A batalha contra a doença cardiovascular
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A batalha contra a doença cardiovascular

A batalha contra a doença cardiovascular; Gravidez, Parto e Idade Biológica; Sarcopenia e Obesidade Sarcopênica; Conferência de Informática Clínica; Practical Optimism.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

⚕️A batalha contra a doença cardiovascular;

⚕️Gravidez, Parto e Idade Biológica;

⚕️Sarcopenia, Obesidade Sarcopênica e Mortalidade em idosos;

📢 Conferência de Informática Clínica;

📚 Practical Optimism.




"Não posso fingir que estou sem medo. Mas meu sentimento predominante é um de gratidão." — Oliver Sacks

As palavras de Oliver Sacks, renomado neurologista, escritor e professor da NYU School of Medicine, autor de best-sellers e descrito pelo New York Times como "o poeta laureado da medicina", nos oferecem uma poderosa reflexão sobre a gratidão diante dos medos. Ele nos lembra de que, embora o desconhecido possa ser assustador, repleto de incertezas e capaz de despertar nossos temores mais profundos, há uma singularidade notável no reconhecimento e aceitação de nossos medos. Este ato de coragem nos coloca no caminho do crescimento pessoal, transformando cada desafio em uma oportunidade para nos fortalecermos.

No cerne de sua mensagem, Sacks enfatiza o valor da gratidão. Mesmo nas adversidades, é possível encontrar motivos para ser grato. A gratidão nos permite enxergar as lições, a força e as oportunidades ocultas em cada experiência, guiando-nos para além das dificuldades. Ela nos encoraja a buscar o propósito em nossa jornada, transformando os obstáculos em convites para evoluir.

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Desejamos Um bom dia! e Boa Leitura! 📖

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🔹CARDIOLOGIA

A batalha contra a doença cardiovascular

A batalha contra a doença cardiovascular
A batalha contra a doença cardiovascular

A batalha contra a doença cardiovascular, a maior causa de morte entre adultos nos Estados Unidos, exige uma abordagem moderna e integrada, conforme destacado em um artigo de 20 de março de 2024, no site da Associação Médica Americana (AMA). Com um enfoque estratégico que já se estende por mais de uma década, a AMA tem desenvolvido ferramentas e recursos para organizações de saúde, além de módulos de educação e treinamento para médicos e profissionais da área da saúde. Esses esforços visam principalmente a detecção precoce da hipertensão e do diabetes tipo 2, doenças crônicas que afetam aproximadamente seis em cada dez adultos nos Estados Unidos.

A situação se agrava com o aumento do número de casos e a constatação de que muitos indivíduos desconhecem os riscos associados a essas condições silenciosas. Uma pesquisa recente da American Heart Association (AHA) revelou que mais da metade dos entrevistados não reconhecia a doença cardiovascular como a principal causa de morte, apesar de ser essa a realidade há mais de um século.

Com quase metade da população dos EUA afetada por alguma forma de doença cardiovascular e 46,7% sofrendo de hipertensão, apenas 25% dos pacientes com hipertensão têm a condição sob controle. Esses números são alarmantes, principalmente porque a taxa de controle da pressão arterial está em declínio, revertendo décadas de progresso.

A AMA tem atuado fortemente para combater essa tendência, com iniciativas como o programa AMA MAP™ Hypertension, que se concentra em medir a pressão arterial com precisão, agir rapidamente para otimizar o tratamento e formar parcerias com os pacientes para o autogerenciamento. Este programa de melhoria da qualidade baseia-se em evidências, facilitação prática, educação entre pares, e um conjunto específico de métricas de desempenho e estratégias baseadas em evidências.

Adicionalmente, a AMA e a AHA desenvolveram o Target: BP™, uma iniciativa global que fornece programas educacionais, ferramentas e recursos, e reconhecimento anual para organizações de saúde que demonstram compromisso e sucesso no controle da pressão arterial. Em sua última avaliação, organizações que atendem milhões de pessoas com hipertensão foram reconhecidas por seus esforços excepcionais.

