Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson
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Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson

Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson; Oportunidades Médicas; Diferenças Cerebrais e Autismo com e sem Deficiência Intelectual; IA e Hospitalização; Gestão do Tempo; Edital; UTI.

Triagem | Academia Médica
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🔔Destaques desta edição:

💙Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson;

📢Oportunidades Médicas;

💙Estudo Revela Diferenças Cerebrais Entre Crianças Autistas com e sem Deficiência Intelectual;

💙Modelo de IA Antecipa Eventos Críticos em Crianças Hospitalizadas;

🎓 Gestão do Tempo;

📢 Edital de Apoio a Eventos Técnico-Científicos;

📚 UTI Pediátrica.


🧠"Confie em si mesmo. Você sabe mais do que pensa." - Benjamin Spock

Com essa frase simples, mas transformadora, o pediatra Benjamin Spock inaugurou uma nova era no cuidado com as crianças e também no modo como educamos e formamos profissionais da saúde.

Spock (1903–1998) foi um dos pediatras mais influentes do século XX. Seu livro "Baby and Child Care", publicado em 1946, tornou-se um marco mundial ao propor que pais e cuidadores confiassem em sua intuição e no vínculo afetivo com os filhos, rompendo com a rigidez da educação tradicional. A obra já vendeu mais de 50 milhões de cópias e influenciou gerações.

Médico, atleta olímpico e ativista político, Spock não foi apenas um clínico brilhante — foi também um humanista que desafiou normas e defendeu uma abordagem mais empática, respeitosa e individualizada na infância. Sua principal mensagem, que ecoa até hoje, é que a confiança no próprio julgamento é o ponto de partida para decisões mais conscientes — seja no cuidado de uma criança, na prática médica ou na construção de uma carreira.

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Bom dia e Boa leitura📖🗞️


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🔹NEUROLOGIA

Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson

Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson
Atualizações sobre o Diagnóstico Precoce do Parkinson

Um estudo publicado na revista Brain revelou um avanço promissor na detecção precoce da Doença de Parkinson por meio de uma assinatura genética observada em células do sistema imunológico presentes no sangue. A pesquisa foi conduzida pela Université de Montréal, Martine Tétreault.

Tradicionalmente associada ao sistema nervoso central, a Doença de Parkinson tem ganhado uma nova dimensão de entendimento com os avanços que sugerem forte envolvimento do sistema imunológico em sua origem e progressão. Essa nova linha de investigação abre portas para diagnósticos menos invasivos e potencialmente mais precoces, além de terapias mais direcionadas.

Um dos principais diferenciais da pesquisa foi o uso da tecnologia de sequenciamento de RNA em célula única (single-cell RNA-seq). Essa técnica permite analisar a expressão gênica em nível celular, possibilitando a identificação precisa dos subtipos celulares e seus padrões de ativação.

Com essa abordagem, os pesquisadores identificaram que células imunes do sangue periférico de pacientes com Parkinson apresentavam ativação aumentada e superexpressavam genes relacionados a respostas ao estresse celular.

“Conseguimos observar, em nível individual, como determinadas células do sistema imune estavam mais ativas e expressavam genes que não eram comuns em indivíduos saudáveis. Esses genes formam o que chamamos de assinatura da doença”, explica Tétreault.

Diagnóstico diferencial e novos biomarcadores

Ao analisar amostras de sangue de 14 pacientes com diagnóstico confirmado de Parkinson, 6 pacientes com síndromes parkinsonianas atípicas (como a paralisia supranuclear progressiva — PSP — e a atrofia de múltiplos sistemas — MSA), e 10 indivíduos saudáveis, os pesquisadores demonstraram que a assinatura genética identificada foi capaz de diferenciar pacientes com Parkinson de pacientes com síndromes similares.

Esse achado é altamente relevante, considerando a dificuldade diagnóstica entre Parkinson e síndromes parkinsonianas, especialmente nos estágios iniciais.

“Esses biomarcadores podem aprimorar a confiabilidade do diagnóstico e também ajudar na seleção de pacientes para ensaios clínicos que testam novos medicamentos”, completa a pesquisadora.

Outro legado da pesquisa é a criação de um atlas completo dos subtipos celulares do sistema imunológico, tanto em indivíduos saudáveis quanto em pessoas com Parkinson. Esse material agora está sendo disponibilizado a outros cientistas, como recurso valioso para estudos futuros.

