Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool
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Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool

Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool; Dieta Mediterrânea e Saúde Cardiometabólica; Dopamina vs. Serotonina; Gestão de Mudanças; 27º Congresso UNIDAS; Liderando Mudanças.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

⚕️Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool;

⚕️Dieta Mediterrânea e Saúde Cardiometabólica em Crianças e Adolescentes;

⚕️Dopamina vs. Serotonina;

🎓 Gestão de Mudanças;

📢27º Congresso Internacional UNIDAS;

📚 Liderando Mudanças.


"Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança." - Stephen Hawking

As palavras de Stephen Hawking ressoam profundamente em um mundo que enfrenta transformações rápidas e contínuas, especialmente no campo da medicina e da saúde.

Stephen Hawking nasceu em Oxford, Inglaterra, e apesar de ter sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica aos 21 anos — uma doença que o deixou quase completamente paralisado — ele nunca deixou de perseguir suas paixões. Hawking destacou-se por suas pesquisas revolucionárias em buracos negros e teoria da relatividade, bem como por sua habilidade em comunicar complexidades científicas de forma acessível. Além de suas contribuições significativas à física, Hawking é um exemplo inspirador de resiliência e dedicação à pesquisa e educação.

Inovações disruptivas e mudanças paradigmáticas estão constantemente remodelando o cenário da saúde. A capacidade de adaptação que Hawking mencionou é mais relevante do que nunca. À medida que enfrentamos novos desafios e descobertas, nossa inteligência é testada não apenas em como utilizamos nosso conhecimento técnico, mas também em como nos adaptamos e transformamos esse conhecimento em ações benéficas.

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Desejamos a você um ótimo dia!!

Aproveite o conteúdo que preparamos!

Boa leitura📖🗞️


🔹ENDOCRINOLOGIA

Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool

Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool
Medicamentos Antiobesidade e Efeitos no Consumo de Álcool

Um estudo publicado pelo JAMA Network Open em 26 de novembro de 2024, explorou as mudanças no consumo de álcool entre indivíduos inscritos em um programa de gestão de peso por telemedicina, após o início do uso de medicamentos antiobesidade incluindo agentes como agonistas do receptor de peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1 RAs). Este estudo traz informações sobre como diferentes medicamentos podem influenciar comportamentos associados ao consumo de álcool.

O estudo foi conduzido com a participação de 14.053 indivíduos inscritos no programa de gestão de peso da WeightWatchers (WW) Clinic. Os participantes, que iniciaram o uso de algum medicamentos antiobesidade entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, e fizeram uma nova requisição entre outubro e novembro de 2023, foram incluídos na análise. As medicações estudadas incluíram metformina, a combinação de bupropiona e naltrexona, e os agonistas GLP-1 de primeira (como liraglutida e dulaglutida) e segunda geração (como tirzepatida e semaglutida).

Principais Descobertas:

  • Redução no Consumo de Álcool: Aproximadamente metade dos participantes relatou consumo de álcool no início do estudo. Destes, 45,3% reportaram uma redução no consumo após o início do tratamento com os mediamentos antiobesidade. Isso sugere uma potencial propriedade desses medicamentos em reduzir o desejo ou a gratificação obtida com o álcool.
  • Efeito dos Diferentes medicamentos antiobesidade: Os indivíduos que usavam a combinação de bupropiona e naltrexona apresentaram maior probabilidade de reduzir o consumo de álcool em comparação com aqueles que usavam metformina, embora essa diferença tenha perdido significância estatística após o ajuste para a perda de peso.
  • Motivação para Mudança de Comportamento: O estudo sugere que o envolvimento em um programa de gestão de peso pode motivar os indivíduos a adotar mudanças de comportamento mais saudáveis, incluindo a redução do consumo de álcool.

A descoberta de que o uso de medicamentos antiobesidade pode estar associado à redução do consumo de álcool abre novas perspectivas para o tratamento de pacientes com obesidade e uso concomitante de álcool. Além disso, indica a necessidade de futuras pesquisas através de ensaios clínicos randomizados para comparar diretamente os efeitos desses medicamentos com grupos controle ou intervenções não farmacológicas.

A integração de abordagens farmacológicas na gestão comportamental de pacientes obesos pode ser uma estratégia eficaz para abordar múltiplos aspectos da saúde.


🔹NUTRIÇÃO

Dieta Mediterrânea e Saúde Cardiometabólica em Crianças e Adolescentes

Dieta Mediterrânea e Saúde Cardiometabólica em Crianças e Adolescentes
Dieta Mediterrânea e Saúde Cardiometabólica em Crianças e Adolescentes

A prevenção de doenças cardiovasculares deve começar cedo. Estudos mostram que fatores de risco cardiovascular na infância estão vinculados a doenças cardiovasculares mais tarde na vida. Dada a crescente prevalência da síndrome metabólica entre jovens — cerca de 3% em crianças e 5% em adolescentes —, é urgente a necessidade de intervenções multissetoriais para melhorar a saúde cardiometabólica nessa população.

