Medicamentos Injetáveis para Perda de Peso; Design Thinking na Governança Clínica; Células Tumorais Isoladas e Câncer de Endométrio; Design de Serviços na Tomada de Decisão; 📚 Os primeiros 90 dias.
🔔Destaques desta edição: | ||
⚕️ Medicamentos Injetáveis para Perda de Peso; | ||
⚕️ Design Thinking na Governança Clínica; | ||
⚕️ Células Tumorais Isoladas e Câncer de Endométrio; | ||
🎓Design de Serviços na Tomada de Decisão Eficiente; | ||
📚 Os primeiros 90 dias. | ||
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Tim Brown é um nome influente no mundo do design e da inovação. Autor de "Change by Design: How Design Thinking Transforms Organizations and Inspires Innovation", Brown é amplamente reconhecido por promover o design thinking como uma metodologia que pode transformar organizações e sociedades. | ||
Em sua citação, Brown destaca a importância intrínseca do otimismo, da confiança e da confiança nas dinâmicas humanas e organizacionais. Ela encapsula uma verdade fundamental sobre o tecido das relações humanas e profissionais. | ||
Ao examinar essa ideia, nos deparamos com a interdependência dessas qualidades e como elas formam a espinha dorsal de qualquer empreendimento bem-sucedido. O otimismo não é apenas um sentimento de esperança pelo futuro, mas um reflexo da confiança que depositamos em nós mesmos e nos outros. | ||
Essa confiança, por sua vez, nasce da convicção na confiabilidade e na integridade das pessoas e dos sistemas ao nosso redor. Ao enfatizar que a confiança flui em ambas as direções, Brown nos lembra que a confiança não é um cheque em branco entregue sem expectativa de reciprocidade; ela é, ao contrário, um diálogo contínuo, uma troca que sustenta a colaboração e a inovação. | ||
No contexto atual, marcado por rápidas mudanças e incertezas, a mensagem de Brown é tanto um lembrete quanto um chamado à ação. Para líderes e inovadores, a construção de um ambiente que nutre o otimismo e a confiança começa com a promoção de uma cultura de transparência e responsabilidade mútua. Isso implica não apenas em estabelecer expectativas claras, mas também em demonstrar, através de ações, a confiança depositada nos membros da equipe e nas capacidades coletivas. | ||
Na prática, essa abordagem cria um ciclo virtuoso, onde o otimismo alimentado pela confiança gera mais confiança, fortalecendo a resiliência organizacional e a capacidade de enfrentar desafios de maneira criativa e eficaz. Portanto, como líderes, colaboradores ou simplesmente como membros de uma comunidade, o convite de Brown é para refletirmos sobre como estamos construindo e nutrindo esses pilares em nossas relações. | ||
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Um ótimo dia! | ||
Aproveite o conteúdo que preparamos para você! | ||
Boa Leitura! | ||
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🔹OBESIDADE | ||
Medicamentos Injetáveis para Perda de Peso | ||
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Medicamentos injetáveis para perda de peso têm se mostrado uma alternativa promissora para indivíduos lutando contra a obesidade e condições relacionadas, conforme afirma um artigo publicado em JAMA Internal Medicine, em 11 de março de 2024. Este artigo visa elucidar aspectos cruciais sobre essas medicações, destacando suas funções, modo de uso, benefícios, efeitos colaterais, além de fornecer orientações para potenciais usuários. | ||
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Milhões de pessoas sofrem com problemas de saúde decorrentes do excesso de peso, incluindo diabetes, hipertensão arterial e doenças cardíacas. Interessantemente, uma redução de apenas 5% a 10% no peso corporal pode significativamente melhorar a saúde. Embora a perda de peso seja viável através de uma alimentação saudável e atividade física regular, muitos indivíduos enfrentam dificuldades em perder peso e mantê-lo através desses métodos isoladamente. Neste contexto, as medicações para perda de peso apresentam-se como uma opção eficaz. | ||
Medicamentos injetáveis como liraglutida, semaglutida e tirzepatida atuam no cérebro e no intestino para diminuir a fome e os desejos alimentares, oferecendo uma nova esperança para pessoas com obesidade e para aqueles que não conseguiram alcançar seus objetivos de perda de peso através de dieta e exercício. Estas são administradas por injeção subcutânea no abdômen, coxa ou parte superior do braço, com opções de dosagem diária ou semanal. Recomenda-se o uso a longo prazo das medicações, uma vez que a interrupção pode levar à recuperação do peso. | ||