O estudo representa um importante passo em direção a um teste diagnóstico não invasivo baseado em amostra de sangue, algo que hoje não está disponível de forma confiável para a Doença de Parkinson. Além disso, a capacidade de diferenciar a doença de outras condições neurodegenerativas similares pode evitar tratamentos equivocados e permitir intervenções mais adequadas e precoces.

Segundo estimativas recentes, cerca de 110 mil canadenses viviam com Parkinson em 2024, número que pode subir para 150 mil até 2034. Avanços como este podem mudar o panorama do diagnóstico e tratamento da doença nas próximas décadas.


🔹NEUROLOGIA

Estudo Revela Diferenças Cerebrais Entre Crianças Autistas com e sem Deficiência Intelectual

Estudo Revela Diferenças Cerebrais Entre Crianças Autistas com e sem Deficiência Intelectual
Estudo Revela Diferenças Cerebrais Entre Crianças Autistas com e sem Deficiência Intelectual

Publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry, um dos estudos mais abrangentes sobre autismo e neuroimagem trouxe evidências importantes sobre o desenvolvimento cerebral de crianças autistas com e sem deficiência intelectual (DI). A pesquisa investigou as associações entre o quociente de inteligência (QI), a espessura cortical e a gravidade dos sintomas do autismo em uma amostra de crianças com idade média de 5,2 anos, incluindo participantes com QI variando de 19 a 133.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é frequentemente acompanhado por variações significativas de QI, sendo a deficiência intelectual presente em cerca de 38% dos casos. No entanto, estudos neuroimagem costumam excluir indivíduos com DI devido à complexidade em obter imagens de alta qualidade nesses pacientes. Como resultado, pouco se sabe sobre como a espessura cortical, uma métrica anatômica relevante para funções cognitivas e comportamentais, se relaciona com o QI e os sintomas do autismo em toda a faixa de habilidades intelectuais.

Neste estudo, os pesquisadores buscaram responder três perguntas principais:

  1. Como a espessura cortical se relaciona com o QI em crianças autistas e não autistas (com desenvolvimento típico)?
  2. Existem diferenças estruturais no cérebro entre crianças autistas com e sem DI?
  3. Há sobreposição nas áreas do cérebro relacionadas ao QI e à gravidade dos sintomas do autismo?

O estudo utilizou ressonância magnética para medir a espessura cortical de crianças com e sem TEA. As análises compararam associações entre espessura cortical e QI, além de investigar se as regiões associadas ao QI também se correlacionavam com os sintomas do autismo, mensurados pelo Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS).

📝Principais Descobertas

1. Associação entre QI e Espessura Cortical em Crianças Autistas e Desenvolvimento típico.

  • Crianças autistas e crianças com desenvolvimento típico mostraram uma associação negativa entre QI e espessura da córtex cingulado posterior direito: quanto maior o QI, mais fina essa região.
  • Essa associação foi mais forte no grupo com desenvolviemento típico, sugerindo que os padrões estruturais que sustentam a inteligência diferem em crianças com autismo.

2. Diferenças entre Crianças Autistas com e sem Deficiência Intelectual

  • Crianças autistas com DI apresentaram córtex mais espesso em regiões do lobo temporal (incluindo giros temporal médio e superior e córtex entorrinal), comparadas às sem DI.
  • Nas crianças autistas, o QI se correlacionou negativamente com a espessura cortical nessas regiões, padrão não observado nas crianças com desenvolvimento típico.
  • Esses achados reforçam a hipótese de que maior espessura cortical pode estar associada à presença de DI em vários transtornos do neurodesenvolvimento — fenômeno também observado em síndromes como Down, Williams e X Frágil.

3. Sobreposição entre Sintomas do Autismo e QI no Córtex Cerebral

  • Os pesquisadores encontraram considerável sobreposição espacial entre as regiões do cérebro cujas espessuras estavam associadas ao QI e à gravidade dos sintomas do autismo.
  • Essa descoberta sugere uma interdependência neurobiológica entre inteligência e características centrais do autismo, como déficits de comunicação social e comportamentos repetitivos.
  • Genomas também apontam para genes compartilhados entre TEA e atraso global do desenvolvimento, reforçando essa interconexão.