A Dieta Mediterrânea é reconhecida por seus benefícios à saúde. Caracteriza-se pelo uso do azeite de oliva como principal gordura dietética e alto consumo de frutas, vegetais, leguminosas, cereais integrais e nozes, com baixa ingestão de carnes vermelhas e processadas, alimentos ultraprocessados, doces e frituras. Estudos sugerem que a dieta mediterrânea reduz o risco de doenças não transmissíveis, como câncer, síndrome metabólica, hipertensão e doenças cardiovasculares.

O objetivo deste estudo, publicado em JAMA Network Open, foi analisar ensaios clínicos randomizados (RCT) que avaliaram intervenções baseadas na dieta mediterrânea entre crianças e adolescentes. A revisão sistemática e meta-análise incluiu 9 RCTs com duração mínima de 8 semanas. Os resultados indicam reduções na pressão arterial sistólica, triglicerídeos, colesterol total e LDL-C, e aumento no HDL-C. No entanto, é necessário cautela ao interpretar os resultados devido ao número limitado de estudos.

Apesar das limitações, os achados são significativos. Reduções na pressão arterial sistólica durante a infância podem reduzir substancialmente o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Além disso, níveis elevados de triglicerídeos, colesterol total e LDL colesterol estão associados a um maior risco de aterosclerose e doenças cardiovasculares, enquanto níveis elevados de HDL colesterol são considerados protetores.

A dieta tem baixa ingestão de gorduras saturadas e trans, que aumentam os níveis de LDL-C, e alta ingestão de gorduras saudáveis, como as monoinsaturadas e poli-insaturadas, que diminuem o LDL-C. A dieta mediterrânea também promove uma microbiota intestinal saudável, que é importante para a prevenção de síndromes metabólicas.

Existem limitações a serem consideradas, como o risco de viés nos RCTs e a inclusão de atividades físicas em algumas intervenções, que podem influenciar os resultados observados. Além disso, a representatividade de estudos fora de países mediterrâneos é baixa, limitando a generalização dos resultados.

A pesquisa sugere que intervenções baseadas na dieta mediterrânea podem ser uma ferramenta importante para otimizar a saúde cardiometabólica na população mais jovem. Estes resultados ressaltam a importância de promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo, podendo levar a melhorias significativas na saúde cardiometabólica.

Para mais informações e detalhes sobre a pesquisa, acesse aqui o estudo na íntegra.


🔹PSIQUIATRIA

Dopamina vs. Serotonina

Dopamina vs. Serotonina
Dopamina vs. Serotonina

Um estudo inovador da Universidade de Stanford, publicado na revista Nature, traz novas evidências sobre como dois neurotransmissores-chave, dopamina e serotonina, interagem para moldar nosso comportamento. A pesquisa, conduzida pelo Instituto Wu Tsai de Neurociências de Stanford, desafia concepções anteriores sobre essas substâncias químicas cerebrais frequentemente mal compreendidas e destaca seu papel complexo e interativo.

Conhecidas popularmente como a "química do prazer" e o "estabilizador de humor", dopamina e serotonina são na verdade peças centrais em uma complexa rede de neuromodulação que afeta desde o aprendizado até o planejamento de longo prazo e a tomada de decisões. A dopamina, longe de ser apenas um mensageiro do prazer, está intimamente ligada à previsão e busca de recompensas, enquanto a serotonina parece regular esses impulsos, promovendo um pensamento mais a longo prazo.

O estudo propôs testar duas hipóteses predominantes sobre esses neurotransmissores: a "hipótese da sinergia", que sugere que a dopamina gerencia recompensas de curto prazo e a serotonina, benefícios a longo prazo; e a "hipótese da oposição", que as vê como forças opostas que equilibram nossas decisões.

Utilizando técnicas inovadoras, a equipe de Stanford conseguiu observar e manipular os sistemas de dopamina e serotonina em camundongos simultaneamente. Eles descobriram que esses sistemas interagem no núcleo accumbens, uma área do cérebro essencial para o processamento de emoções, motivação e recompensa. Durante os experimentos, sinais de dopamina aumentaram em resposta a recompensas, enquanto os de serotonina diminuíram, mostrando uma dinâmica de "push-pull" ou "gas-brake".

Os pesquisadores usaram manipulação optogenética, que permite o controle de neurônios geneticamente modificados por luz, para alterar os sinais normais de dopamina e serotonina durante o aprendizado de recompensa. Eles descobriram que bloquear ambos os sinais impedia que os camundongos associassem sinais visuais e sonoros com recompensas. No entanto, restaurar um dos sinais sozinho não era suficiente; ambos os sistemas precisavam estar funcionais para que o aprendizado ocorresse.