Além disso, a AMA oferece recursos para ajudar os pacientes a medir corretamente a pressão arterial fora do ambiente clínico e a melhorar a adesão ao tratamento medicamentoso, aspectos cruciais para o controle eficaz da hipertensão. A campanha "Release the Pressure", por exemplo, visa aumentar a conscientização sobre a saúde cardíaca entre as mulheres negras, um grupo desproporcionalmente afetado pela hipertensão.

O trabalho da AMA, juntamente com o de seus parceiros, é essencial para enfrentar o crescente problema da hipertensão não controlada e promover uma saúde cardíaca melhor. Ao focar na detecção precoce, no envolvimento dos pacientes no gerenciamento de sua saúde e no apoio contínuo a médicos e equipes de atendimento, a esperança é ganhar terreno contra uma das maiores ameaças à saúde da nação.


🔹OBSTETRÍCIA

Gravidez, Parto e Idade Biológica

Gravidez, Parto e Idade Biológica
Gravidez, Parto e Idade Biológica

A gravidez é uma jornada única que engloba transformações profundas no corpo feminino. Além dos evidentes sinais físicos e sintomas conhecidos, pesquisadores têm se debruçado sobre as mudanças epigenéticas - aquelas que afetam a expressão dos genes sem alterar a sequência do DNA - decorrentes desse processo. Um estudo publicado em 22 de março de 2024 na revista Cell Metabolism, e discutido num artigo da revista Nature na mesma data, revela que a gravidez acelera a idade biológica, mas, surpreendentemente, esse avanço parece ser temporário, revertendo-se alguns meses após o parto.

No estudo, os cientistas focaram na análise de grupos metila adicionados ao DNA, um processo conhecido como metilação, que é uma das características do epigenoma. Estas modificações podem alterar a atividade dos genes sem mudar o código genético subjacente e são usadas para estimar a "idade biológica" de uma pessoa, que reflete o acúmulo de estresses fisiológicos ao longo do tempo. Esta medida de idade tem se mostrado um preditor mais acurado para diversas condições de saúde, como doenças cardiovasculares e demência, do que a idade cronológica.

O estudo em questão não só confirmou resultados anteriores observados em modelos animais, mas também expandiu o entendimento sobre a flexibilidade da idade biológica, que pode aumentar ou diminuir em resposta a diferentes condições de vida. Segundo Vadim Gladyshev, cientista biomédico da Harvard Medical School e um dos autores do estudo anterior, a idade biológica é um parâmetro fluido, que demonstrou decréscimo após a gravidez em roedores, sugerindo um potencial efeito semelhante em humanos.

O aspecto inovador do novo estudo é a constatação de que, embora a gravidez avance a idade biológica, este processo é reversível. No entanto, a pesquisa também identificou que nem todas as pessoas se recuperam da gravidez da mesma maneira. Aquelas no limiar da obesidade antes da gravidez apresentaram uma redução menor na idade biológica nos três meses após o parto, comparadas àquelas com peso considerado normal. Além disso, a amamentação exclusiva mostrou-se um fator que contribui para uma maior redução da idade biológica.

Os resultados apontam para uma complexa interação entre gravidez, estado metabólico e práticas de amamentação na determinação das mudanças na idade biológica. Ainda assim, os autores alertam que essas descobertas não devem ser motivo de preocupação. As variações na idade biológica observadas são relativamente pequenas, e a gravidez não deve ser vista como um problema biológico, independentemente da capacidade de recuperação pós-parto.

A pesquisa abre caminhos para novos estudos sobre gravidez e envelhecimento, sugerindo a necessidade de desenvolver novos termos e abordagens para compreender as mudanças epigenéticas associadas a esse período. O estudo reforça a ideia de que a gravidez, embora desafiadora, é um processo natural com impactos temporários sobre a saúde da mulher, destacando a importância de abordagens de cuidado que considerem a complexidade das transformações vividas durante e após esse período.


