadas aos receptores de serotonina foram observadas após intervenções psicoterapêuticas. Essas modificações epigenéticas sugerem que a psicoterapia poderia ajustar os padrões de expressão genética fundamentais que exacerbam os sintomas de ansiedade. | ||
4. Transtorno Obsessivo-Compulsivo | ||
A Terapia Comportamental Cognitiva tem demonstrado resultados promissores ao induzir mudanças específicas na metilação de genes relacionados à atividade de neurotransmissores. Essas alterações genéticas estão correlacionadas com respostas positivas à psicoterapia, estabelecendo uma ligação direta entre as práticas terapêuticas e a modulação genética no contexto do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. | ||
Implicações: | ||
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Essas descobertas são relevantes para psicólogos clínicos e prestadores de cuidados de saúde, pois evidenciam as bases biológicas da eficácia da psicoterapia. Para pacientes e a comunidade mais ampla, esta pesquisa oferece esperança de que a compreensão e manipulação de fatores epigenéticos podem levar a melhores resultados de tratamento em saúde mental. | ||
🔹MEDICINA OCUPACIONAL | ||
Vulnerabilidade a Doenças Infecciosas em Ambientes Ocupacionais | ||
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Uma Revisão Sistemática publicada no Occupational and Environmental Medicine destaca como as diferenças de gênero e sexo influenciam a vulnerabilidade às doenças infecciosas em ambientes ocupacionais. Esta pesquisa esclarece as variações nos riscos enfrentados por homens e mulheres em diversas profissões, e enfatiza a relevância de medidas em saúde ocupacional que reconheçam e se adaptem a essas diferenças. | ||
A análise realizada mostrou que homens tendem a ter um risco aumentado de certas infecções, como hepatite em trabalhadores de saúde que lidam diretamente com pacientes e infecções parasitárias em agricultores. Por outro lado, mulheres apresentaram um risco maior de toxoplasmose, especialmente em setores dominados por homens, como o da mineração. Essas diferenças são atribuídas tanto a fatores biológicos quanto à inadequação dos equipamentos de proteção individual (EPIs) projetados predominantemente para homens. | ||
A pandemia de COVID-19 também foi um ponto de análise crucial, revelando que ocupações anteriormente consideradas de baixo risco, como as de varejo e serviços alimentícios, enfrentaram um aumento significativo no risco devido à necessidade de contato próximo com o público. | ||
Impacto dos Fatores Biológicos e Equipamentos de Proteção | ||
O estudo aponta que diferenças imunológicas, que podem ser influenciadas por hormônios sexuais e a expressão de genes no cromossomo X, podem contribuir para uma suscetibilidade diferenciada às infecções entre homens e mulheres. Além disso, a pesquisa critica o design geral dos EPIs, que muitas vezes não leva em consideração as diferenças antropométricas femininas, colocando muitas trabalhadoras em desvantagem significativa em termos de proteção contra doenças infecciosas. | ||
Comportamento de Gênero e Adesão às Práticas de Segurança | ||
Curiosamente, evidências sugerem que mulheres em profissões de saúde frente a pacientes tendem a praticar mais rigorosamente a higiene das mãos e o uso de EPIs durante surtos, o que pode ter mitigado seu risco durante a pandemia de COVID-19. | ||
Desafios e Recomendações para Pesquisas Futuras | ||
O levantamento destacou uma falta de foco nas diferenças de gênero/sexo em literaturas sobre doenças infecciosas ocupacionais, sugerindo que essas diferenças podem estar subestimadas. Para avançar, os pesquisadores devem empregar estratégias de amostragem estratificadas que permitam detectar diferenças a priori definidas nos riscos de doenças infecciosas ocupacionais entre os gêneros. | ||
Este estudo reforça o olhar para políticas e práticas de segurança no trabalho que considerem as diferenças de gênero e sexo para garantir que todos os trabalhadores estejam protegidos de maneira adequada e equitativa. A personalização dos EPIs e das estratégias de prevenção pode não apenas reduzir os riscos de infecções no local de trabalho, mas também promover uma maior equidade de gênero no ambiente laboral. | ||
👉🏻 Para aprofundar o seu conhecimento nos resultados deste estudo, acesse aqui a pesquisa na íntegra. | ||
🌟🧑🏻⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
🎓 Networking e Oportunidades Médicas | ||
Na era digital e em constante evolução, os médicos em busca de novas oportunidades encontram um terreno fértil para acessar informações. Organizações contratantes, potenciais colegas e até o ambiente competitivo em locais de interesse estão apenas a alguns cliques de distância. Com uma pesquisa online mais aprofundada, médicos bem informados podem descobrir detalhes sobre a política interna de hospitais, situações financeiras ou a imagem pública de potenciais empregadores — informações que podem ser decisivas na escolha de um emprego. | ||
