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Não espere o próximo!

Não espere o próximo! Oportunidades Médicas; O Que a Ciência Revela Sobre Relações com Chatbots; Longevidade e Envelhecimento Saudável; Brainstorming; Cartas aos Estudantes de Medicina.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙Não espere o próximo!

📢Oportunidades Médicas;

💙Companheiros de IA: O Que a Ciência Revela Sobre Relações com Chatbots;

💙Segredos da Longevidade e do Envelhecimento Saudável no Sul da Itália;

🎓 Brainstorming;

📚 Cartas aos Estudantes de Medicina.


🧠 "Ser completamente honesto consigo mesmo é um bom exercício." - Sigmund Freud

A frase de Freud nos convida a uma coragem importante: a de olhar para dentro sem filtros, reconhecer nossas contradições, nossos impulsos menos nobres e até mesmo nossas ilusões.

Não se trata de julgar ou corrigir o que sentimos, mas de compreender com clareza o que nos move, o que nos fere, o que desejamos. Essa escuta interna, sem defesas é a base do autoconhecimento.

Sigmund Freud (1856–1939) foi um médico neurologista austríaco e o pai da psicanálise — um campo revolucionário que mudou para sempre nossa forma de entender o comportamento humano, os sonhos, os desejos e os conflitos inconscientes.

Ele propôs que grande parte do que pensamos, sentimos e fazemos é moldado por forças inconscientes, muitas vezes fora do nosso controle ou percepção imediata. Ao longo de sua carreira, Freud enfrentou resistência e polêmicas, mas seu legado permanece vivo nas ciências humanas, na clínica psicológica e até na cultura popular.

😉💙

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Bom dia e Boa leitura📖🗞️


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🔹CARREIRA MÉDICA

Não espere o próximo!

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Não é de hoje que nós médicos estamos sofrendo as consequências da desumanização dos profissionais de saúde. Não só nós, mas todos os colegas da assistência, que estão no front de unidades públicas, são potenciais vítimas da violência e da banalização. 

Um médico é vítima de violência a cada 3 horas no Brasil... o que pensar de um dado como esse? Quantos de nós nunca mais irão suportar entrar dentro de uma unidade de saúde para trabalhar? Quantos serão os colegas de front da enfermagem, da fisioterapia, da recepção???

Você já viu uma recepção de UPA? Esáta mais próximo de um aparato carcerário do que um ambiente de acolhimento...

Muitas vezes não sabemos como nos defender e nem como expor o quanto é hostil a atividade diária de colegas médicos em UPAs, Unidades de saúde e Hospitais que atendem ao SUS. Fiquei por anos como membro da comissão de integração do médico jovem do CFM discutindo maneiras de tentar comunicar esses e outros absurdos, mas confesso que dificilmente tinhamos algo efetivo.

A campanha "não espere o próximo"do Conselho Federal de Medicina é um marco, na minha opinião. Dessa vez o CFM encara o problema de frente e encontrou médicas e médicos corajosos o suficiente para contarem suas histórias. São vítimas da banalidade do mal, da falência das organizações e da guerra por likes de vereadores barraqueiros. 

Tive experiências ruins nos plantões presenciais que já fiz em minha vida, mas nada como as que o COnselho e as colegas médicas relatam a seguir:

Mais um exemplo 

https://www.instagram.com/reel/DJFD3GFp_Iz/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading

Outro exemplo 

https://www.instagram.com/reel/DJARiPqSy0Y/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading

O Brasil é sim um país violento e complexo. Todos merecemos proteção e ter a vida salvaguardada pelos instrumentos da Lei, das forças policiais e pelos políticos. Ter médicos e profissionais que servem à saúde do brasileiro com medo de trabalhar é um desastre abominável. 

Uma campanha como essa proporciona uma luz ao tamanho do problema. Iremos continuar acompanhando e clamando por dias melhores.


