Amamentação e Redução do Risco de Câncer na Infância; Risco Genético, Atividade Física e Obesidade; Liderança e Bem-Estar no Ambiente Médico; Cursos on-line: Ministério da Saúde; Comece pelo porquê.
🐰Destaques desta edição: | ||
🐇 Amamentação Exclusiva e Redução do Risco de Câncer na Infância; | ||
🐇 Risco Genético, Atividade Física e Obesidade; | ||
🐇 Liderança Focada na Saúde e Bem-Estar no Ambiente Médico; | ||
🎓 Cursos on-line: Ministério da Saúde plataforma AvaSUS; | ||
📚 Comece pelo porquê. | ||
"A Doce Jornada" de John Cadbury | ||
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Caros leitores, | ||
"Neste Domingo de Páscoa, enquanto nos preparamos para o sabor inconfundível do chocolate, voltamos um pouco na história de John Cadbury, um visionário que não apenas revolucionou a indústria do chocolate, mas cujas convicções profundamente enraizadas moldaram um legado de inovação empresarial e responsabilidade social que continua a inspirar até hoje." | ||
Nascido em 1801, em Birmingham, Inglaterra, em uma família Quaker, John Cadbury começou sua carreira em 1824, abrindo uma loja que inicialmente vendia chá, café e, eventualmente, chocolate para beber. Este último era visto como uma alternativa saudável ao álcool, alinhado aos princípios quacres de temperança e bem-estar. Sua loja, inovadora para a época, logo se tornou um ponto de interesse na cidade, atraindo uma clientela abastada com o aroma de café e chocolate torrados e uma decoração que remetia ao exótico Oriente. | ||
A paixão de John pelo cacau o impulsionou a fundar uma fábrica em 1831, marcando o início de sua dedicação exclusiva ao chocolate. Em 1842, a empresa já oferecia uma ampla variedade de chocolates e cacau. Mais adiante, adotou uma técnica de prensagem que revolucionou a produção de chocolate, tornando-o mais digerível e agradável ao paladar. | ||
Além de sua genialidade empresarial, John Cadbury era profundamente comprometido com a melhoria das condições de vida e de trabalho de seus empregados. Ele foi pioneiro em oferecer condições de trabalho justas, habitação de qualidade e acesso a cuidados médicos, estabelecendo um modelo de responsabilidade social e ética no mundo dos negócios. | ||
Em 1875, a Cadbury contribuiu significativamente para a tradição dos ovos de Páscoa de chocolate na Inglaterra, seguindo os passos da inovação iniciada anteriormente. Desde então, esta tradição se perpetuou, evoluindo de ovos simples para criações elaboradas, recheadas e decoradas. Mesmo após o falecimento de John Cadbury em 1889, seu legado de inovação, ética e responsabilidade social inspira gerações." | ||
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Nessa doce atmosfera, é que desejamos a todos uma Páscoa repleta de alegria, reflexão e, claro, uma dose de chocolate!"😉 | ||
Com carinho, | ||
Redação, Academia Médica. | ||
Agora, aproveite o conteúdo que preparamos para você! | ||
Boa Leitura! | ||
😉💙🍫 | ||
🔹PEDIATRIA | ||
Estudo Explora Relação entre Amamentação Exclusiva e Redução do Risco de Câncer na Infância | ||
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Uma pesquisa publicada no JAMA Network Open em 26 de março de 2024, traz revelações importantes sobre a associação entre a duração do aleitamento materno exclusivo e o risco de cânceres infantis. Este estudo, baseado em dados coletados do Registro Nacional de Saúde Infantil da Dinamarca, analisou crianças nascidas no país entre 2005 e 2018, oferecendo uma perspectiva valiosa sobre como a amamentação pode influenciar no risco de desenvolvimento de câncer durante a infância. | ||
A pesquisa destaca que, na Europa, o câncer é diagnosticado em 1 a cada 350 crianças antes dos 15 anos, sendo a principal causa de morte relacionada à doença na infância, após a fase de lactente. Embora pelo menos 10% dos cânceres infantis possam ser atribuídos a mutações genéticas raras, a etiologia da maioria desses cânceres ainda é pouco conhecida, o que torna a prevenção um desafio significativo. Nesse cenário, estudos anteriores já sugeriam que a amamentação poderia estar associada a uma redução do risco de desenvolvimento de leucemias, incluindo a leucemia linfoblástica aguda (LLA), que é o câncer mais comum na infância. | ||
