Inteligência Artificial na Comunicação Médico-Paciente; Suicídio: Perfis de Risco; Explorando Horizontes Além da Clínica; Falando sobre liderança; Radical Humility.
🔔Destaques desta edição: | ||
⚕️Inteligência Artificial na Comunicação Médico-Paciente; | ||
⚕️Suicídio: Estudo Revela Perfis de Risco; | ||
⚕️Explorando Horizontes Além da Clínica; | ||
🎓Liderança com Humildade Radical; | ||
📚 Radical Humility. | ||
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Caros leitores, bom dia! | ||
"Já se encontrou diante de situações em que o medo de iniciar ou recomeçar algo parecia insuperável? Este dilema, tão comum quanto desafiador, ressalta a importância de darmos o primeiro passo." | ||
Louis L'Amour, com sua citação, nos oferece uma metáfora potente para a ação e a criatividade. A hesitação e o adiamento, especialmente diante de tarefas complexas ou metas que nos parecem fora de alcance, são obstáculos que muitos de nós enfrentamos. O lembrete de L'Amour é claro: o início de qualquer feito requer que comecemos! | ||
A "abertura da torneira", no universo da escrita, simboliza o desbloqueio da nossa criatividade e pensamentos. Da mesma forma que a água estagnada só flui com a torneira aberta, nossas ideias e potenciais criativos necessitam da ação para se manifestarem. Essa analogia não se limita apenas à escrita; aplica-se a todos os aspectos da vida, desde aprender novas habilidades até embarcar em jornadas de autoconhecimento. | ||
Diante do perfeccionismo ou do temor pelo fracasso, é imperativo que não nos impeçamos de dar esse passo inicial. Embora começar possa ser o desafio mais significativo, o processo tende a se tornar mais fluido e menos intimidador uma vez iniciado. | ||
"Portanto, se esta precisando fazer algo, simplesmente comece..."💙😉 | ||
Desejamos a você um excelente domingo e esperamos que aproveite o conteúdo que preparamos especialmente para você! | ||
Boa Leitura! | ||
😉💙 | ||
🔹INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL | ||
Inteligência Artificial na Comunicação Médico-Paciente | ||
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O uso da Inteligência Artificial (IA) na medicina tem sido tema de estudos e discussões intensas nos últimos anos. Uma pesquisa publicada na JAMA Network Open, em 20 de março de 2024, destaca o potencial revolucionário e os desafios da implementação de modelos de linguagem generativa, como o GPT-4 da OpenAI, no contexto da saúde. Este estudo explora uma aplicação valiosa da Inteligência Artificial (IA) na saúde: a otimização da gestão de mensagens em portais e aplicativos móveis de saúde, destinados aos pacientes. | ||
🟦 A tabela detalha as características demográficas da coorte estudada: | ||
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Essas plataformas digitais, que possibilitam a interação direta entre pacientes e profissionais de saúde, experimentaram um aumento expressivo de uso durante a pandemia de COVID-19. Esse crescimento acelerado ampliou significativamente a carga de trabalho dos profissionais de saúde, contribuindo para elevados níveis de estresse e esgotamento profissional no contexto médico. | ||
Os resultados da pesquisa apontam para a adoção, usabilidade e melhorias notáveis na carga de trabalho mental e exaustão entre os profissionais de saúde, sem sinais adversos de segurança. Notavelmente, o estudo revelou que o uso do GPT-4 para gerar respostas automáticas a mensagens de pacientes alcançou uma utilização média cumulativa de 20% em apenas cinco semanas do periodo pesquisado. Isso é particularmente impressionante considerando que o GPT-4 não foi treinado especificamente em literatura médica nem ajustado para essa tarefa, e que o contexto disponível, do registro de saúde eletrônico do paciente para a geração de rascunhos era limitado. | ||
Entretanto, o estudo também identificou áreas que necessitam de melhorias, como o tom, a brevidade e a personalização das respostas. Além disso, apesar das melhorias na carga de trabalho mental e exaustão, não foram observadas economias de tempo significativas em comparação com o período anterior ao piloto. Isso sugere que a transição de escrever para editar respostas pode ser menos cognitivamente exigente, embora consuma uma quantidade de tempo semelhante. | ||
