Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1
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Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1

Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1; Oportunidades Médicas; Biomarcador Avança Diagnóstico de Parkinson; Saúde Intestinal e Câncer; Escuta Ativa; O poder de delegar.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1;

📢Talent - Oportunidades Médicas;

💙Biomarcador Promissor Avança Diagnóstico de Parkinson;

💙Saúde Intestinal e Câncer;

🎓 Escuta Ativa;

📚 O poder de delegar.


"Quando encontrar seus métodos mais efetivos, a educação será quase totalmente dedicada à tarefa de estabelecer e manter uma melhor forma de vida." - B. F. Skinner

Considerado um dos maiores psicólogos do século XX, B. F. Skinner dedicou sua carreira a entender como o comportamento humano pode ser moldado por meio do ambiente e da aprendizagem. Para ele, a educação não deveria se limitar à transmissão de conteúdos, mas deveria ser um processo de transformação prática da vida cotidiana.

Aprender, segundo Skinner, é encontrar métodos que nos permitam viver de forma mais eficiente, equilibrada e consciente. Ao refletirmos sobre essa ideia, percebemos que a busca pelo conhecimento ganha seu verdadeiro valor quando se traduz em ações que constroem uma vida melhor — para nós e para aqueles ao nosso redor.

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Desejamos a você um ótimo domingo!

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🔹FARMACOLOGIA

Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1

Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1
Anvisa determina retenção de receita para medicamentos à base de GLP-1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta quarta-feira (24), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 360, que inclui os medicamentos análogos de GLP-1 — como Ozempic, Wegovy, Saxenda e Mounjaro — na lista de fármacos que exigem retenção da prescrição médica nas farmácias de todo o Brasil. A nova regra entra em vigor em 60 dias.

Com a medida, farmácias e drogarias passam a ser obrigadas a reter uma das vias da receita médica no momento da venda desses medicamentos, adotando um protocolo já aplicado, por exemplo, à venda de antibióticos.

A advogada Dra. Thamires Cappello, especialista em direito médico e da saúde, explica o que muda na prática:“Isso significa que esses medicamentos, além de serem medicamentos sob prescrição médica, que são tarja vermelha, isso eles já eram, eles sempre foram, passam agora a ser medicamentos sob prescrição médica, porém com retenção de prescrição nos pontos de venda. Então, contando de hoje, daqui a 60 dias, essa instrução normativa passa a ter vigência, obrigando a venda a ser condicionada à retenção dessa prescrição.”

A mudança é vista como um avanço no controle sanitário, especialmente diante do aumento da automedicação e do uso indiscriminado dessas substâncias para fins estéticos, sem orientação profissional.

“Portanto, no momento da venda, o farmacêutico, além de verificar a prescrição, para fazer a dispensação e venda desse medicamento, terá que fazer a retenção de uma das vias, assim como já acontece com medicamentos como os antibióticos, por exemplo. Isso é um grande marco para a Anvisa, do ponto de vista regulatório, para trazer um maior controle na venda desses medicamentos, que estavam sendo vendidos, em sua grande maioria, de forma indiscriminada e sem a prescrição médica, o que já era, por si só, algo irregular.” — explica Dra. Thamires.

A advogada reforça que a medida também cumpre um papel educativo, alertando a população sobre os riscos do uso sem acompanhamento: “Com isso, agora teremos maior controle de quem, de fato, utiliza esse medicamento, ensinando, inclusive, a população, de que esse medicamento deve ser tomado apenas com acompanhamento médico. Então, a partir de agora, a Anvisa tem maior controle, as farmácias também possuem maior rigidez nessa venda, trazendo aí uma maior segurança para a população brasileira.”

“A decisão da Anvisa representa um avanço regulatório importante, pois reforça a responsabilidade compartilhada entre médicos, farmacêuticos e pacientes na utilização segura dos análogos de GLP-1. A retenção da receita não é apenas um controle burocrático — ela é um mecanismo de proteção à saúde pública. Como representantes da Academia Médica, entendemos que esse é um passo necessário para coibir práticas de automedicação e garantir que esses medicamentos sejam utilizados dentro dos protocolos clínicos corretos, com indicação precisa e acompanhamento contínuo. Medicina responsável se faz com ciência, ética e vigilância.” — Dr. Fernando Carbonieri, médico e presidente da Academia Médica.

O médico Danilo Matsunaga, especialista em reposição hormonal, também avalia positivamente a medida: “A retenção da receita para prescrição de Ozempic em 60 dias é uma medida necessária para combater o uso indiscriminado e a automedicação, que vêm crescendo de forma alarmante. Isso ajuda a garantir que o medicamento seja utilizado com indicação médica precisa, especialmente em pacientes com diabetes ou obesidade sob acompanhamento. Também protege os pacientes dos riscos de efeitos colaterais graves e do uso estético não supervisionado. Como médico, vejo isso como uma forma de valorizar a conduta ética e a segurança do paciente. Afinal, saúde não se improvisa — se trata com responsabilidade.”

