Novos efeitos de Medicamentos Contra Obesidade
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Novos efeitos de Medicamentos Contra Obesidade

Novos efeitos de Medicamentos Contra Obesidade; Doença de Alzheimer; Câncer de Mama de Intervalo; The Age of Scientifc Wellness.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

⚕️ Novos efeitos de Medicamentos Contra Obesidade;

⚕️ Doença de Alzheimer;

⚕️ Variantes Genéticas e Câncer de Mama de Intervalo;

📚 The Age of Scientific Wellness.



"A melhor preparação para o amanhã é fazer o seu melhor hoje" . H. Jackson Brown, Jr.

"Iniciamos mais uma semana de conhecimento e informação no campo da saúde, um domínio sempre repleto de aprendizado e evolução. Neste ritmo constante de crescimento, a sabedoria de H. Jackson Brown, Jr. nos lembra da importância de nos comprometermos diariamente com a excelência.

A excelência não é um ato isolado, mas um hábito que nos conduz a esforços contínuos rumo ao nosso melhor, seja no aprimoramento do nosso conhecimento, na prática empática da medicina ou no suporte incondicional aos nossos colegas. É com essa dedicação que estamos, sem dúvida, construindo um amanhã mais promissor para nossos pacientes e para a saúde como um todo."

Desejamos uma semana inspiradora, repleta de oportunidades para crescer, aprender e fazer a diferença.

Boa leitura! E uma excelente semana... 😉💙


🔹OBESIDADE

Medicamentos Contra Obesidade: Novos Efeitos Anti-Inflamatórios Descobertos

Medicamentos Contra Obesidade: Novos Efeitos Anti-Inflamatórios Descobertos
Medicamentos Contra Obesidade: Novos Efeitos Anti-Inflamatórios Descobertos

Pesquisas indicam que a nova geração de medicamentos contra a obesidade, conhecidos como agonistas do receptor GLP-1, além de serem eficazes no tratamento da diabetes e na redução de peso, apresentam uma habilidade surpreendente: a capacidade de suprimir inflamações. Este achado abre portas para potenciais tratamentos de doenças como Parkinson e Alzheimer, caracterizadas por inflamações cerebrais.

O estudo, publicado na revista Nature em 26 de janeiro de 2024, trouxe uma descoberta surpreendente sobre os medicamentos contra obesidade da mais recente geração. Os agonistas do receptor GLP-1, que incluem nomes comerciais como Mounjaro e Wegovy, mostraram-se promissores não apenas no tratamento da obesidade e diabetes, mas também na supressão da inflamação em órgãos vitais, incluindo o cérebro. Esta revelação tem implicações significativas para o tratamento de doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer.

🩺Inflamação e GLP-1:

Os agonistas do receptor GLP-1, como semaglutide (Wegovy para obesidade, Ozempic para diabetes) e tirzepatide (Mounjaro para diabetes, Zepbound para obesidade), imitam um hormônio intestinal chamado GLP-1. Este hormônio age no cérebro para diminuir o apetite e controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, estudos recentes mostram que o GLP-1 e seus análogos têm a capacidade de acalmar a inflamação causada por uma enxurrada de células imunológicas e substâncias químicas do sistema imunológico.

Experimentos em modelos animais demonstraram a eficácia do liraglutide, um agonista do receptor GLP-1, em reduzir a inflamação do fígado em ratos com fígado gorduroso. Efeitos semelhantes foram observados em estudos piloto em humanos. Além disso, experimentos mostraram o potencial anti-inflamatório do liraglutide em rins e coração, e a própria GLP-1 reduziu a inflamação em tecido adiposo em ratos obesos e diabéticos.

🧠Efeitos no Cérebro:

Estudos conduzidos por Daniel Drucker, endocrinologista da Universidade de Toronto, e sua equipe, revelaram que, embora os receptores de GLP-1 sejam escassos em células imunes em muitos tecidos, eles são abundantes no cérebro. Em experimentos com camundongos, os medicamentos GLP-1 melhoraram a inflamação generalizada. No entanto, quando os receptores de GLP-1 no cérebro dos animais foram bloqueados, os medicamentos perderam sua capacidade anti-inflamatória.