A pesquisa destaca o potencial de modelos de IA como o GPT-4 para transformar a prática médica, aliviando o fardo cognitivo e reduzindo o esgotamento entre os profissionais de saúde. No entanto, os autores enfatizam a necessidade de estudos controlados adicionais em múltiplos locais e com uma gama mais ampla de profissionais de saúde para explorar plenamente os benefícios e limitações dessa tecnologia. | ||
Um aspecto crítico apontado pelo estudo é a necessidade de personalização e ajuste fino dos modelos de IA para melhor se adequarem às necessidades específicas das instituições de saúde e dos indivíduos, assim como a importância de desenvolver padrões de referência e conjuntos de treinamento específicos para avaliar o desempenho dos modelos em casos de uso específicos. | ||
🟦 Na tabela é possível explorar a codificação qualitativa dos comentários em texto livre obtidos nas pesquisas realizadas após o estudo, o que nos permite compreender as percepções e feedbacks diretos dos participantes: | ||
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Em conclusão, este estudo pioneiro sobre a implementação de IA generativa na prática clínica oferece insights sobre as potencialidades e desafios dessa tecnologia emergente. Ele serve como um chamado à ação para a realização de pesquisas adicionais e o desenvolvimento de estratégias informadas por dados clínicos que orientem a adoção e implementação de IA na saúde, garantindo que os benefícios potenciais sejam plenamente realizados enquanto se minimizam os riscos e custos associados. | ||
Para acessar a pesquisa na íntegra, disponibilizamos aqui o link de acesso. | ||
🔹SAÚDE MENTAL | ||
Suicídio: Estudo Revela Perfis de Risco | ||
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Um estudo conduzido pela Weill Cornell Medicine em colaboração com a Columbia University, UC Berkeley School of Public Health, a University of Hong Kong e investigadores da University of Kentucky, lança luz sobre perfis distintos de risco de suicídio nos Estados Unidos. Divulgado em Medical Xpress em 22 de março de 2024, a análise abrangeu aproximadamente duas décadas, focando em 306.800 mortes por suicídio entre 2003 e 2020, utilizando dados do National Violent Death Reporting System Restricted Access Database. Este estudo representa um marco significativo no entendimento dos fatores de risco associados ao suicídio, identificando cinco padrões distintos entre os indivíduos que morreram por suicídio. | ||
Surpreendentemente, quase um terço das mortes ocorreu em indivíduos que relataram sintomas físicos sem quaisquer problemas de saúde mental documentados ou uso de antidepressivos. Esta descoberta é particularmente notável, considerando que pesquisas anteriores indicavam que 70 a 90% das pessoas que morreram por suicídio tinham um transtorno psiquiátrico maior no momento da morte. Os resultados sugerem que, nesses casos, os transtornos psiquiátricos frequentemente não foram detectados. | ||
Dr. Yunyu Xiao, professor assistente de ciências da saúde da população na Weill Cornell Medicine e autor principal do estudo, destacou a importância desses achados: “Anteriormente, considerávamos o suicídio apenas relacionado à saúde mental e doenças mentais. No entanto, descobrimos que o maior subgrupo que morre por suicídio envolve pessoas que apresentam queixas de doenças físicas." | ||
Além deste grupo, o estudo documenta quatro outros subgrupos: indivíduos com uso concomitante de substâncias e condições de saúde mental; indivíduos com condições de saúde mental sozinhos; indivíduos que abusam de múltiplas substâncias, como drogas ilícitas, medicamentos prescritos ou álcool; e indivíduos enfrentando uma crise, problemas relacionados ao álcool ou conflitos com parceiros íntimos. | ||
Uma abordagem personalizada para a prevenção do suicídio, adaptada aos riscos específicos e necessidades de cada subgrupo, pode ser mais eficaz do que estratégias generalizadas. Este estudo sublinha a vulnerabilidade muitas vezes negligenciada das pessoas que apresentam sintomas de doenças físicas, que podem estar associadas a um episódio depressivo maior não detectado, destacando a importância da triagem para doenças depressivas subjacentes como um fator de risco significativo para o suicídio em ambientes de atenção primária à saúde. | ||