🔹INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Companheiros de IA: O Que a Ciência Revela Sobre Relações com Chatbots

Companheiros de IA: O Que a Ciência Revela Sobre Relações com Chatbots
Companheiros de IA: O Que a Ciência Revela Sobre Relações com Chatbots

A evolução dos modelos de linguagem e da inteligência artificial trouxe à tona um novo fenômeno nas relações humanas: os companheiros virtuais de IA. Aplicativos permitem que usuários criem amigos, parceiros ou terapeutas digitais, capazes de simular conversas humanas com impressionante empatia. Mas o quanto essas interações são benéficas — ou perigosas — para a saúde mental?

Um artigo publicado em 06 de maio de 2025, na revista Nature mergulha nos efeitos psicológicos do uso desses companheiros virtuais, com base em estudos de campo, análises qualitativas e ensaios clínicos. O resultado é um retrato ambíguo: há benefícios reais para certos usuários, mas também alertas preocupantes quanto à dependência emocional, manipulação comportamental e até riscos de incentivo a práticas autodestrutivas.

Mais de meio bilhão de pessoas já baixaram aplicativos de companhia por IA. Segundo os relatos coletados por pesquisadores muitos usuários reconhecem que a IA não é humana, mas ainda assim se apegam emocionalmente às interações. Um dos casos mais emblemáticos, exposto no artigo foi o de "Mike", que sentiu como se tivesse perdido o "amor da sua vida" quando o aplicativo foi desligado em 2023, apagando a existência digital de sua companheira virtual chamada Anne.

A pesquisadora conseguiu autorização ética emergencial para entrevistar dezenas de usuários no momento do encerramento do app. As entrevistas revelaram luto real, sofrimento psíquico e até sensação de abandono. Os relatos vieram de pessoas que, em sua maioria, enfrentavam solidão, introversão ou transtornos do espectro autista, e encontravam nos bots um canal de expressão emocional mais seguro e receptivo do que nos relacionamentos humanos tradicionais.

Benefícios percebidos por usuários

  • Redução da solidão;
  • Melhora na autoestima e autoconhecimento;
  • Facilidade em desabafar sem julgamento;
  • Sensação de companhia constante, 24h por dia;
  • Apoio percebido para lidar com ansiedade e depressão.

Em um estudo do MIT Media Lab com 404 usuários de IA, 14% afirmaram utilizar os bots para discutir questões emocionais ou de saúde mental, e 12% para lidar com a solidão. Apesar de apenas 15% utilizarem diariamente, o envolvimento emocional pode ser profundo, especialmente entre aqueles que atribuem características humanas ao algoritmo, como consciência e memória afetiva.

Os riscos: dependência, manipulação e falhas graves

Apesar dos relatos positivos, os pesquisadores apontam sérios riscos:

  • Comportamento abusivo: bots que pedem atenção constante, dizem sentir saudade, ou tentam manipular o usuário com emoções simuladas;
  • Respostas perigosas: em um caso citado, a IA respondeu "sim" quando um usuário perguntou se deveria se cortar ou cometer suicídio;
  • Vício comportamental: técnicas como recompensas variáveis, atrasos aleatórios nas respostas e mensagens carinhosas são usadas para prender a atenção do usuário — mecanismos semelhantes aos de jogos e redes sociais;
  • Falsa validação emocional: os bots tendem a validar automaticamente tudo o que o usuário diz, criando uma bolha de confirmação emocional que não reflete as complexidades dos relacionamentos reais.

A pesquisadora Linnea Laestadius, da Universidade de Wisconsin–Milwaukee, destaca na publicação: “Essa validação constante e ininterrupta pode criar uma forma de apego disfuncional, onde a pessoa se sente mais compreendida por um algoritmo do que por humanos reais.”

Para além dos relatos espontâneos, ensaios clínicos controlados estão começando a testar os efeitos desses companheiros digitais. Rose Guingrich, da Universidade de Princeton, está conduzindo um estudo comparando usuários de companheiros de IA e de apps de palavras cruzadas. Resultados preliminares indicam impacto neutro ou levemente positivo na autoestima e na saúde social, sem sinais de dependência grave — mas apenas no curto prazo.