4. Regiões do Cérebro Envolvidas no QI em Crianças Autistas

  • As associações mais significativas em crianças autistas foram encontradas na córtex entorrinal, giro temporal, polo temporal e fusiforme direito — áreas relacionadas à memória declarativa e reconhecimento social, mas menos ligadas tradicionalmente à inteligência em populações típicas.
  • Em contraste, estudos com crianças com desenvolvimento típico apontam para associações com regiões frontais, como o córtex pré-frontal e cingulado anterior.

Essa diferença pode indicar que crianças autistas utilizam diferentes sistemas neurais para sustentar suas habilidades cognitivas, possivelmente como uma forma de compensação.

🟦 Na figura abaixo extraída do conteúdo original, é possível visualizar que em crianças autistas, as mesmas regiões do cérebro que estão relacionadas à variação do QI também estão associadas à gravidade dos sintomas do autismo, revelando uma sobreposição significativa de substratos neurais entre cognição e características do espectro autista.

Esquerda (ASD FSIQ): Correlações entre espessura cortical e QI total.

Direita (ASD ADOS CSS): Correlações entre espessura cortical e gravidade dos sintomas do autismo.

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Implicações Clínicas

  • Intervenções personalizadas: A identificação de padrões neurais distintos pode levar ao desenvolvimento de terapias mais específicas para crianças com autismo e DI.
  • Diagnóstico mais preciso: Diferenciar alterações associadas ao autismo das associadas à DI pode melhorar o diagnóstico e a estimativa de necessidades funcionais.
  • Importância de incluir DI em estudos: A exclusão recorrente de autistas com DI limita a generalização de achados científicos. Este estudo preenche uma lacuna fundamental.

Limitações do Estudo

  • A análise foi transversal, ou seja, feita em um único ponto do tempo. Estudos longitudinais serão essenciais para entender como essas diferenças estruturais evoluem.
  • A amostra de desenvolvimento típico tinha QI médio mais alto, o que pode limitar a comparação direta entre grupos.
  • Não foram incluídas medidas de funcionamento adaptativo, que são parte essencial do diagnóstico de desenvolvimento típico.
  • O estudo utilizou o QI total, mas futuras pesquisas devem considerar diferenças entre QI verbal e não verbal, especialmente relevantes no autismo.

Este é um dos primeiros estudos a analisar diretamente diferenças cerebrais entre crianças autistas com e sem deficiência intelectual. Os achados reforçam que o cérebro de crianças com autismo apresenta trajetórias de desenvolvimento únicas, especialmente quando há DI associada.

Além disso, mostram que o QI e a severidade dos sintomas do autismo compartilham bases neurais, o que pode ter implicações diagnósticas e terapêuticas relevantes. A continuidade dessa linha de pesquisa poderá contribuir de forma decisiva para a individualização de tratamentos e intervenções no autismo.


🔹PEDIATRIA

Modelo de IA Antecipa Eventos Críticos em Crianças Hospitalizadas

Modelo de IA Antecipa Eventos Críticos em Crianças Hospitalizadas
Modelo de IA Antecipa Eventos Críticos em Crianças Hospitalizadas

Um estudo publicado em 30 de maio de 2025, em JAMA Network Open traz uma importante inovação para o cuidado pediátrico hospitalar: um novo modelo de aprendizado de máquina, chamado pCREST (Pediatric Critical Risk Estimation and Stratification Tool), foi desenvolvido para prever com alta precisão eventos clínicos críticos em crianças hospitalizadas, independentemente da unidade em que se encontrem, seja no pronto-socorro, enfermaria ou UTI pediátrica.

Atualmente, os hospitais pediátricos utilizam ferramentas específicas para cada setor com diferentes propósitos: triagem no pronto-socorro, risco de mortalidade na UTI, ou transferência para UTI a partir da enfermaria. Essa compartimentalização pode gerar avaliações fragmentadas, dificultando o acompanhamento contínuo do risco clínico da criança ao longo da internação. Além disso, a performance dessas ferramentas tende a diminuir quando aplicadas fora de seu contexto original.

O pCREST rompe com essa lógica ao oferecer uma única ferramenta de estratificação de risco hospitalar, aplicável de forma uniforme em todas as unidades hospitalares, proporcionando uma visão contínua do estado clínico do paciente pediátrico.

O que o pCREST prevê?