A pesquisa também chama atenção para a disparidade de gênero nos métodos de suicídio, com uma maioria significativa de homens no subgrupo de apresentação de doença física escolhendo armas de fogo. Esta observação está alinhada com tendências mais amplas que mostram que os homens são desproporcionalmente representados nas estatísticas de suicídio e têm maior probabilidade de usar meios letais. | ||
O estudo propõe uma abordagem multifacetada para a prevenção do suicídio, que inclui o tratamento de transtornos de uso de substâncias, terapias psicológicas baseadas em evidências e estratégias de intervenção em crises, além de promover a segurança de armas de fogo para restringir o acesso a armas para aqueles em risco. | ||
As descobertas têm implicações significativas para pesquisas futuras e formulação de políticas, oferecendo uma base para o desenvolvimento de intervenções que visem fatores de risco específicos e explorando medidas políticas e legislativas destinadas a reduzir as taxas de suicídio. "Existem muitas intervenções baseadas em evidências que poderíamos implementar agora," afirmou o Dr. J. John Mann, professor sênior do estudo. | ||
Este estudo destaca a necessidade crítica de reconhecer e abordar a complexidade dos fatores que contribuem para o suicídio, incentivando uma abordagem mais holística e integrada na prevenção do suicídio. | ||
Para aprofundar o seu conhecimento nas descobertas desse estudo, disponibilizamos aqui o link de acesso para a pesquisa na íntegra! | ||
🔹CARREIRA MÉDICA | ||
Explorando Horizontes Além da Clínica | ||
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Em uma era de transformação na medicina, os médicos estão cada vez mais ultrapassando as fronteiras tradicionais da prática clínica para causar impacto em esferas mais amplas da saúde. Uma Reunião Anual da Associação Médica Americana (AMA) de 2023 discutiu sobre as possibilidades expansivas destes profissionais interessados em explorar carreiras não clínicas, evidenciando um campo rico em oportunidades para aqueles dispostos a navegar além do convencional. | ||
A influência que os médicos podem exercer fora do ambiente clínico é imensa, estendendo-se ao desenvolvimento de políticas de saúde, avanços em cuidados baseados em valor, liderança e engajamento de equipes de saúde, bem como ao aprimoramento de culturas clínicas em uma escala mais ampla. Essa transição de uma prática focada no paciente para um impacto mais amplo na saúde pode parecer desafiadora, mas é plenamente realizável e profundamente gratificante. | ||
Muitos profissionais de saúde que optam por essa mudança de carreira descobrem que a falta de um caminho prescrito pode ser, inicialmente, intimidadora. Entretanto, ao alinhar suas escolhas com paixões pessoais e valores fundamentais, esses pioneiros encontram novas direções que não apenas contribuem significativamente para a saúde pública, mas também oferecem realização pessoal. Esse é um território vasto e relativamente inexplorado, onde a inovação e a criatividade são as principais ferramentas para a construção de uma carreira significativa. | ||
Além disso, o sucesso nessas carreiras alternativas depende fortemente da paixão dos indivíduos e de sua capacidade de adaptar expertise adquirida ao longo da formação médica para resolver problemas complexos de novas maneiras. Isso inclui enfrentar desafios sistêmicos na saúde, liderar avanços tecnológicos para o cuidado ao paciente e aprimoramento das equipes de saúde e influenciar políticas de saúde em níveis estratégicos. | ||
A sessão educacional da AMA de 2023 destacou não apenas a viabilidade desses caminhos alternativos, mas também a importância crítica de buscar impacto, adaptabilidade e paixão na jornada para além dos cuidados diretos ao paciente. Isso representa uma chamada para os profissionais médicos explorarem novos horizontes, expandindo sua capacidade de contribuir para a saúde em um espectro muito mais amplo. | ||
Este cenário oferece uma visão estimulante para os médicos, incentivando-os a explorar áreas não convencionais com o potencial de melhorar a saúde e o bem-estar em uma escala global. À medida que navegamos por este novo território na medicina, destacamos alguns depoimentos inspiradores, como apresentados no artigo original da Associação Médica Americana (AMA), que servem de faróis para médicos interessados em expandir seus horizontes: | ||
