🔔Destaques desta edição:

💙 Apneia do Sono e Dificuldades Cognitivas;

💙Dengue: Atualização Epidemiológica;

💙Liderança e Bem-Estar no Ambiente de Trabalho;

🌟Oportunidades e Carreiras Médicas: Seu Próximo Passo Profissional

📚 The Five Dysfunctions of a Team;

"O inimigo da responsabilidade é a ambiguidade" - Patrick Lencioni

"A responsabilidade, ou a falta dela, pode ser uma linha divisória entre o sucesso e o fracasso. Mas, o que Lencioni destaca com sua assertiva é que, antes mesmo de cobrar responsabilidade, é crucial haver clareza. A ambiguidade — seja na definição de metas, na comunicação de expectativas ou na atribuição de tarefas — cria um terreno fértil para a indecisão, a procrastinação e, em última instância, o insucesso."

Esta citação é um lembrete de que a clareza é a pedra angular da responsabilidade. Sem uma compreensão clara do que é esperado, as pessoas lutam para assumir a responsabilidade por suas ações ou resultados. Isso é verdadeiro não apenas no contexto de um único projeto ou tarefa, mas também na cultura geral de uma organização ou entre equipes de trabalho. Culturas onde a ambiguidade prevalece são aquelas onde a responsabilidade tende a ser diluída, com membros da equipe frequentemente delegando tarefas uns aos outros em vez de assumirem a responsabilidade pessoal.

Portanto, o desafio que se apresenta para líderes e gestores é o de construir um ambiente onde a clareza impere. Isso significa comunicar objetivos, expectativas e responsabilidades com precisão; garantir que todos na equipe compreendam não apenas o 'o quê' e o 'como', mas também o 'porquê' de suas tarefas. Significa também estabelecer mecanismos de feedback claros e construtivos, que permitam um acompanhamento efetivo sem deixar espaço para interpretações dúbias.

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Um ótimo dia!

Aproveite o conteúdo que preparamos para você!

Boa Leitura!

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🔹MEDICINA DO SONO

Apneia do Sono e Dificuldades Cognitivas

Um estudo divulgado em Science Daily em 04 de março de 2024, sugere que pessoas com apneia do sono podem ter maior probabilidade de enfrentar problemas de memória ou cognição. Embora o estudo, que será apresentado na 76ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, de 13 a 18 de abril de 2024, em Denver, demonstre uma associação positiva, ele não estabelece uma relação causal direta entre a apneia do sono e o declínio cognitivo.

A apneia do sono é caracterizada por paradas respiratórias recorrentes durante o sono, o que pode levar à diminuição dos níveis de oxigênio no sangue. Sintomas comuns incluem roncos, engasgos e pausas na respiração, além de dores de cabeça matinais e dificuldades de concentração. "A apneia do sono é uma condição comum, mas muitas vezes subdiagnosticada. No entanto, existem tratamentos disponíveis", afirma Dominique Low, MD, MPH, do Boston Medical Center em Massachusetts e membro da Academia Americana de Neurologia.

O estudo envolveu 4.257 indivíduos, que responderam a um questionário sobre a qualidade do sono e sobre problemas de memória e cognição. Dentre os participantes, 1.079 relataram sintomas de apneia do sono. Deste grupo, 33% (ou 357 pessoas) reportaram problemas de memória ou cognitivos, comparados a 20% (ou 628 pessoas) entre aqueles sem sintomas de apneia do sono.

Após ajustes para outros fatores que poderiam influenciar os problemas de memória e cognição, como idade, raça, gênero e educação, os pesquisadores concluíram que pessoas com sintomas de apneia do sono tinham aproximadamente 50% mais chances de também relatar problemas de memória ou cognitivos em comparação àqueles sem sintomas da condição.

"Esses achados reforçam a importância da triagem precoce para apneia do sono", destaca Low. Tratamentos eficazes, como as máquinas de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), estão disponíveis. Uma boa qualidade de sono, juntamente com uma alimentação saudável, exercícios regulares, engajamento social e estímulos cognitivos, podem reduzir o risco de problemas de memória e cognição, melhorando a qualidade de vida."

É importante notar as limitações do estudo, que se baseou em dados de uma única pesquisa e dependeu de relatos dos participantes, sem avaliações médicas diretas. Estudos adicionais são necessários para acompanhar os sintomas de apneia do sono, memória e cognição ao longo do tempo, visando uma compreensão mais aprofundada dessa associação.

