Manual de Combate à Dengue para Gestantes
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Manual de Combate à Dengue para Gestantes

Dengue e Gestantes; Sedentarismo e Mortalidade; Síndrome de Cushing; The Story of the Human Body; Oportunidades e Carreiras Médica.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙 Manual para o Combate à Dengue para Gestantes;

💙 Comportamento Sedentário e Mortalidade;

💙Síndrome de Cushing;

📚The Story of the Human Body;

🌟Oportunidades e Carreiras Médicas: Seu Próximo Passo Profissional


“Uma atitude saudável é contagiosa, mas não espere para pegá-la dos outros. Seja um portador. ” - Tom Stoppard

Na abertura de nossa newsletter desta segunda-feira, trazemos uma reflexão de Tom Stoppard, um renomado dramaturgo e roteirista inglês cuja obra transcende as barreiras do palco e da tela para tocar o cerne de nossa existência. Stoppard, célebre por suas contribuições notáveis ao teatro e ao cinema, como em "Shakespeare Apaixonado", "Brasil: O Filme" e "Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos", nos lembra da importância de sermos vetores de positividade em nosso ambiente.

À medida que avançamos por mais uma semana, que possamos ser os portadores dessa atitude saudável, espalhando otimismo e inspiração por onde passarmos. Que esta semana seja não apenas mais um período de trabalho e aprendizado, mas também um momento para cultivar e disseminar o bem-estar coletivo.

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Uma ótima semana!

Boa Leitura!

😉💙


🔹SAÚDE PÚBLICA

Manual para o Combate à Dengue em Gestantes e Puérperas

Manual para o Combate à Dengue em Gestantes e Puérperas
Manual para o Combate à Dengue em Gestantes e Puérperas

O Ministério da Saúde, em uma iniciativa conjunta com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), anunciou o lançamento do "Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério". Esta publicação representa um marco significativo no esforço para combater a dengue, especialmente entre as gestantes e puérperas, grupos identificados como de maior risco para desfechos adversos quando infectados pelo vírus.

O guia surge em resposta ao crescente número de casos de dengue no Brasil, que viu um alarmante aumento de 345,2% nos casos entre gestantes nas primeiras seis semanas de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa estatística sublinha a importância de uma abordagem focada e especializada no tratamento e prevenção da dengue neste grupo vulnerável.

Desenvolvido com base no manual "Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança" do próprio Ministério da Saúde, o novo manual destina-se a ser uma ferramenta essencial para profissionais de saúde. Ele oferece diretrizes detalhadas para a prevenção, diagnóstico e tratamento da dengue em gestantes e puérperas, visando minimizar os riscos associados à doença, como choque, hemorragias, complicações perinatais graves, e até mesmo a morte.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, expressou otimismo com o lançamento do guia, destacando seu potencial para salvar vidas e prevenir mortes. Por outro lado, Maria Celeste Osório Wender, presidente da Febrasgo, reiterou o compromisso da federação com a saúde de gestantes e bebês, enfatizando a importância da orientação e capacitação dos ginecologistas e obstetras em todo o país.

Além da publicação do manual, o Ministério da Saúde vem adotando uma série de medidas estratégicas para enfrentar a dengue e outras arboviroses. Isso inclui o aumento dos recursos para emergências para R$ 1,5 bilhão, a incorporação no SUS da vacina contra a dengue, e a instalação de um Centro de Operações de Emergência - COE Dengue, em atuação coordenada com estados e municípios.

Este esforço conjunto entre o Ministério da Saúde, Febrasgo, e outras entidades é um passo crucial na luta contra a dengue no Brasil, especialmente no que diz respeito à proteção de gestantes e puérperas. A nova publicação não apenas destaca o compromisso do país com a saúde pública, mas também serve como um recurso valioso para garantir que as mulheres grávidas recebam o cuidado e a proteção de que precisam durante um período tão vulnerável de suas vidas.

Para obter mais informações e realizar o download do manual, clique aqui.


🔹QUALIDADE DE VIDA

Como o Comportamento Sedentário Eleva o Risco de Mortalidade

Como o Comportamento Sedentário Eleva o Risco de Mortalidade
Como o Comportamento Sedentário Eleva o Risco de Mortalidade

Um estudo publicado no Journal of the American Heart Association (JAHA) revela dados preocupantes sobre o impacto do comportamento sedentário na saúde, especialmente em mulheres idosas. Conduzido por Steve Nguyen, Ph.D., M.P.H., pós-doutorado na Universidade da Califórnia San Diego Herbert Wertheim School of Public Health and Human Longevity Science, o estudo analisou medições de sedentarismo e atividade diária de 6.489 mulheres, com idades entre 63 a 99 anos. Essas participantes foram acompanhadas durante oito anos para observar os desfechos de mortalidade. Os resultados são alarmantes: mulheres que permaneceram sentadas por 11,7 horas ou mais por dia apresentaram um aumento de 30% no risco de morte, independentemente da prática de exercícios vigorosos.