O modelo foi treinado para prever eventos críticos que ocorrem em até 12 horas após qualquer nova medida de sinal vital ou resultado laboratorial, incluindo:

  • Início de ventilação mecânica invasiva,
  • Administração de medicamentos vasoativos,
  • Óbito hospitalar.

Esses eventos, quando ocorrem, aumentam significativamente o risco de morte e sequelas neurofuncionais de longo prazo em crianças sobreviventes, além de serem frequentemente não reconhecidos a tempo para intervenções eficazes.

Destaques e descobertas do estudo

  • Desempenho superior: O pCREST superou modelos tradicionais, como o Bedside PEWS e o pCART, inclusive durante validações temporais e externas.
  • Aplicação multicêntrica: O modelo foi desenvolvido e testado com dados de diferentes hospitais, aumentando sua generalizabilidade.
  • Atualizações em tempo real: O modelo utiliza os dados mais recentes de sinais vitais e exames laboratoriais, sem depender de imputações, o que facilita sua integração em sistemas eletrônicos de prontuário.
  • Interface simples: O pCREST pode ser traduzido em uma escala de 0 a 100, facilitando a interpretação clínica e a definição de thresholds para alertas.
  • Fatores preditores relevantes: Os dados mais importantes para a predição foram FiO₂, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória e a localização do paciente no hospital, esta última refletindo a complexidade assistencial.

Utilidades clínicas do pCREST

O modelo oferece uma série de aplicações práticas:

  • Monitoramento contínuo de risco ao longo da internação.
  • Apoio à decisão clínica no momento da admissão, transferência ou alta de unidade.
  • Melhoria na comunicação entre equipes ao criar um modelo mental compartilhado de risco.
  • Apoio ao planejamento institucional, com dados para alocar melhor os recursos assistenciais.

Limitações e próximos passos

Embora promissor, o estudo apresenta limitações:

  • Natureza retrospectiva e dependência da qualidade dos dados inseridos no prontuário eletrônico.
  • Validação futura necessária para outros desfechos de deterioração além dos eventos críticos definidos.
  • Preocupações éticas quanto à equidade do modelo entre diferentes grupos populacionais, necessidade de explicabilidade e segurança de dados.

O pCREST representa um avanço importante na integração entre ciência de dados e medicina pediátrica. Com ele, torna-se possível identificar precocemente crianças em risco elevado de deterioração clínica, oferecendo uma ferramenta robusta e aplicável em tempo real para intervenções oportunas e melhores desfechos. A sua adoção pode significar um passo decisivo rumo à continuidade assistencial e à segurança do paciente pediátrico.


🌟🧑🏻‍⚕️Carreiras Médicas👩🏻‍⚕️🌟

🎓 Transição acadêmica-profissional: a estratégia da gestão do tempo

Durante a pós-graduação, o pesquisador aprende na prática que o tempo não se administra sozinho. Os prazos dos editais, as revisões de artigos, os cronogramas experimentais, as atividades de ensino, os eventos científicos e a incerteza dos resultados impõem a necessidade de criar estrutura onde há ambiguidade. O que parece, à primeira vista, um desafio desgastante, transforma-se em uma habilidade refinada, a gestão do tempo: saber priorizar, planejar e ajustar rotas diante do imprevisto.

Ao contrário do que muitos pesquisadores pensam, essa capacidade é altamente valorizada no setor privado. Em startups de saúde, consultorias, hospitais, indústrias farmacêuticas ou empresas de tecnologia médica, os ciclos são curtos, os recursos podem ser escassos e os objetivos exigem entrega rápida e validada. Quem chega da academia com a habilidade de dividir o tempo entre execução, registro e análise crítica já está, de certa forma, preparado para esses ambientes.

Durante o doutorado ou mestrado, é comum que os estudantes desenvolvam métodos próprios para controlar o progresso das pesquisas, monitorar etapas experimentais, organizar reuniões de grupo e manter o foco em meio a tarefas simultâneas. Embora essas práticas não sejam formalmente ensinadas, elas são moldadas pela realidade do trabalho científico e pela pressão para entregar resultados significativos.

Esse processo gera uma mentalidade valiosa: a gestão do tempo não é apenas sobre eficiência, mas sobre clareza de propósito, senso de prioridade e respeito à complexidade das tarefas. Na prática profissional, essa visão é aplicada ao lidar com metas organizacionais, relacionamentos com clientes, cronogramas de projetos e demandas institucionais que exigem ação coordenada e mensuração de resultados.