Esses resultados têm implicações significativas para o tratamento de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, onde disfunções de dopamina e serotonina são centrais, como no vício, depressão, autismo, e esquizofrenia. A pesquisa sugere que terapias futuras poderiam se beneficiar ao mirar no equilíbrio apropriado entre esses dois sistemas, talvez moderando a sinalização dopaminérgica excessiva enquanto se aumenta a atividade serotoninérgica, dependendo do distúrbio.

As técnicas desenvolvidas para este estudo também abrem caminho para novas investigações sobre como o cérebro media comportamentos adaptativos e o que pode dar errado nos sistemas neuromodulatórios em doenças cerebrais prevalentes.


🌟🧑🏻‍⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓 Gestão de Mudanças

A constante evolução das tecnologias, métodos de tratamento e estruturas organizacionais exige que os profissionais se adaptem eficazmente às mudanças. A medicina, um campo em que inovações tecnológicas e descobertas científicas frequentemente alteram as práticas clínicas, exemplifica isso claramente. Desde novos medicamentos e técnicas cirúrgicas até sistemas eletrônicos de registros de saúde e telemedicina, as mudanças são tanto constantes quanto significativas. Médicos que gerenciam bem essas mudanças podem não apenas melhorar a qualidade do atendimento ao paciente, mas também otimizar suas práticas e impulsionar suas carreiras.

Estratégias de Gestão de Mudanças

Educação Contínua: Manter-se atualizado é essencial. Participar de cursos, workshops e seminários sobre os avanços médicos e também sobre gestão e tecnologia é fundamental.

Comunicação Efetiva: É vital estabelecer uma comunicação clara e aberta com colegas e gestores sobre como as mudanças afetam o ambiente de trabalho e o atendimento ao paciente.

Flexibilidade e Adaptação: Desenvolver uma mentalidade aberta para experimentar novas práticas e tecnologias, adaptando-se às necessidades emergentes da profissão e dos pacientes, é chave para o sucesso.

Liderança Proativa: Atuar como um agente de mudança dentro de sua equipe ou organização, liderando pelo exemplo e apoiando outros em períodos de transição, é essencial para uma gestão de mudanças eficaz.

Os profissionais que dominam a gestão de mudanças tendem a exibir maior resiliência diante das adversidades, maior satisfação no trabalho e melhores resultados em suas práticas. Além disso, estão mais aptos a assumir posições de liderança e influenciar positivamente a cultura da saúde em suas organizações.

Enfrentar a resistência à mudança é um desafio comum. Compreender as preocupações e resistências dentro das equipes e oferecer suporte adequado e treinamento para facilitar a adaptação é crucial. Superar essas barreiras não apenas melhora o ambiente de trabalho, mas também garante que os benefícios das mudanças sejam plenamente realizados.

A habilidade de adaptar-se não só garante a eficácia clínica e operacional, mas também empodera o médico a ser um participante ativo e influente na evolução contínua da medicina.

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Já conhece o Talent Match - Academia Médica?


Talent Match | Academia Médica
Talent Match | Academia Médica

📢 Oportunidades em Saúde

📢 27º Congresso Internacional UNIDAS

O 27º Congresso Internacional UNIDAS será realizado entre 27 e 29 de novembro de 2024, no Centrosul em Florianópolis, SC.

Este evento é um marco para profissionais da saúde, abordando inovações tecnológicas cruciais para a autogestão em saúde.

Os participantes terão a oportunidade de se conectar com líderes e especialistas do setor, discutindo temas como inteligência artificial, cibersegurança e telemedicina, além de explorar novos modelos de gestão de saúde.

O evento também contará com a presença de convidados internacionais e oferecerá uma plataforma ideal para networking!

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📚🧠Triagem Literária🧠📚

 Liderando Mudanças: Transformando Empresas com a Força das Emoções
Liderando Mudanças: Transformando Empresas com a Força das Emoções

Confira o livro na amazon em:https:https://amzn.to/3ZpWTq4

Na edição atualizada do livro "Liderando Mudanças", John Kotter não apenas reitera, mas expande a relevância de seu renomado processo de oito passos para a gestão eficaz de mudanças, em meio a um cenário global que tem experimentado transformações cada vez mais rápidas e profundas. Kotter demonstra como mudanças radicais são agora a norma no ambiente corporativo, não mais a exceção. Esta nova edição, enriquecida com um prefácio atualizado pelo autor, se torna um recurso indispensável para líderes e gestores que buscam implementar mudanças estratégicas com sucesso garantido.

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  • Direção
  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
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