Este estudo faz parte do Women's Health Initiative (WHI), um projeto nacional de longo prazo iniciado em 1991. Utilizando um algoritmo inovador e validado, chamado CHAP, desenvolvido através de aprendizado de máquina, a pesquisa conseguiu distinguir com precisão entre estar de pé e sentado, o que permitiu uma análise mais detalhada do tempo total sentado e da duração das sessões de sedentarismo.

✅Os Perigos do Sedentarismo

O comportamento sedentário, definido como qualquer comportamento que envolva sentar ou reclinar com baixo gasto energético, apresenta riscos significativos à saúde. Diminui as contrações musculares, o fluxo sanguíneo e o metabolismo da glicose. Andrea LaCroix, Ph.D., M.P.H., professora na Herbert Wertheim School of Public Health e líder do estudo, enfatiza que mesmo exercícios não podem reverter os efeitos negativos do sedentarismo prolongado. Independentemente da quantidade de atividade física moderada a vigorosa, o risco aumentado permanece para quem passa longas horas sentado.

✅Recomendações para Reduzir o Risco

Diante desses achados, LaCroix sugere que o risco aumenta significativamente para indivíduos que passam cerca de 11 horas por dia sentados, especialmente quando as sessões são prolongadas, superando 30 minutos por vez. A recomendação é se levantar e se movimentar brevemente a cada 20 minutos, mesmo que não seja para ir a algum lugar específico. Tais pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na mitigação dos riscos associados ao sedentarismo.

✅O Futuro da Pesquisa sobre Sedentarismo

Steve Nguyen destaca que nem todo comportamento sedentário é igual, apontando para a necessidade de futuras pesquisas sobre os efeitos cognitivos de atividades sedentárias estimulantes, como o estudo de novas línguas. Recebendo um prêmio da National Institute of General Medical Sciences para pesquisar assinaturas proteicas da atividade física e sua relação com a demência, Nguyen abre caminho para uma compreensão mais profunda das nuances do sedentarismo.

A pesquisa sublinha a importância de reconsiderar nossos hábitos sedentários cotidianos, destacando que a maneira como estruturamos nossas vidas em torno de atividades sedentárias pode ter consequências graves para nossa longevidade e qualidade de vida. As descobertas desafiam culturalmente a atração pelos entretenimentos que promovem o sedentarismo, incentivando uma reflexão sobre como podemos incorporar mais movimento em nossas rotinas diárias para melhorar nossa saúde e bem-estar.


🔹ENDOCRINOLOGIA

Síndrome de Cushing

Síndrome de Cushing
Síndrome de Cushing

O artigo publicado em JAMA em 1º de março de 2024, oferece uma visão abrangente sobre a Síndrome de Cushing, uma condição caracterizada por níveis persistentemente altos do hormônio cortisol. Este distúrbio pode ser categorizado em duas formas principais: exógena e endógena.

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A Síndrome de Cushing exógena é frequentemente causada pelo uso de medicamentos que elevam os níveis de cortisol no sangue, sendo os esteroides orais a causa mais comum. Esses medicamentos são comumente prescritos para tratar condições como asma, lúpus ou artrite reumatoide.

Por outro lado, a Síndrome de Cushing endógena resulta da produção excessiva de cortisol pelo próprio corpo. Aproximadamente 60% a 70% dos pacientes com esta forma da síndrome possuem um tumor benigno na glândula pituitária, que leva à produção excessiva de cortisol, condição conhecida como Doença de Cushing. Outras causas menos comuns incluem tumores nos pulmões, pâncreas, tireoide ou glândula adrenal.

Embora o número exato de pessoas afetadas pela Síndrome de Cushing seja desconhecido, estima-se que seja diagnosticada anualmente em aproximadamente 2 a 8 pessoas por 1 milhão, tipicamente entre as idades de 30 e 49 anos.

⚕️Sinais e Sintomas Comuns

Pacientes com Síndrome de Cushing frequentemente desenvolvem uma face arredondada, fraqueza muscular, fácil formação de hematomas, estrias roxas e acúmulo de gordura nas costas. Outros sinais comuns incluem ganho de peso recente, irregularidades menstruais, depressão, hipertensão, alta taxa de açúcar no sangue, crescimento excessivo de pelos e distúrbios do sono.