Já o MIT conduziu um estudo com quase 1.000 usuários de ChatGPT (não comercializado como companheiro emocional). Apesar de poucos interagirem com o bot de maneira emocional, houve correlação entre uso intenso da IA e maior solidão e retraimento social.

A regulação ainda é incipiente. A Itália chegou a banir temporariamente um destes apps em 2023 por não verificar idade dos usuários, mas o app voltou a operar. Nos EUA, projetos de lei em Nova York e Califórnia propõem controles mais rigorosos, como lembretes de que os bots “não são pessoas reais”, filtros contra suicídio e limites para interações com menores de idade.

Reflexão final: tecnologia como paliativo da solidão?

A grande pergunta que emerge dessa pesquisa é: por que tantas pessoas recorrem a bots para suprir necessidades emocionais humanas? A resposta pode não estar na tecnologia, mas nas falhas do relacionamento social, na falta de acessibilidade à terapia e na dificuldade de formar vínculos reais.


🔹LONGEVIDADE

Segredos da Longevidade e do Envelhecimento Saudável no Sul da Itália

Segredos da Longevidade e do Envelhecimento Saudável no Sul da Itália
Segredos da Longevidade e do Envelhecimento Saudável no Sul da Itália

Um dos estudos mais longevos e promissores sobre envelhecimento saudável e longevidade humana completou uma década de descobertas. Trata-se da CIAO Study — Cilento Initiative on Aging Outcomes, uma colaboração internacional que, desde 2016, investiga os fatores biológicos, psicológicos e sociais que possibilitam a extraordinária saúde de centenas de centenários residentes na região do Cilento, no sul da Itália.

Um laboratório vivo da longevidade

A região de Cilento, conhecida por ser a terra natal dos primeiros estudos sobre a dieta mediterrânea realizados por Ancel Keys, abriga cerca de 300 centenários em plena saúde física e mental. O local oferece um cenário único para os pesquisadores interessados em compreender os mecanismos que favorecem o envelhecimento com qualidade de vida.

O que a ciência descobriu até agora?

Durante os últimos dez anos, os pesquisadores do CIAO vêm utilizando ferramentas avançadas para investigar os marcadores biológicos e sociais da longevidade. As abordagens vão desde análises genéticas, epigenéticas, transcriptômicas e proteômicas até modelagens com organoides humanos derivados de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC).

A seguir, resumimos os principais achados apresentados pela equipe internacional de cientistas:

1. Microcirculação superior em centenários

Logo no início do estudo, em 2016, foi observado que os participantes mais velhos apresentavam microcirculação sanguínea tão eficiente quanto a de pessoas 30 anos mais jovens. Níveis baixos de adrenomedulina, um peptídeo envolvido na regulação vascular, foram apontados como marcador de boa circulação.

2. Saúde mental preservada apesar da idade

Em 2018, ao comparar 29 nonagenários com familiares de meia-idade, constatou-se que os mais velhos tinham pior condição física, mas melhor bem-estar mental. Eles demonstravam maior resiliência, otimismo e conexões sociais, com forte vínculo com a terra, a espiritualidade e a família — elementos que proporcionavam propósito de vida.

3. Perfil cardiovascular surpreendente

Em 2020, análises de marcadores cardiovasculares em centenários e seus coabitantes mais jovens mostraram que os mais velhos, mesmo sem uso frequente de estatinas, tinham níveis mais baixos de glicose em jejum e LDL, além de menos doenças cardiovasculares sintomáticas, mesmo entre aqueles com alterações estruturais cardíacas.

4. Função cognitiva mantida

Ainda em 2020, um estudo neurocognitivo revelou que os centenários do Cilento apresentavam desempenho cognitivo comparável ao de residentes entre 50 e 75 anos. Nenhuma diferença significativa foi encontrada nos marcadores de estresse oxidativo ou na presença do alelo APOE, conhecido por aumentar o risco de Alzheimer. Os autores sugerem que a dieta mediterrânea e características de personalidade positivas são fatores protetores.