Num artigo publicado na Nature Career em maio de 2025, uma biomédica compartilha como sua experiência na pós-graduação serviu de base para sua atuação como cofundadora e cientista-chefe de uma startup voltada à descoberta de terapias para doenças neurológicas usando organoides cerebrais e inteligência artificial.

Ao longo do texto, ela descreve como estruturou sua rotina com planejamento anual, trimestral e semanal — uma prática herdada da academia — e como isso se tornou essencial para equilibrar pesquisa, desenvolvimento e captação de recursos na startup. “Para uma empresa com orçamento enxuto, o tempo é o ativo mais valioso”, escreveu.

Sua trajetória evidencia como a disciplina na organização do tempo, desenvolvida em um ambiente de incertezas acadêmicas, se transforma em ferramenta de liderança, inovação e impacto no setor privado.

Para profissionais da saúde, reconhecer a gestão do tempo como um ativo profissional é um passo estratégico. Mais do que uma habilidade operacional, ela revela capacidade de autogestão, responsabilidade, visão de médio e longo prazo, e flexibilidade diante de cenários complexos.

Em processos seletivos, entrevistas e na construção de uma nova carreira, essa competência pode e deve ser apresentada como diferencial. Afinal, gerir o tempo em projetos científicos é também aprender a entregar sob pressão, a negociar prioridades e a manter a produtividade mesmo quando os resultados não são imediatos.

Adaptado de: Gosztyla, M. (2025, May 27). Time-management skills I honed as a PhD student now serve me well in industry. Nature. https://www.nature.com/articles/d41586-025-01494-1

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📢 Oportunidades em Saúde

👉🏻 Edital de Apoio a Eventos Técnico-Científicos

Estão abertas até 7 de julho de 2025 as inscrições para a Chamada Pública Nº 008/2025 do Ministério da Saúde, que destinará R$ 6 milhões para apoiar eventos técnico-científicos em saúde.

A iniciativa tem como foco fortalecer a integração entre pesquisa, gestão e serviços do SUS, promovendo encontros entre pesquisadores, gestores e sociedade civil para que o conhecimento científico seja efetivamente incorporado à tomada de decisão em saúde pública.

Serão contemplados eventos que estimulem a educação científica, a popularização da ciência e a difusão de evidências, sobretudo na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Os valores variam conforme o porte do evento:

  • Até R$ 100 mil para eventos de pequeno porte;
  • Até R$ 150 mil para eventos de médio porte;
  • Até R$ 250 mil para eventos de grande porte.

As atividades apoiadas devem ocorrer entre 1º de março de 2026 e 28 de fevereiro de 2027.

Novidade em 2025: duas etapas de avaliação

O edital deste ano traz um diferencial importante: a avaliação será realizada em duas fases — a primeira pelo Comitê de Mérito Técnico-Científico, e a segunda pelo Comitê de Relevância Social. Essa mudança permite que os proponentes possam apresentar recursos ainda na primeira etapa, aumentando a transparência e o diálogo no processo de seleção.

Acesse o edital completo no portal do Ministério da Saúde para conferir todos os critérios e submeter sua proposta.


📚🧠Triagem Literária🧠📚

 UTI pediátrica
UTI pediátrica

Confira o livro na amazon em:https:https://amzn.to/4ki6BCJ

Indicado especialmente para médicos e profissionais da saúde que atuam com pacientes graves, o livro UTI Pediátrica, elaborado por especialistas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, reúne de forma didática e atualizada os principais fundamentos teóricos e práticos para o manejo de emergências em pediatria. Com capítulos que abrangem desde a estabilização inicial do paciente crítico até temas complexos como ventilação mecânica, doenças onco-hematológicas, neurológicas e imunológicas, além de questões éticas em UTI e cuidados no período neonatal, a obra se consolida como referência nacional no cuidado intensivo pediátrico. Uma leitura essencial para quem busca aprofundamento técnico e visão ampla do atendimento a crianças em estado crítico.


Direção

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  • Fernando Carbonieri Direção geral; Founder Academia Médica; Co-founder Talent Match. Médico empreendedor em Saúde e Talent Matcher Perfil Linkedln
  • Rosyellen Rabelo Szvarça Editora chefe; Head of Talent Match; Psicóloga especializada em carreiras médica.
  • Perfil Linkedln

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