O estudo dinamarquês reforça essas observações anteriores, demonstrando que crianças exclusivamente amamentadas por pelo menos 3 meses apresentam um risco menor de desenvolver LLA do precursor B entre 1 e 14 anos, em comparação com aquelas amamentadas exclusivamente por menos de 3 meses ou que nunca foram amamentadas. Interessantemente, não foi observada uma associação significativa entre a duração do aleitamento materno exclusivo e o risco de tumores do sistema nervoso central ou tumores sólidos. | ||
🟦 A tabela detalha as características de base da população estudada e a duração do aleitamento materno exclusivo: | ||
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A investigação também discute como o aleitamento materno pode influenciar a formação do microbioma intestinal do bebê e o desenvolvimento do sistema imunológico, potencialmente oferecendo proteção contra a LLA do precursor B. Este subtipo de LLA está frequentemente associado a respostas imunológicas aberrantes a estímulos infecciosos, sugerindo que uma microbiota intestinal rica e não perturbada pode proteger contra o desenvolvimento da doença. | ||
Além disso, o estudo enfatiza a importância de compreender melhor os mecanismos biológicos por trás da associação observada entre o aleitamento materno e o risco de câncer infantil, para informar futuras intervenções preventivas. Apesar de algumas limitações, como a ausência de informações sobre o aleitamento materno para todas as crianças nascidas na Dinamarca durante o período do estudo, e a potencial classificação errônea da duração do aleitamento materno exclusivo, os resultados oferecem evidências significativas que sustentam a associação entre o aleitamento materno prolongado e a redução do risco de LLA em crianças. | ||
🟦 Na tabela a seguir, é possível observar como a duração da amamentação exclusiva está associada ao risco de diferentes tipos de câncer infantil, detalhando os coeficientes de risco (Hazard Ratios) por grupos de câncer e diagnósticos específicos: | ||
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Este estudo acrescenta uma camada crucial de entendimento à complexa relação entre nutrição infantil e risco de câncer, ressaltando o papel potencial do aleitamento materno exclusivo na prevenção do câncer infantil. Publicações como essa são essenciais para impulsionar futuras pesquisas e orientar políticas de saúde pública visando a saúde e o bem-estar das crianças. | ||
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Para mais detalhes sobre os resultados deste estudo, disponibilizamos aqui, o link de acesso a pesquisa na íntegra. | ||
🔹OBESIDADE | ||
A Dinâmica entre Risco Genético e Atividade Física na Prevenção da Obesidade | ||
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Um estudo intitulado Physical Activity and Incident Obesity Across the Spectrum of Genetic Risk for Obesity, publicado na JAMA Network Open em 27 de março de 2024 apresenta descobertas significativas sobre a interação entre atividade física, genética e o risco de obesidade. A pesquisa utilizou dados longitudinais de monitoramento de atividade e sequenciamento genômico do programa "All of Us Research Program" para explorar como o risco genético e a atividade física diária interagem no contexto do desenvolvimento da obesidade. | ||
💡As principais descobertas do estudo incluem: | ||
1. Impacto da Atividade Física no Risco Genético de Obesidade: O estudo confirma que a atividade física pode mitigar o risco genético de obesidade. Foi observado que, à medida que o risco genético aumenta, a quantidade de passos diários necessários para diminuir o risco de obesidade também aumenta. Isso sugere que a atividade física tem o potencial de neutralizar, até certo ponto, a predisposição genética para a obesidade. | ||
2. Personalização das Recomendações de Atividade Física: Uma das implicações mais importantes do estudo é a possibilidade de personalizar as recomendações de atividade física com base no perfil genético do indivíduo. Por exemplo, pessoas com maior risco genético de obesidade (no percentil 75 de risco genético) precisariam de uma média de 2280 passos adicionais por dia, em comparação com aquelas no percentil 50 do risco genético, para alcançar um risco comparável de obesidade. | ||
🟦 O gráfico a seguir ilustra o risco de desenvolvimento de obesidade modelado pela média do número de passos diários e pela pontuação de risco poligênico (PRS), demonstrando a relação entre atividade física, predisposição genética e a incidência de obesidade: | ||