A expectativa é de que a nova regulamentação reduza os índices de uso indevido e contribua para uma relação mais consciente e segura com medicamentos de uso controlado.


🔹NEUROLOGIA

Biomarcador Promissor Avança Diagnóstico de Parkinson

Biomarcador Promissor Avança Diagnóstico de Parkinson
Biomarcador Promissor Avança Diagnóstico de Parkinson

O diagnóstico do Parkinson pode estar prestes a passar por uma revolução. Pesquisadores do Centro de Diagnóstico Proteico (PRODI) da Ruhr University Bochum, na Alemanha, em colaboração com a empresa de biotecnologia betaSENSE GmbH, anunciaram a descoberta de um novo biomarcador em fluido corporal que possibilita o diagnóstico da doença de Parkinson em seus estágios iniciais, muito antes da manifestação de sintomas motores graves e da ocorrência de danos irreversíveis no cérebro.

Publicado em 25 de abril de 2025 no periódico EMBO Molecular Medicine, o estudo abre novas perspectivas tanto para o diagnóstico precoce quanto para o monitoramento da progressão da doença e a avaliação da eficácia de terapias emergentes.

A doença de Parkinson é caracterizada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos, resultando em sintomas como rigidez muscular, tremores e lentidão de movimentos. No entanto, esses sinais clínicos surgem apenas quando o dano cerebral já é significativo.

Um fator crucial no desenvolvimento da doença é a misfolding (dobra anormal) da proteína α-sinucleína (αSyn). Sob condições patológicas, a αSyn muda sua conformação de uma estrutura α-helicoidal para uma configuração rica em folhas-β, tornando-se "pegajosa". Essa alteração favorece a formação de oligômeros tóxicos, que evoluem para fibrilas e, posteriormente, para os grandes agregados conhecidos como corpos de Lewy, típicos da neuropatologia do Parkinson.

Professor Klaus Gerwert, diretor fundador do PRODI e CEO da betaSENSE, explica:

"Essas dobras incorretas tornam a proteína pegajosa, levando à formação de complexos maiores que provocam a agregação em corpos de Lewy no cérebro."

Diagnóstico com alta sensibilidade e especificidade

Utilizando amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes dos centros de Parkinson em Bochum (Hospital St. Josef, Professores Lars Tönges e Ralf Gold) e em Kassel (Paracelsus-Elena-Klinik, Dr. Sandrina Weber e Professora Brit Mollenhauer), a equipe de pesquisa demonstrou que a detecção da misfolding da αSyn oferece:

  • Sensibilidade acima de 90%
  • Especificidade acima de 90%

Esses números indicam uma precisão diagnóstica extremamente elevada, capaz de diferenciar pacientes com Parkinson de indivíduos saudáveis ou portadores de outras doenças neurológicas que podem ter sintomas semelhantes.

A identificação da proteína αSyn mal dobrada foi realizada utilizando a tecnologia patenteada de imunossensor infravermelho (iRS) da betaSENSE GmbH.

Essa plataforma tecnológica já havia sido aplicada com sucesso na detecção precoce da doença de Alzheimer, onde a misfolding do biomarcador Aβ (beta-amiloide) podia indicar o risco de demência com até 17 anos de antecedência em relação ao diagnóstico clínico.

Segundo Gerwert:

"Transferimos agora essa abordagem para a doença de Parkinson, focando na detecção da misfolding da α-sinucleína."

Além do valor diagnóstico, a nova tecnologia tem potencial para transformar a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Em estudos clínicos, será possível:

  • Avaliar se novas moléculas terapêuticas realmente afetam a conformação da αSyn, retardando ou interrompendo a progressão da doença.
  • Medir objetivamente o impacto das terapias nas fases iniciais, algo fundamental para validar novas opções de tratamento.

O diagnóstico precoce do Parkinson ainda é um dos grandes desafios da neurologia moderna. A descoberta desse biomarcador, associada à tecnologia iRS, representa um avanço extraordinário, oferecendo esperança para intervenções mais precoces, tratamentos mais eficazes e melhor qualidade de vida para milhões de pessoas em todo o mundo.


🔹ONCOLOGIA

Saúde Intestinal e Câncer

Saúde Intestinal e Câncer
Saúde Intestinal e Câncer

Uma publicação da Nature do dia 23 de abril de 2025 revoluciona nossa compreensão sobre o envelhecimento, a saúde intestinal e o desenvolvimento de cânceres hematológicos. A pesquisa, liderada pelo Cincinnati Children’s Hospital Medical Center, revela como alterações na barreira intestinal com o passar dos anos podem alimentar a expansão de células sanguíneas pré-leucêmicas, elevando o risco de leucemia e, potencialmente, de outras doenças inflamatórias graves.

Com o envelhecimento, a integridade da mucosa intestinal diminui, permitindo que subprodutos bacterianos antes confinados ao intestino entrem na corrente sanguínea. Um desses subprodutos, identificado como a molécula de açúcar ADP-heptose, é produzido por bactérias gram-negativas que se tornam mais prevalentes na microbiota de idosos.