"It was really about: How can I scale my ability to make an impact in health care?" - Alexander Ding, MD, MS, MBA. Esta reflexão o conduziu para além das paredes do hospital, buscando influenciar o sistema de saúde por meio de políticas e tecnologia, enfatizando a importância de aplicar a paixão e o conhecimento adquirido em medicina para beneficiar os pacientes em uma escala mais ampla. | ||
"The analogy I like to give is that when you are in the medical training pipeline, you are on train tracks," - Murad Alqadi MD, ilustra a jornada desafiadora e libertadora de deixar o percurso médico tradicional para iniciar uma startup focada em equidade na saúde. Essa decisão, guiada por paixões e valores fundamentais, revela o poder de contribuir de maneiras inovadoras quando se está disposto a explorar novas direções. | ||
Esses exemplos reforçam a ideia central de que a medicina está evoluindo, e com ela, as oportunidades para os médicos causarem um impacto além da clínica. Neste momento de transformação, o potencial para inovação e impacto é ilimitado, esperando por aqueles dispostos a abraçar as possibilidades. | ||
🌟🧑🏻⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
📢 "Ao abordar sobre liderança, vamos conhecer sobre Humildade Radical?" | ||
Em um mundo corporativo que se transforma rapidamente, a liderança enfrenta o desafio constante de adaptar-se a novas dinâmicas e expectativas. Neste cenário, o autor Urs Koenig propõe uma revolução na forma como os líderes se posicionam frente a seus times e organizações. Através de décadas de experiência em coaching executivo e liderança global, Koenig defende a essência de uma liderança eficaz em tempos modernos: a Humildade Radical. | ||
Koenig argumenta que o sucesso não deriva mais de um estilo de liderança dominador, mas sim da capacidade de liderar com empatia, abertura e disposição para o aprendizado contínuo. Ele identifica três pilares essenciais para essa abordagem: | ||
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A Humildade Radical, segundo Koenig, não é sobre diminuir-se ou esquivar-se do sucesso, mas sim sobre liderar com uma consciência aguçada do próprio impacto e do potencial dos outros. É sobre compartilhar os créditos pelas vitórias e estar à frente no aprendizado das falhas. | ||
Em uma era onde a busca por talentos é acirrada e as expectativas por ambientes de trabalho mais humanizados só crescem, a Humildade Radical surge como uma habilidade indispensável para líderes que desejam não apenas atrair, mas também desenvolver e reter os melhores talentos. | ||
Referência: | ||
Koenig, U. (2024, March 7). Radical Humility: The New Must-Have Skill for Emotionally Intelligent Leaders. Training Industry. https://trainingindustry.com/articles/leadership/radical-humility-the-new-must-have-skill-for-emotionally-intelligent-leaders/ | ||
💡 Caso essa visão ressoe com você, convido-vos a percorrer nossa seção 📚Triagem Literária👇🏻 onde recomendamos a obra de Koenig. Uma leitura essencial para todos aqueles que buscam não apenas liderar, mas inspirar e transformar. | ||
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📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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"Radical Humility: Be a Badass Leader and a Good Human". Uma obra transformadora e recém publicada de Urs Koenig. Experiente coach executivo e campeão de ultraendurance, compartilha descobertas revolucionárias sobre liderança adquiridas em suas experiências como comandante de manutenção da paz da OTAN e da ONU. Substituindo a abordagem de liderança "heroica" e de cima para baixo do passado, Koenig propõe um modelo centrado no ser humano, onde a humildade se torna uma força motriz para alcançar objetivos em um mundo complexo. Através de cinco mudanças fundamentais—de reconhecer pontos cegos a promover uma cultura sem medo—, "Radical Humility" é uma leitura essencial para líderes que buscam não apenas excelência em resultados, mas também um profundo impacto humano. Com histórias inspiradoras e ferramentas práticas, este livro é um roteiro definitivo para quem aspira a liderar com mais eficácia e compaixão no cenário atual. | ||
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