As organizações, por sua vez, estão se aprimorando na arte de pesquisar candidatos potenciais, muitas vezes antes mesmo de uma conversa introdutória por telefone ou de uma entrevista presencial. Um médico com uma presença online descuidada ou uma abordagem desorganizada na busca de emprego pode perder boas oportunidades antes mesmo de começar a procurar seriamente. | ||
É importante que tanto os médicos em busca de oportunidades quanto as entidades empregadoras usem as ferramentas digitais de forma estratégica e eficiente. Se o objetivo mútuo é encontrar um encaixe profissional adequado, é essencial que os médicos criem uma presença online otimizada e aproveitem ao máximo as oportunidades de networking digital. | ||
Dicas para usar de maneira eficaz o networking: | ||
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Empregar essas estratégias ajuda a preparar o terreno para um processo de busca de emprego mais eficiente,e coloca o médico em uma posição vantajosa no competitivo mercado de trabalho da saúde. | ||
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📢 Oportunidades em Saúde | ||
📢 Pesquisa Viva Inquérito | ||
A sexta edição da pesquisa Viva Inquérito, conduzida pelo Ministério da Saúde, teve início em 1º de outubro de 2024 e promete ampliar a compreensão sobre as vítimas de violência e acidentes atendidas nas unidades de urgência e emergência em todo o Brasil. Esta iniciativa busca identificar os fatores de risco e propor medidas preventivas para diminuir a incidência desses eventos traumáticos. | ||
Objetivos e Metodologia da Pesquisa | ||
Com uma metodologia robusta, o estudo visa coletar dados diretamente dos afetados, utilizando profissionais treinados e identificados para garantir a precisão das informações. Os entrevistadores, claramente identificados por crachás e vestuário com o logotipo do Viva Inquérito, percorrerão hospitais selecionados aleatoriamente, garantindo uma amostra representativa nacional. | ||
O principal objetivo é traçar um perfil detalhado das vítimas de diversas formas de violência—tanto interpessoais quanto autoprovocadas—e de acidentes comuns como de trânsito, quedas e queimaduras. Este perfil incluirá a análise de fatores de risco e de proteção, com a finalidade de desenvolver estratégias eficazes para a prevenção desses agravos. | ||
Pesquisas anteriores realizadas pelo Viva Inquérito já demonstraram seu valor, influenciando diretamente na formulação de políticas públicas e recomendações para melhorar a resposta a essas situações em níveis local e nacional. Ao identificar áreas prioritárias, o Ministério da Saúde pode direcionar recursos de maneira mais eficaz, visando à redução dos casos de violência e acidentes em todo o país. | ||
A pesquisa de 2024 abrange uma extensa lista de cidades em todos os estados brasileiros, refletindo a diversidade e a ampla geografia do país. A seguir, apresentamos uma tabela com as cidades participantes em cada estado, destacando a abrangência do estudo: | ||
A continuação da pesquisa Viva Inquérito pelo Ministério da Saúde é um testemunho do compromisso em abordar e prevenir a violência e os acidentes com uma abordagem baseada em evidências. Os resultados desta pesquisa informarão sobre as necessidades atuais e guiarão intervenções futuras, visando a uma sociedade mais segura para todos. | ||
📝 As cidades e regiões do Brasil incluem: | ||
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Referência: | ||
Cardoso, L. (2024). Ministério da Saúde vai entrevistar vítimas de violência em atendimento hospitalar. Ministério da Saúde. Recuperado de https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/outubro/ministerio-da-saude-vai-entrevistar-vitimas-de-violencia-em-atendimento-hospitalar | ||
📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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Destacamos o livro "Muito Além dos Plantões e Convênios: um Guia Para Empreender, Inovar e Prosperar na Carreira Médica" de Dr. Carlos Eurico. Nesta obra, Eurico aborda o desafio de muitos médicos, que se veem obrigados a dividir-se entre múltiplos empregos e plantões exaustivos. O autor propõe uma transformação através de práticas inovadoras em gestão e tecnologia, incentivando o médico a desenvolver uma carreira próspera e satisfatória. Com uma escrita envolvente e repleta de casos reais, o livro serve como um manual prático para médicos que desejam alcançar a excelência profissional e bem-estar pessoal. Recomendado tanto por colegas médicos quanto especialistas em inovação na saúde, este livro é uma leitura essencial para quem busca uma revolução pessoal e profissional na medicina. | ||
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