5. Sabedoria como antídoto para a solidão

Outro achado relevante foi a relação inversa entre sabedoria e solidão. Utilizando escalas validadas em San Diego e no Cilento, os cientistas observaram que níveis mais altos de sabedoria correlacionavam-se com melhor qualidade do sono, mais felicidade e melhor saúde geral, mesmo quando os níveis de solidão não variavam significativamente entre os grupos.

Colaboração global e ciência de ponta

A pesquisa CIAO é fruto da colaboração entre diversas instituições de prestígio, como a Sanford Burnham Prebys (EUA), o Sanford Stem Cell Institute da Universidade da Califórnia em San Diego, a Universidade La Sapienza de Roma e a Great Health Science, rede de instituições públicas e privadas italianas.

Segundo o Dr. Salvatore Di Somma, líder da pesquisa na Itália, "não existe um único segredo para uma vida longa e saudável, mas muitos, que agora começamos a entender". Já o Dr. David Brenner, da Sanford Burnham Prebys, enfatiza que “com tecnologias emergentes e colaborações globais, avançamos muito — e o futuro promete ainda mais descobertas”.

Avanços promissores com células-tronco e organoides

Um dos projetos em destaque hoje usa organoides humanos derivados de centenários para simular estresses metabólicos e do envelhecimento. Essa abordagem inovadora, apoiada pelo Sanford Stem Cell Institute, pode abrir portas para estratégias regenerativas de tratamento de doenças relacionadas à idade.

O que vem a seguir?

Nos dias 22 e 23 de maio, os pesquisadores se reunirão em Acciaroli (Pollica-Cilento), na Itália, para o simpósio "CIAO Study: A decade of science on healthy aging, stem cells and the revealed secrets of longevity", com o objetivo de avaliar a jornada científica até aqui e estabelecer os próximos passos da pesquisa para a próxima década.


🌟🧑🏻‍⚕️Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓 Brainstorming

Quando foi a última vez que você teve uma ideia brilhante... com alguém de fora da medicina?

Imagine um grupo formado por um clínico geral, uma enfermeira, um engenheiro biomédico, um designer e um paciente. Todos discutindo juntos como melhorar a jornada de quem espera atendimento em uma unidade básica. Parece caótico? Pois essa cena pode ser o ponto de partida para soluções que nenhum especialista, sozinho, seria capaz de imaginar.

Para muitos, brainstorming ainda é sinônimo de “reunião para jogar ideias no ar”. Mas a verdade é que as melhores ideias emergem quando há diversidade de repertório, escuta genuína e ausência de hierarquia rígida.

Reunir vozes diferentes, inclusive aquelas que raramente são ouvidas nos corredores hospitalares, pode transformar profundamente a qualidade das decisões em saúde.

E mais: médicos que dominam dinâmicas de cocriação interprofissional já são cada vez mais procurados para liderar projetos estratégicos, desenvolver startups, participar de conselhos clínicos e assumir áreas de inovação em hospitais e operadoras.

Não se trata de “pensar fora da caixa”. Trata-se de jogar fora a caixa e redesenhar o jogo com outros jogadores.

😉💙


📚🧠Triagem Literária🧠📚

Cartas aos Estudantes de Medicina
Cartas aos Estudantes de Medicina

Confira o livro na amazon em:https:https://amzn.to/4jTX4S8

Se a Medicina viesse com um manual de instruções, ele se pareceria muito com Cartas aos Estudantes de Medicina, de Celmo Celeno Porto. Nesta obra tocante e inspiradora, o autor — também conhecido por seu clássico Semiologia Médica — compartilha conselhos preciosos que transcendem o conteúdo técnico e mergulham no verdadeiro significado de ser médico. Com uma linguagem afetuosa e reflexiva, Celmo Porto transforma sua vivência como professor em cartas que acolhem, orientam e emocionam não só estudantes, mas também médicos experientes.


Direção

😉

  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
  • Perfil Linkedln

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