⚕️Diagnóstico

O diagnóstico inicia com a exclusão do uso de esteroides exógenos, seguido pela medição do cortisol na urina ou saliva, ou verificação dos níveis de cortisol pela manhã após a ingestão de um comprimido noturno de esteroide sintético. Geralmente, são necessários mais de um teste para confirmar o diagnóstico. Técnicas adicionais de amostragem sanguínea e imagens de ressonância magnética (MRI) da glândula pituitária ou adrenal podem ajudar a determinar a fonte do excesso de cortisol.

⚕️Tratamento

A cirurgia é o tratamento de primeira linha para tumores causadores da Síndrome de Cushing. Embora a cirurgia pituitária seja a operação mais comum, as técnicas cirúrgicas variam dependendo do tipo, tamanho e localização do tumor. Se a cirurgia não for viável ou eficaz, o tratamento pode incluir medicamentos como osilodrostat, levoketoconazole ou mifepristone, aprovados pela FDA para esta condição. A terapia de radiação também pode ser uma opção, com uma taxa de sucesso de 92% entre aqueles com tumores na glândula pituitária.

⚕️Resultados Típicos Após o Tratamento

Após o tratamento cirúrgico, os níveis de cortisol caem abaixo do normal, exigindo tratamento com hidrocortisona até que os níveis retornem ao normal, o que pode levar de 7 meses a 2,5 anos, dependendo da localização do tumor. Cerca de um terço dos pacientes pode desenvolver recorrência da condição após a cirurgia.

A conscientização sobre a Síndrome de Cushing é crucial, pois os pacientes estão em maior risco de ataque cardíaco, derrame, diabetes, colesterol alto, depressão, ansiedade, fraturas ósseas, coágulos sanguíneos, infecções e têm uma mortalidade geral mais alta do que indivíduos sem a síndrome.


📚🧠Triagem Literária🧠📚

The Story of the Human Body: Evolution, Health, and Disease
The Story of the Human Body: Evolution, Health, and Disease

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No livro de ciência popular "The Story of the Human Body: Evolution, Health, and Disease", Daniel E. Lieberman nos oferece uma narrativa lúcida e cativante sobre a evolução do corpo humano ao longo de milhões de anos. Explorando as principais transformações que conduziram a adaptações cruciais do corpo, como o surgimento do bipedalismo, a transição para uma dieta não baseada em frutas, o início da caça e coleta, e o impacto das revoluções Agrícola e Industrial em nossa constituição física, Lieberman destaca a crescente disparidade entre as adaptações acumuladas em nossos corpos da Idade da Pedra e os avanços do mundo moderno, resultando em um paradoxo: maior longevidade com um aumento de doenças crônicas. De maneira provocativa, ele advoga pelo uso das informações evolutivas para nos incentivar, e às vezes até compelir, a criar ambientes mais saudáveis e adotar estilos de vida melhores. Este livro é uma leitura essencial para todos interessados em compreender a complexa história de nossos corpos e como essa compreensão pode guiar para uma vida mais saudável.


🌟🧑🏻‍⚕️Oportunidades e Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

📢Conferência e Exposição Global de Saúde da HIMSS 2024

Data: 11 a 15 de Março de 2024

Local: Orlando, Florida EUA.

A Conferência e Exposição Global de Saúde da HIMSS é uma jornada intelectual estimulante, reunindo mais de 35.000 profissionais apaixonados de todo o espectro da saúde global. Este evento de destaque oferece uma plataforma única para explorar as últimas tendências, inovações e tecnologias revolucionárias no setor da saúde.

Prepare-se para ser inspirado por especialistas renomados mundialmente e mergulhar em tópicos cruciais que estão moldando o futuro da saúde. Seja um dos primeiros a descobrir tecnologias de ponta projetadas para enfrentar os desafios mais formidáveis do setor.

Além das sessões, a conferência proporciona uma oportunidade excepcional de networking em soirées vibrantes, permitindo a formação de conexões significativas em um ambiente dinâmico de inspiração, inovação e interação.

Não perca a chance de fazer parte deste tecido dinâmico de inspiração e inovação. A Conferência e Exposição Global de Saúde da HIMSS 2024 não é apenas um evento; é uma experiência transformadora no campo da saúde que promete enriquecer sua carreira e ampliar sua rede profissional. 


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