Quando a ADP-heptose alcança o sangue, ela atua como um potente sinalizador para a expansão de células sanguíneas mutantes — células que carregam alterações genéticas ligadas ao desenvolvimento da leucemia. Em especial, a pesquisa apontou que essa expansão anormal depende de um receptor celular específico, chamado ALPK1.

Além disso, o estudo traz uma inovação técnica: a criação do TIFAsome Assay, um novo teste de sangue capaz de detectar a presença da atividade da ADP-heptose na circulação, oferecendo uma ferramenta inédita para monitorar esse risco.

Os cientistas conectaram essa descoberta a uma condição pouco conhecida, mas altamente relevante: a Clonal Hematopoiesis of Indeterminate Potential (CHIP). Presente em cerca de 10% a 20% dos adultos acima dos 70 anos, o CHIP envolve mutações clonais em células sanguíneas que aumentam o risco não só de leucemia, mas também de doenças cardiovasculares, AVC, artrite reumatoide, gota e osteoporose.

A equipe de pesquisa desenvolveu modelos murinos (camundongos) que mimetizam o CHIP humano. Ao expô-los à ADP-heptose, observaram um crescimento acentuado das células pré-leucêmicas, demonstrando um "tempestade perfeita" de fatores de risco: permeabilidade intestinal aumentada, exposição a subprodutos bacterianos tóxicos e mutações hematológicas pré-existentes.

Embora ainda não exista um inibidor farmacológico para o receptor ALPK1, o grupo de Cincinnati encontrou um caminho promissor: a inibição da enzima UBE2N. Tratamentos experimentais com inibidores de UBE2N conseguiram reduzir significativamente a expansão das células pré-leucêmicas mesmo na presença da ADP-heptose.

Essa descoberta abre perspectivas para o desenvolvimento de terapias capazes de bloquear a progressão do CHIP para doenças hematológicas mais graves — e, potencialmente, também para prevenir outras doenças relacionadas à inflamação e ao envelhecimento.

Embora medicamentos baseados nessas descobertas possam levar anos para se tornarem realidade clínica, a mensagem do estudo é clara: cuidar da saúde intestinal é crucial, especialmente com o avançar da idade.

Os pesquisadores sugerem que intervenções dietéticas, o uso de prebióticos e probióticos, e estratégias para preservar a integridade da barreira intestinal poderão ser formas importantes de reduzir o risco associado ao CHIP e à expansão de células pré-cancerígenas. No entanto, ainda não se sabe exatamente quais mudanças alimentares ou quais cepas de probióticos seriam mais eficazes nesse contexto específico.

O estudo liderado por Daniel Starczynowski, PhD, e Puneet Agarwal, PhD, reforça uma ideia emergente na medicina: o microbioma intestinal atua como um verdadeiro "gatekeeper" da saúde sistêmica. Alterações silenciosas na microbiota, antes negligenciadas, podem ter efeitos profundos no risco de câncer, doenças cardiovasculares e outras condições inflamatórias associadas à idade.

Com mais de 10 milhões de adultos possivelmente afetados pelo CHIP sem saber, as implicações de preservar a saúde intestinal são enormes — não apenas para a oncologia, mas para todo o campo da medicina preventiva.


🌟🧑🏻‍⚕️Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓Escuta Ativa

Ao contrário do que muitos pensam, escutar ativamente não é apenas permanecer em silêncio enquanto o outro fala. Trata-se de um processo consciente e estruturado, no qual o ouvinte se dedica integralmente a compreender não apenas as palavras ditas, mas também as emoções, intenções e necessidades subjacentes.

Na maioria das interações cotidianas, as pessoas ouvem para responder e não para entender. Durante uma conversa, é comum que a mente antecipe julgamentos, formule respostas ou procure soluções imediatas - comportamentos que bloqueiam a conexão genuína e enfraquecem a confiança.

A escuta ativa exige outro caminho: suspender o desejo de interromper, postergar julgamentos e oferecer atenção plena ao que está sendo dito. Isso envolve técnicas simples, mas profundas, como manter o contato visual, demonstrar interesse com gestos e expressões, fazer perguntas que ampliem o entendimento e resumir o que foi ouvido para confirmar a compreensão.

No dia a dia essa habilidade impacta diretamente a qualidade das relações de trabalho, a resolução de conflitos, a liderança e até mesmo a inovação. Equipes que praticam escuta ativa tendem a criar ambientes mais colaborativos, onde diferentes perspectivas são respeitadas e as soluções surgem de maneira mais criativa e eficaz.

Desenvolver a escuta ativa não é uma tarefa automática. Requer autoconhecimento, paciência e prática constante. É preciso treinar a atenção consciente para o momento presente e cultivar uma postura genuinamente curiosa sobre o que o outro está tentando expressar - mesmo que isso vá além das palavras.

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Direção

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  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
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