🔹SAÚDE PÚBLICA

Combate à Dengue: Ministério da Saúde Divulga Atualização Epidemiológica

O Ministério da Saúde do Brasil, realizou uma atualização sobre o cenário epidemiológico da dengue no país nesta terça-feira, 05 de fevereiro de 2024. Durante uma entrevista coletiva com a presença de técnicos e especialistas, a ministra revelou uma aceleração significativa nos registros de casos de dengue no início do ano, uma situação estreitamente vinculada às mudanças climáticas.

Nísia Trindade enfatizou a importância da colaboração entre o Ministério da Saúde, os estados e os municípios no combate ao Aedes aegypti, vetor da doença. Destacou-se a realização de campanhas anteriores e a sinergia atual entre as diferentes esferas de governo, essencial para o sucesso das ações de prevenção e controle.

Uma das novidades anunciadas foi a iminente publicação de uma nota técnica pelo Ministério da Saúde recomendando a ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue. Atualmente, a vacina é recomendada para crianças de 10 e 11 anos, mas estudos estão sendo realizados para expandir a recomendação para a faixa etária de 14 anos, seguindo os critérios de prioridade já estabelecidos.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde está focado no controle do vetor e no cuidado à saúde da população, conforme explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. Foram distribuídos aos estados insumos significativos, incluindo testes de sorologia e biologia molecular, larvicidas e adulticidas, com um investimento total de R$ 44 milhões destinados a apoiar os gestores locais no enfrentamento da dengue.

Este apoio financeiro faz parte de um montante de R$ 1,5 bilhão reservado para combater a dengue, beneficiando estados como Minas Gerais, Goiás, o Distrito Federal e mais de 79 municípios em diversos estados.

Além das medidas contra a dengue, a ministra lembrou que o Ministério da Saúde continua monitorando outras ameaças à saúde pública, como a Influenza e a Covid-19. A antecipação na entrega das vacinas pelo Instituto Butantan permitirá iniciar a imunização contra essas doenças mais cedo do que o previsto.

Em resposta ao aumento dos casos de dengue, foi estabelecido o Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue), uma iniciativa conjunta entre o Ministério da Saúde, estados e municípios para organizar estratégias de vigilância e enfrentamento da doença mais rapidamente.

A aquisição de vacinas da dengue também foi um ponto chave, com a compra de todo o estoque disponível do laboratório fabricante, somando mais de 5,2 milhões de doses para 2024, além de 1,32 milhão de doses fornecidas gratuitamente ao governo federal. Para 2025, estão asseguradas 9 milhões de doses adicionais, com possibilidade de novas aquisições conforme a disponibilidade.

Este conjunto de ações demonstra o comprometimento do Brasil no combate à dengue, unindo esforços em diferentes níveis governamentais e investindo em prevenção, controle e tratamento para mitigar os impactos da doença na população.

🔹CARREIRA

Liderança e Bem-Estar no Ambiente de Trabalho

Uma pesquisa publicada em Human Resources for Health em janeiro de 2024, e desenvolvida com com profissionais de enfermagem, propõe uma abordagem ampla, destacando o papel da Liderança Envolvente (LE) ou Engaging Leadership na melhoria da saúde psicológica e física. Esta pesquisa, apesar de focada em profissionais de enfermagem, pode estender reflexões para demais áreas e equipes de saúde, e impactar positivamente a saúde física, psicológica do profissionais, além da qualidade de atendimento aos pacientes. A pesquisa em si buscou explorar como a prática de LE pode alterar a percepção do ambiente de trabalho por parte dos profissionais, promovendo um cenário com menos demandas e mais recursos, e como isso afeta diretamente a motivação intrínseca e, consequentemente, o bem-estar dos profissionais.

Ao adotar uma metodologia robusta, o estudo aplicou a Teoria da Auto-Determinação como alicerce teórico para investigar os efeitos da LE. O objetivo foi verificar de que maneira lideranças capacitadas a inspirar, conectar, fortalecer e empoderar suas equipes poderiam influenciar positivamente a saúde mental e física dos profissionais de enfermagem. Por meio de questionários detalhados, que incluíram uma nova medida compreensiva de burnout e focaram em mecanismos explicativos como as características percebidas do trabalho e a motivação intrínseca, foi possível obter uma visão abrangente sobre o impacto da LE no ambiente de trabalho.

Os resultados evidenciaram que líderes envolventes são capazes de criar um ambiente de trabalho caracterizado por um equilíbrio mais saudável entre demandas e recursos. Esta dinâmica resultou em uma redução significativa dos níveis de burnout entre os participantes, além de um aumento no engajamento e na satisfação no trabalho. Importante ressaltar, os benefícios observados na pesquisa não se restringiram apenas à esfera profissional dos participantes, mas também sugeriram implicações positivas na qualidade de atendimento aos pacientes, destacando a relevância da LE além das fronteiras da enfermagem.