Os benefícios dessas medicações são significativos, promovendo uma perda de peso média de 8% a 15% dentro de 12 a 18 meses de início do tratamento, além de auxiliar no tratamento de problemas de saúde, como o diabetes tipo 2. Contudo, os usuários podem experimentar efeitos colaterais, como náuseas, inchaço, diarreia e constipação, principalmente no início do tratamento e com o aumento das doses. Esses efeitos tendem a diminuir com o tempo e cessam com a interrupção da medicação. É importante iniciar o tratamento com doses baixas, aumentá-las gradualmente e consumir pequenas refeições para minimizar os efeitos adversos. | ||
A decisão de iniciar uma medicação injetável para perda de peso deve considerar vários fatores, incluindo peso, histórico médico, preferência pessoal e custo da medicação. É crucial consultar um profissional de saúde antes de começar o tratamento. Adverte-se contra o uso de versões não regulamentadas dessas medicações, devido à incerteza quanto à sua segurança. | ||
🔹DESIGN THINKING | ||
Design Thinking na Governança Clínica | ||
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No contexto contemporâneo da saúde, a importância de se implementar práticas robustas de governança clínica e cuidados é indiscutivelmente fundamental para assegurar a qualidade e a segurança nos serviços prestados. Vinicius Ferreira de Castro, Claudia Regina Grandi, José Antonio Maluf de Carvalho e Fernando Carbonieri, em seu Working Paper de março de 2024, aprofundam-se nesta temática, ressaltando que uma gestão eficaz não se restringe apenas à organização e administração dos serviços de saúde. | ||
Essa abordagem compreende também a promoção de uma cultura de melhoria contínua, o uso eficiente dos recursos, a minimização dos riscos associados aos cuidados de saúde, e o estímulo à excelência entre os profissionais. O conjunto dessas práticas e princípios é projetado para se adaptar às necessidades específicas de cada sistema de saúde, enfatizando a riqueza de modelos e estratégias existentes para atingir esses objetivos essenciais. | ||
As dimensões da governança clínica e do cuidado são múltiplas e interconectadas, abrangendo desde a melhoria da qualidade e segurança do paciente até a eficiência dos recursos, responsabilidade, desenvolvimento profissional, e envolvimento dos pacientes. A implementação eficaz dessas práticas requer uma visão holística e integrada, englobando todos os níveis de uma organização de saúde e promovendo uma colaboração estreita entre médicos, equipes multiprofissionais, e pacientes. | ||
Para enfrentar esses desafios, o Design Thinking apresenta-se como uma metodologia inovadora e centrada no ser humano, capaz de revitalizar a implementação de práticas de governança clínica e do cuidado. Através da imersão nas experiências dos usuários — sejam eles pacientes, profissionais de saúde ou administradores —, esta abordagem promove a identificação precisa de desafios e oportunidades, fomentando a criação de soluções criativas, adaptáveis e eficazes. | ||
O processo de Design Thinking, ao ser aplicado à governança clínica, incentiva a definição criativa de problemas, a geração de ideias inovadoras, a prototipagem rápida e o teste de soluções, além de uma implementação colaborativa que valoriza o feedback contínuo dos usuários. Esse ciclo iterativo de aprendizado e aprimoramento permite a adaptação ágil às necessidades em evolução do sistema de saúde, garantindo soluções que são não apenas eficazes mas também profundamente alinhadas com as experiências e expectativas dos pacientes e profissionais. | ||
Além disso, a integração dos princípios de Design Thinking na governança clínica e do cuidado destaca a importância da colaboração interdisciplinar, onde a diversidade de perspectivas e conhecimentos contribui para uma formulação rica e multifacetada de políticas de saúde. Esta abordagem criativa e inovadora não só estimula a busca por soluções originais para os desafios enfrentados, mas também promove uma cultura de aprendizado contínuo e melhoria sistemática, essencial para a evolução e sustentabilidade dos sistemas de saúde. | ||
Portanto, a proposta de um constructo teórico que alia a governança clínica aos princípios do Design Thinking revela-se não apenas inovadora, mas também profundamente necessária no contexto atual. Ao focar nos pacientes, fomentar a colaboração interdisciplinar, e encorajar a criatividade e o aprendizado contínuo, as organizações de saúde podem desenvolver e implementar práticas de cuidado que são não apenas de alta qualidade e seguras mas também sustentáveis e adaptáveis às mudanças contínuas no panorama da saúde. | ||