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3. Limitações na Generalização dos Resultados: O estudo também destaca suas limitações, incluindo a falta de diversidade na amostra, pois incluiu apenas indivíduos de ascendência europeia. Além disso, a pesquisa foi conduzida com participantes que já possuíam dispositivos de rastreamento de fitness e concordaram em vincular seus dados de atividade ao conjunto de dados do programa "All of Us", o que pode não ser representativo da população em geral. | ||
4. Implicações para Saúde Pública e Clínica: As descobertas têm implicações significativas para a saúde pública e a prática clínica, sugerindo que integrar informações genéticas nas recomendações de atividade física pode oferecer uma estratégia inovadora para abordar a epidemia de obesidade. Isso abre caminho para recomendações de exercícios personalizadas, potencialmente mais eficazes na prevenção da obesidade. | ||
5. Futuras Direções de Pesquisa: O estudo ressalta a necessidade de ensaios prospectivos para investigar o impacto da personalização das recomendações de passos diários com base no risco genético nos resultados de doenças crônicas. Além disso, enfatiza a importância de validar essas descobertas em populações mais diversas e de explorar outros fatores genéticos e não genéticos que contribuem para o risco de obesidade. | ||
🟦 O gráfico a seguir apresenta a análise do risco de obesidade incidente com base na média de passos diários e no percentil da Pontuação de Risco Poligênico (PRS), estratificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC) de base, evidenciando como a interação entre atividade física e predisposição genética pode variar conforme o peso inicial do indivíduo: | ||
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Este estudo, portanto, fornece evidências de que a atividade física pode ser uma ferramenta crucial para combater a obesidade, mesmo entre aqueles com alto risco genético. Ao mesmo tempo, destaca a necessidade de abordagens personalizadas na formulação de diretrizes de atividade física, levando em consideração o background genético individual, para maximizar a eficácia na prevenção da obesidade. | ||
Para mais detalhes sobre esse estudo, acesse aqui a pesquisa na íntegra! | ||
🔹CARREIRA MÉDICA | ||
4 passos para Liderança Focada na Saúde e Bem-Estar no Ambiente Médico | ||
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Na busca constante pela excelência nos cuidados de saúde, um aspecto crucial muitas vezes negligenciado é o bem-estar dos médicos. Reconhecendo essa lacuna crítica, a American Medical Association (AMA) destaca a importância de uma liderança centrada no bem-estar no ambiente de saúde. | ||
A cultura organizacional, as estratégias de alto nível, os modelos de compensação, os benefícios, a eficiência do ambiente de prática e o impacto do Registro Eletrônico de Saúde (EHR) são fatores reconhecidos por contribuir para o esgotamento profissional dos médicos. No entanto, emerge um consenso de que o comportamento do líder imediato de um médico desempenha o papel mais significativo na satisfação profissional, sublinhando a importância de uma liderança que priorize o bem-estar. | ||
A liderança centrada no bem-estar é vista como um pilar para influenciar positivamente a cultura organizacional, um motor poderoso para o bem-estar dos médicos. Estabelecer uma cultura que valorize o bem-estar é um passo essencial para alcançar o objetivo quádruplo da assistência à saúde e restaurar a satisfação com a medicina. Dentro desse contexto, o desenvolvimento de lideranças surge como um requisito chave no Programa de Reconhecimento do Sistema de Saúde Joy in Medicine™ da AMA, um exemplo de programa, que visa empoderar os sistemas de saúde a reduzir o esgotamento profissional e promover o bem-estar, assegurando que tanto os médicos quanto seus pacientes possam prosperar. | ||
Segundo a publicação original, abordar o esgotamento dos médicos é um componente crítico do Plano de Recuperação da AMA para os Médicos Americanos, uma resposta ao alarmante número de médicos americanos que enfrentam o esgotamento profissional. A AMA desenvolve recursos focados no bem-estar e sugere mudanças no fluxo de trabalho para que os médicos possam se concentrar no que realmente importa: o cuidado com o paciente. | ||
Os líderes médicos são incentivados a seguir estratégias-chave para criar uma cultura de bem-estar, conforme descrito no playbook da AMA STEPS Forward® sobre liderança centrada no bem-estar. Algumas dessas estratégias incluem: | ||