⚕️Implicações para Doenças Neurodegenerativas:

A ação anti-inflamatória dos medicamentos GLP-1 tem grande promessa no tratamento de doenças neurodegenerativas. Em Parkinson e Alzheimer, as proteínas patológicas interagem com receptores no cérebro, induzindo inflamação. Os agonistas do receptor GLP-1 parecem ser capazes de reduzir essa inflamação cerebral, possibilitando processos importantes como a neurogênese.

Em um ensaio clínico, o agonista do receptor GLP-1 chamado exenatide mostrou maior melhora nas habilidades motoras de pessoas com Parkinson em comparação com um placebo. Além disso, semaglutide está sendo testado como terapia para Alzheimer em estágio inicial.

🚀Potencial Além da Diabetes e Obesidade:

A ação anti-inflamatória dos medicamentos GLP-1 pode também aprimorar sua eficácia contra diabetes e obesidade, que são, por si só, doenças inflamatórias. Interessantemente, a semaglutide demonstrou proteção robusta contra doenças cardiovasculares em pessoas com obesidade.

O potencial dos medicamentos GLP-1 no tratamento de doenças relacionadas à inflamação é vasto, especialmente considerando seu perfil de efeitos colaterais, relativamente suave. Isso sugere uma expansão significativa no uso desses medicamentos no futuro.


🔹DOENÇA DE ALZHEIMER

Doença de Alzheimer: Nova Ferramenta Indica Progressão da Doença

Doença de Alzheimer: Nova Ferramenta Indica Progressão da Doença
Doença de Alzheimer: Nova Ferramenta Indica Progressão da Doença

Cerca de 55 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com demência, segundo a Organização Mundial da Saúde. A forma mais comum é a doença de Alzheimer, uma condição incurável que provoca a deterioração da função cerebral. Além de seus efeitos físicos, o Alzheimer causa impacto psicológicas, sociais e econômicas não apenas para as pessoas que vivem com a doença, mas também para aqueles que as amam e cuidam delas.

Dada a piora progressiva dos sintomas do Alzheimer, é crucial tanto para pacientes quanto para seus cuidadores se prepararem para a eventual necessidade de aumentar o suporte conforme a doença avança. Nesse contexto, pesquisadores da Universidade do Texas em Arlington desenvolveram uma estrutura de aprendizado inovadora que ajudará os pacientes com Alzheimer a identificar precisamente onde estão dentro do espectro de desenvolvimento da doença. Isso permitirá prever com melhor precisão o momento das fases posteriores, facilitando o planejamento do cuidado futuro à medida que a doença progride.

Dajiang Zhu, professor associado de ciência da computação e engenharia na UTA e autor principal do estudo, publicado na Pharmacological Research, destacou que, por décadas, várias abordagens preditivas foram propostas e avaliadas quanto à capacidade de prever a doença de Alzheimer e seu precursor, o comprometimento cognitivo leve. Muitas dessas ferramentas de previsão anteriores não levaram em conta a natureza contínua do desenvolvimento da doença de Alzheimer e os estágios de transição da doença.

Com o apoio de mais de $2 milhões em bolsas dos Institutos Nacionais de Saúde e do Instituto Nacional sobre Envelhecimento, o laboratório de Descoberta Neurocientífica e de Imagem Médica de Zhu e Li Wang, professor associado de matemática na UTA, desenvolveu um novo quadro baseado em aprendizado que codifica os vários estágios de desenvolvimento da doença de Alzheimer em um processo que eles chamam de "árvore de incorporação da doença", ou DETree.

Usando este quadro, o DETree pode não apenas prever eficiente e precisamente qualquer um dos cinco grupos clínicos detalhados do desenvolvimento da doença de Alzheimer, mas também fornecer mais informações sobre o status aprofundado, projetando onde o paciente estará conforme a doença progride. Para testar seu quadro DETree, os pesquisadores utilizaram dados de 266 indivíduos com doença de Alzheimer do iniciativa multicêntrica Alzheimer's Disease Neuroimaging Initiative. Os resultados da estratégia DETree foram comparados com outros métodos amplamente utilizados para prever a progressão da doença de Alzheimer, e o experimento foi repetido várias vezes usando métodos de aprendizado de máquina para validar a técnica.