Essa abordagem representa um avanço significativo na forma como concebemos e implementamos a governança clínica e do cuidado, oferecendo um caminho promissor para a transformação dos sistemas de saúde de modo a atender melhor às necessidades dos pacientes e profissionais, garantindo, simultaneamente, a sustentabilidade e eficiência dos serviços prestados. | ||
Para ilustrar concretamente a integração do Design Thinking na Governança Clínica e demonstrar como esses princípios podem ser efetivamente integrados na prática, os autores desenvolveram a Figura abaixo. Ela oferece uma representação visual detalhada dos conceitos discutidos, facilitando a compreensão de sua aplicabilidade prática no contexto da saúde. Ela destaca os fundamentos do modelo proposto, sublinhando a interação essencial entre o foco centrado nos pacientes, a colaboração interdisciplinar, a criatividade e a inovação, bem como o aprendizado contínuo e sistemático. Essa abordagem multidimensional não só fortalece a efetividade clínica como também assegura a sustentabilidade do sistema de saúde, permitindo uma adaptação ágil às necessidades que constantemente evoluem dos envolvidos no processo de cuidado. | ||
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Este gráfico não apenas sintetiza as discussões propostas, mas também serve como um guia prático para a implementação dos princípios do Design Thinking na melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde. | ||
Para aqueles interessados em explorar mais profundamente os insights e propostas dos autores, clique aqui e baixe o artigo completo. | ||
🔹ONCOLOGIA | ||
Células Tumorais Isoladas em Casos de Câncer de Endométrio | ||
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O estudo publicado no JAMA Network Open em 18 de março de 2024, apresenta descobertas importantes sobre a presença de células tumorais isoladas (ITCs, do inglês "Isolated Tumor Cells") em pacientes com câncer de endométrio. Esta pesquisa se destaca por explorar as características clínico-patológicas e os desfechos oncológicos associados às ITCs em uma ampla população nacional, lançando luz sobre o significado prognóstico e as implicações terapêuticas dessas células em um contexto de câncer que representava o quarto câncer mais comum entre mulheres nos Estados Unidos em 2023. | ||
As ITCs são definidas como um pequeno agrupamento de células cancerígenas, com diâmetro não superior a 0.2 mm ou contendo até 200 células, encontradas nos linfonodos regionais. A importância dessas células no câncer de endométrio é relativamente nova, com estudos prévios limitados por tamanhos modestos de amostra e curtos períodos de acompanhamento. Essa limitação tem levado a uma lacuna de conhecimento sobre a sua real significância prognóstica, apesar de uma tendência entre os profissionais de saúde nos Estados Unidos de oferecer terapia adjuvante para pacientes com ITCs identificadas, mesmo naqueles com um risco baixo de recorrência. | ||
Dentre as descobertas chave da pesquisa, destaca-se que as ITCs estavam associadas a outras características tumorais e fatores patológicos ligados à metástase nodal. Além disso, pacientes com ITCs eram mais propensos a receber terapia adjuvante. A análise revelou que, em nível de coorte, as ITCs não estavam estatisticamente associadas a uma sobrevida global de curto prazo. Contudo, de forma notável, pacientes com câncer de endométrio de baixo risco portadores de ITCs apresentaram melhora na sobrevida de curto prazo quando submetidos à terapia adjuvante. | ||
Os dados também indicam que as ITCs são raras, sendo identificadas em apenas 1 em cada 38 pacientes com câncer de endométrio teoricamente classificados sem metástase linfonodal. Entretanto, a incidência de ITCs aumenta significativamente na presença de fatores patológicos de alto risco, como invasão miometrial profunda e citologia peritoneal maligna. Isso sugere que as ITCs podem ser um indicativo precoce de disseminação e metástase tumoral. | ||
Interessantemente, o estudo apontou um aumento na identificação de ITCs ao longo do período analisado, refletindo possivelmente um uso crescente da biópsia de linfonodo sentinela no manejo do câncer de endométrio nos Estados Unidos. Esse aumento pode ser atribuído à ultrastagificação, que tem maior probabilidade de identificar ITCs. | ||
No entanto, o estudo enfrenta limitações, incluindo a falta de detalhes sobre as ITCs, como o número de focos e a localização anatômica, além da ausência de dados sobre fatores patológicos específicos e informações de recorrência e causa de morte. Essas limitações ressaltam a necessidade de pesquisas futuras com amostras maiores e seguimento de longo prazo. | ||