1. Construir confiança entre médicos e administradores: Frequentemente, os médicos sentem que os administradores os veem como trabalhadores de linha de produção, sem entender os desafios enfrentados no cuidado aos pacientes. Construir confiança é fundamental para aliviar as tensões e reduzir os fatores que levam ao esgotamento. | ||
2. Dar e receber feedback dos médicos: O feedback é crucial para promover um ambiente de confiança, característico das organizações de alto desempenho. Líderes precisam fornecer feedback aos médicos e também recebê-lo, aprendendo a coletar e entregar eficazmente esse feedback. | ||
3. Priorizar o bem-estar dos médicos: É necessário que as organizações de saúde priorizarem o bem-estar dos médicos, o que, por sua vez, levará a um atendimento ao paciente mais seguro, melhor e mais compassivo. Priorizar o bem-estar dos médicos também reduzirá os custos totais de cuidado das organizações de saúde. | ||
4. Fazer mudanças significativas e duradouras no bem-estar: Com a nomeação de um diretor de bem-estar, a priorização do bem-estar dos médicos e o entendimento de que as mudanças vão além das palavras, é crucial implementar mudanças significativas e sustentáveis em cada unidade de trabalho. | ||
As ferramentas e playbooks de acesso aberto STEPS Forward® da AMA oferecem estratégias inovadoras que permitem aos médicos e suas equipes prosperar no novo ambiente de saúde. Estes recursos são projetados para prevenir o esgotamento dos médicos, criar a fundação organizacional para a alegria na medicina e melhorar a eficiência da prática. Ao abraçar essas estratégias, o setor de saúde pode não apenas melhorar o bem-estar dos médicos, mas também avançar significativamente na qualidade e na humanização dos cuidados prestados aos pacientes. | ||
🌟🧑🏻⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
📢 Cursos on-line gratuitos: Ministério da Saúde plataforma AvaSUS. | ||
Essa oferta educacional é fruto de uma colaboração entre o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira – Hospital Albert Einstein, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). | ||
Voltados especificamente para profissionais da saúde, os cursos têm como principal objetivo qualificar, atualizar e promover o desenvolvimento de competências essenciais na área de vigilância epidemiológica, especialmente no que se refere a doenças de grande impacto na saúde pública como HIV, aids, sífilis, hepatites virais e tuberculose. | ||
📝 Detalhes do Curso | ||
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Acesso aos Cursos | ||
Profissionais interessados podem acessar os cursos através da plataforma AvaSUS, uma iniciativa que reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a educação continuada em saúde e com a melhoria das práticas de vigilância epidemiológica no país. | ||
Estes cursos representam uma excelente oportunidade para profissionais da saúde expandirem seus conhecimentos e habilidades, contribuindo para uma resposta mais eficaz às emergências de saúde pública. A participação nestes cursos é uma chance para aqueles que buscam se destacar no campo da saúde, enfrentando com competência os desafios epidemiológicos contemporâneos. | ||
Referência: | ||
Ministério da Saúde. (2024, Março). Saúde lança cursos sobre vigilância epidemiológica de HIV, aids, sífilis, hepatites virais e tuberculose. Governo do Brasil. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/marco/saude-lanca-cursos-sobre-vigilancia-epidemiologica-de-hiv-aids-sifilis-hepatites-virais-e-tuberculose | ||
😉💙 | ||
📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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Destacamos a obra transformadora de Simon Sinek, "Comece pelo Porquê: Como Grandes Líderes Inspiram Pessoas e Equipes a Agir". Este livro não é apenas uma leitura obrigatória para aqueles que buscam inovação, admiração e lucratividade em suas carreiras e organizações, mas também serve como um farol para quem deseja despertar uma lealdade de clientes e funcionários. Simon Sinek mergulha no poder do "Porquê", o propósito que inspira indivíduos e equipes a superarem seus limites em nome de uma causa maior. Com histórias cativantes de figuras emblemáticas como Martin Luther King, Steve Jobs e os irmãos Wright, Sinek apresenta um modelo revolucionário que demonstra como líderes influentes pensam, agem e comunicam. Este livro é um convite para repensar como lideramos e inspiramos, começando sempre pelo porquê. | ||
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