Este estudo enfatiza a importância de cultivar líderes envolventes dentro das instituições de saúde, sugerindo que tal abordagem pode ser um caminho promissor para melhorar não apenas o bem-estar dos profissionais de saúde, mas também a experiência e os resultados dos pacientes. A pesquisa aponta para a necessidade de programas de desenvolvimento e treinamento focados na promoção de estilos de liderança que valorizem a autonomia, o feedback positivo, o crescimento pessoal e a conexão entre as equipes.

Em suma, a pesquisa cujos resultados foram positivos em equipes de profissionais de enfermagem, mostra potencial aplicabilidade da Liderança Envolvente em diferentes contextos da saúde, propondo uma reflexão profunda sobre como líderes de todas as áreas podem adotar práticas que fortaleçam suas equipes, promovam um ambiente de trabalho saudável e, por extensão, melhorem a qualidade dos cuidados de saúde prestados.

A LE emerge, portanto, como uma estratégia essencial para lideranças que buscam não só o bem-estar de suas equipes, mas também a excelência no atendimento aos pacientes, reforçando a interconexão entre a saúde dos profissionais e a eficácia dos serviços de saúde.

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📢 Quer saber mais Liderança Envolvente?

No mundo corporativo contemporâneo, a dinâmica entre líderes e colaboradores transcendeu os limites tradicionais da gestão, abrindo caminho para uma abordagem mais integrada e humanizada: a liderança envolvente. Esta perspectiva inovadora reforça a ideia de que o sucesso organizacional e o bem-estar dos funcionários são faces da mesma moeda, evidenciando a importância de atender às necessidades psicológicas básicas dos colaboradores para fomentar um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.

A liderança envolvente se destaca como um modelo que capacita, fortalece e conecta os membros da equipe, incentivando simultaneamente um sentido de propósito e significado no trabalho. Ao promover a autonomia, os líderes envolventes conferem aos colaboradores a liberdade de tomar decisões próprias, reforçando a confiança mútua e o sentimento de empoderamento. Este ato de delegar não apenas estimula a iniciativa individual, mas também cultiva um ambiente onde a inovação e a criatividade florescem.

Fortalecer os colaboradores envolve desafiá-los com responsabilidades e tarefas que estimulem seus talentos e competências, encorajando o crescimento pessoal e profissional. Ao mesmo tempo, a essência da liderança envolvente reside na capacidade de conectar os membros da equipe, promovendo uma cultura de colaboração e suporte mútuo, onde cada indivíduo se sinta valorizado e parte de uma comunidade unida.

Além disso, a busca por significado no trabalho é um componente vital da liderança envolvente, reconhecendo que o desejo de contribuir para algo maior do que si mesmo é uma poderosa fonte de motivação e engajamento. Inspirar os colaboradores a se alinharem com a visão, missão e objetivos da organização não apenas enriquece sua experiência de trabalho, mas também amplifica seu impacto no sucesso coletivo.

Em suma, a liderança envolvente é uma abordagem holística que equilibra habilmente a obtenção de resultados com a promoção do bem-estar dos colaboradores. Por meio do empoderamento, do desenvolvimento de competências, da criação de laços fortes entre os membros da equipe e do incentivo à realização de um trabalho significativo, os líderes envolventes não só aumentam o engajamento no trabalho, mas também pavimentam o caminho para uma cultura organizacional vibrante e resiliente.

Front. Psychol., 26 October 2021

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📚🧠Triagem Literária🧠📚

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Destacamos uma obra essencial para líderes e gestores em qualquer campo, mas particularmente pertinente no ambiente desafiador da saúde: "Os Cinco Desafios das Equipes: Uma Fábula Sobre Liderança", edição de 20º aniversário, de Patrick Lencioni. Com uma narrativa envolvente, o livro desdobra a jornada de Kathryn Petersen, CEO da DecisionTech, ao enfrentar uma crise de liderança capaz de comprometer todo o empreendimento devido à desunião de sua equipe. Através de uma fábula realista, Lencioni não apenas captura os desafios intrínsecos à gestão de equipes, mas também oferece um modelo robusto e orientações passo a passo para superar as tendências comportamentais que minam até os times mais talentosos. Esta edição comemorativa, enriquecida com um novo prefácio do autor, reflete sobre o legado e as lições atemporais da obra, reafirmando sua relevância em um momento em que a colaboração efetiva e a liderança inspiradora se fazem mais necessárias do que nunca. Indispensável para profissionais da saúde que buscam cultivar ambientes de trabalho coesivos e produtivos, este livro ilumina o caminho para a superação das disfunções que impedem o sucesso coletivo.

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