🔹SAÚDE DOS IDOSOS

Sarcopenia, Obesidade Sarcopênica e Mortalidade em idosos

Sarcopenia, Obesidade Sarcopênica e Mortalidade em idosos
Sarcopenia, Obesidade Sarcopênica e Mortalidade em idosos

O impacto da sarcopenia e da obesidade sarcopênica na mortalidade em idosos é um tema de crescente interesse na comunidade médica, evidenciado por um estudo publicado em JAMA Network Open em 25 de março de 2024. Este estudo de grande escala, baseado na população, destaca não apenas a prevalência destas condições entre idosos, mas também sua associação com um risco aumentado de mortalidade por todas as causas ao longo de um período de seguimento de 10 anos.

A sarcopenia, definida pela baixa função e massa muscular, e a obesidade sarcopênica, onde a perda de massa muscular ocorre em conjunto com o aumento da massa de gordura, são fenômenos que refletem as mudanças complexas na composição corporal associadas ao envelhecimento. Com a prevalência de sarcopenia variando entre 3,2% e 26,3% e a de obesidade sarcopênica entre 7,1% e 23%, dependendo da definição e do contexto da população estudada, essas condições representam desafios significativos para a saúde pública.

O estudo utilizou as definições consensuais atuais de sarcopenia e obesidade sarcopênica, revelando que mais de 13% dos participantes apresentavam baixa função muscular, com 6% exibindo adicionalmente um ou dois componentes alterados da composição corporal. Essas condições mostraram-se fortemente associadas a um risco aumentado de mortalidade, independente de idade, sexo e índice de massa corporal (IMC). Notavelmente, participantes com baixa função muscular e uma única alteração na composição corporal tiveram um risco 94% maior de mortalidade por todas as causas do que aqueles sem obesidade sarcopênica.

Este estudo destaca um ponto crítico na compreensão da obesidade, desafiando a definição convencional de obesidade da Organização Mundial da Saúde, que estabelece um Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 ou mais. Em contrapartida, os pesquisadores optaram por uma abordagem inovadora ao definir obesidade com um limiar de IMC de 27 ou mais. Esta decisão não foi arbitrária; ela se baseou na correlação direta observada entre o IMC e a porcentagem de gordura corporal, bem como no impacto desta relação sobre a mortalidade. Ao adotar essa abordagem, o estudo ilumina a complexa interação entre sarcopenia (a perda de massa e função muscular com o envelhecimento), obesidade e seus efeitos combinados sobre a saúde. 

Entre as forças do estudo, destaca-se a sua amplitude e o longo período de acompanhamento, permitindo uma avaliação abrangente da questão de pesquisa, além da avaliação clínica da sarcopenia e da obesidade sarcopênica baseada no consenso mais recente. No entanto, o estudo reconhece limitações, incluindo a baixa prevalência de obesidade sarcopênica com dois componentes alterados da composição corporal e a maioria dos participantes de ascendência europeia, limitando a generalização dos resultados para outras etnias.

Em conclusão, o estudo ressalta a importância da detecção e do tratamento precoce da sarcopenia e da obesidade sarcopênica entre idosos. Sugere-se a implementação de triagem para obesidade sarcopênica na atenção primária, juntamente com intervenções não farmacológicas, como nutrição e treinamento de exercícios, para retardar o início e tratar a sarcopenia, especialmente a obesidade sarcopênica.

Este enfoque abrangente pode ser mais eficaz para tratar ambas as condições, sublinhando a necessidade de avaliar a função muscular como um primeiro passo no algoritmo da obesidade sarcopênica e como uma comorbidade independente da obesidade, para melhor compreender a complexidade desta doença metabólica.

Se você deseja aprofundar o seu conhecimento nas descobertas deste estudo, disponibilizamos aqui o link de acesso a pesquisa na íntegra. 

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