Zhu expressou otimismo sobre o novo quadro, destacando sua maior precisão em comparação com outros modelos de previsão disponíveis, o que ele espera que ajude pacientes e suas famílias a planejar melhor para as incertezas desta doença complicada e devastadora. Ele e sua equipe acreditam que o quadro DETree tem potencial para prever a progressão de outras doenças que possuem múltiplas fases clínicas de desenvolvimento, como a doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Creutzfeldt-Jakob.

Este desenvolvimento representa um avanço na abordagem de uma das condições neurodegenerativas mais desafiadoras e prevalentes do mundo, oferecendo esperança para melhor gestão e planejamento no enfrentamento da doença de Alzheimer.


🔹CÂNCER DE MAMA

Variantes Genéticas e Câncer de Mama de Intervalo

Variantes Genéticas e Câncer de Mama de Intervalo
Variantes Genéticas e Câncer de Mama de Intervalo

Um estudo publicado em JAMA Oncology, em 25 de janeiro de 2024, pesquisadores apresentaram descobertas significativas sobre as alterações genéticas associadas ao câncer de mama de intervalo, um tipo de câncer detectado entre os exames de rastreamento mamográficos programados. O estudo destaca a complexidade do diagnóstico precoce do câncer de mama e a necessidade de estratégias de rastreamento mais personalizadas.

O câncer de mama de intervalo, caracterizado pela sua detecção em estágios mais avançados e maior probabilidade de ser negativo para receptores de estrogênio (ER), progesterona (PR) e ser triplo-negativo, é associado a um prognóstico desfavorável. Pesquisas anteriores indicam que aproximadamente 30% dos cânceres de mama não são identificados em exames de rastreamento, enfatizando a relevância de entender melhor os fatores de risco associados a esses casos.

A pesquisa examinou a associação de variantes patogênicas truncadoras de proteínas (PTVs) em cinco genes principais (ATM, BRCA1, BRCA2, CHEK2 e PALB2) com o risco de desenvolver câncer de mama de intervalo, em comparação com o câncer detectado por rastreamento (SDC). Os resultados indicam que mulheres com histórico familiar de câncer de mama e variantes deletérias em qualquer um desses genes têm quatro vezes mais chances de desenvolver câncer de mama de intervalo em comparação com SDC, além de apresentarem uma sobrevida significativamente pior.

Este estudo é pioneiro ao investigar as diferenças genéticas entre o câncer de mama detectado por rastreamento e o de intervalo, utilizando dados de mais de 113.000 mulheres do Breast Cancer Association Consortium. A análise revelou que as PTVs nos genes BRCA1/2 e PALB2 estão significativamente mais associadas ao câncer de mama de intervalo, sugerindo que são entidades distintas em termos de genética e biologia subjacentes.

A densidade mamográfica elevada foi outro fator considerado, pois reduz a sensibilidade do rastreamento mamográfico, aumentando a probabilidade de um diagnóstico de intervalo. O estudo aponta para a necessidade de regimes de rastreamento especializados para mulheres com variantes genéticas específicas ou forte história familiar de câncer de mama, alinhando-se às diretrizes europeias recentes para um rastreamento mais frequente.

As descobertas deste estudo sublinham a importância de abordagens de rastreamento baseadas no risco personalizado, potencialmente incorporando testes genéticos para identificar mulheres em alto risco de desenvolver câncer de mama de intervalo. À medida que os custos dos testes variantes diminuem, essa estratégia pode oferecer um valor significativo para o cuidado de saúde, permitindo uma identificação mais precisa de pacientes com prognóstico desfavorável.

Esta pesquisa representa um avanço na compreensão do câncer de mama, fornecendo insights para a otimização de programas de rastreamento e tratamento clínico, visando reduzir a mortalidade associada a essa doença. As implicações para o aconselhamento genético de famílias de alto risco e para a população geral que participa de programas de rastreamento, são consideráveis, marcando um passo em direção a estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes e personalizadas.

Para mais detalhes sobre os resultados deste estudo, disponibilizamos aqui o link de acesso a pesquisa na íntegra.


📚🧠Triagem Literária🧠📚

 The Age of Scientific Wellness: Why the Future of Medicine Is Personalized, Predictive, Data-Rich, and in Your Hands
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