Em conclusão, este estudo sugere que a associação das ITCs com a sobrevida em pacientes com câncer de endométrio é modesta, requerendo uma interpretação cautelosa diante de outros fatores patológicos. A decisão sobre a terapia adjuvante para pacientes de baixo risco com ITCs exige uma discussão equilibrada sobre riscos e benefícios, destacando a importância de uma tomada de decisão compartilhada até que mais dados estejam disponíveis. Este trabalho fornece uma contribuição valiosa para o campo da oncologia ginecológica, evidenciando a necessidade de investigações adicionais sobre o papel das ITCs e o uso de terapia adjuvante no câncer de endométrio. | ||
Para aprofundar o seu conhecimento nas descobertas deste estudo, disponibilizamos aqui o link de acesso a pesquisa na íntegra. | ||
🌟🧑🏻⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻⚕️🌟 | ||
📢 A Força do Design de Serviços na Tomada de Decisão Eficiente | ||
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O Design de Serviços, evoluindo do pensamento de Design Thinking, eleva as pessoas ao papel principal de seus processos, visando desenvolver soluções não apenas adequadas às suas necessidades mas também acessíveis, simples e atrativas. Esse foco é particularmente vital na saúde, um campo definido pela sua natureza humana, onde cada serviço e interação pode afetar diretamente o bem-estar dos pacientes. Como poderíamos então moldar serviços que verdadeiramente ressoem com as necessidades dos usuários, ao mesmo tempo garantindo eficácia e eficiência? | ||
Confrontados diariamente com o desafio da tomada de decisão, um processo naturalmente complexo, nos deparamos com barreiras que podem distorcer a clareza de nossas escolhas. É aqui que a economia comportamental, iluminada pelos estudos de figuras emblemáticas como Richard Thaler e Daniel Kahneman, se revela uma aliada, ao desvendar como vieses cognitivos influenciam nossas decisões. Compreendendo e mitigando esses vieses, abrimos caminho para decisões mais assertivas e alinhadas com nossos objetivos. Mas como aplicar efetivamente esses conhecimentos no cotidiano das organizações e na prática médica? | ||
Ao integrar o Design de Serviços ao processo de tomada de decisão, adotamos uma abordagem que honra a centralidade do usuário enquanto se beneficia do entendimento aprofundado do comportamento humano proporcionado pela economia comportamental. Essa sinergia não somente enriquece a qualidade dos serviços oferecidos, mas também refina o processo decisório, assegurando que as decisões sejam baseadas em uma compreensão genuína das necessidades e comportamentos dos usuários. | ||
Como então podemos navegar por essas águas, aplicando tais insights de maneira prática e efetiva em nossas instituições e práticas? Convidamos você a se aprofundar nessa questão explorando o artigo completo de Claudia Grandi. Este convite não é apenas para a leitura, mas para a reflexão sobre como esses princípios podem ser incorporados em seu contexto específico, transformando não apenas os serviços prestados, mas também a maneira como as decisões são tomadas. | ||
Clique aqui e mergulhe nessa fascinante reflexão! | ||
"A proposta é clara: não apenas entender os fundamentos que regem nossas escolhas e serviços, mas também agir de forma a remodelar práticas estabelecidas para um futuro mais inovador e humano-centrado. A pergunta que fica é: estamos prontos para essa transformação?" | ||
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📚🧠Triagem Literária🧠📚 | ||
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Destacamos uma obra imprescindível para todos que estão vivenciando mudanças significativas em sua carreira: "Os Primeiros 90 Dias: Estratégias de Sucesso para Novos Líderes", de Michael Watkins. Este livro se tornou uma leitura fundamental para quem é promovido, inicia em uma nova empresa ou assume novos desafios profissionais, oferecendo uma estrutura robusta para navegar com êxito nos primeiros 90 dias de transição. Watkins, reconhecido internacionalmente por sua expertise em transição de liderança, oferece um guia prático e conciso, baseado na ideia de que a primeira impressão é crucial e abordando estratégias como a autopromoção, aceleração do aprendizado, alinhamento estratégico e o estabelecimento de parcerias chave. Tais abordagens são especialmente valiosas em tempos de mudança, garantindo que os líderes na medicina e áreas afins possam não apenas se adaptar, mas prosperar em novos ambientes. Com elogios de veículos como Forbes e Fastcompany, este clássico não só auxilia no sucesso imediato, como estabelece uma fundação sólida para lideranças futuras. Uma leitura obrigatória para quem deseja uma transição de carreira bem-sucedida e impactante. | ||
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